Saiba mais sobre o mal da vaca louca
A doença da vaca louca, também conhecida como BSE – Bovine Spongiform Encephalopathy – (sigla em inglês para encefalopatia bovina espongiforme), surgiu no Reino Unido, em 1986 e se disseminou para outros países da Comunidade Européia , devido à reciclagem, sem controle, de carne, ossos, sangue e vísceras usados na fabricação de ração animal. Em 1995, um inglês de 19 anos foi a primeira vítima da doença de Creutzfeldt-Jakob cuja origem foi atribuída à ingestão de carne contaminada.
Vários casos de encefalopatias em pessoas foram constatados, devido ao consumo de carne de animais contaminados. De lá para cá, a doença, que dizimou rebanhos na Europa, já foi detectada em vários países, entre eles no Canadá e, recentemente, nos Estados Unidos. No Brasil, o uso da proteína animal na fabricação de ração para bovinos é proibido e o risco de desenvolvimento da doença é mínimo, já que a maior parte do rebanho nacional se alimenta de pastagens.
No Brasil, o status sanitário para WEB é de risco insignificante, segundo último relatório de maio de 2013, da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE). O país consta na lista desde maio de 2012, depois de ter solicitado o status em outubro de 2011.
O país desenvolveu um método de prevenção, por meio de análise da ração animal utilizada na alimentação dos rebanhos. O uso de proteína animal na fabricação de ração para bovinos é proibido e o risco de desenvolver a doença é pequeno porque o rebanho brasileiro, em sua maioria, se alimenta de pastagens.
Em dezembro de 2012 o governo divulgou uma nota sobre a constatação da proteína responsável pela doença da “vaca louca” no Estado do Paraná. Segundo o ministério, o caso foi registrado em 2010 e não representou nenhum risco à saúde pública, nem à sanidade animal. No mesmo mês, o diretor em exercício do Departamento de Saúde Animal do Mapa informou que o serviço de defesa trabalhava com a hipótese de que o agente causador da doença havia surgido de uma mutação aleatória.
Em setembro de 2013, o Mapa criou o Programa Nacional de Prevenção e Vigilância da Encefalopatia Espongiforme Bovina (PNEEB), para evitar a entrada da doença no país, através de um sistema de vigilância para detecção de animais infectados.
Em 2014 surgiu um caso em Porto Esperidião, sudoeste de Mato Grosso. Este caso foi considerado atípico e segundo a responsável técnica pelo Laboratório de Viroses de Bovídeos do Instituto Biológico de São Paulo, Maristela Pituco, o mal da vaca louca atípico decorre de uma mutação do príon celular, um agente que é comum em qualquer mamífero, em um príon infeccioso.
O aparecimento de qualquer caso de EEB, se confirmado, implica em uma reavaliação da OIE.
O QUE É A DOENÇA?
É uma moléstia crônica degenerativa que afeta o sistema nervoso dos bovinos provocando o descontrole motor. As células morrem, e o cérebro fica com aparência de esponja. A vaca passa a agir como se estivesse enlouquecida. A doença também pode se manifestar em seres humanos, conhecida como: “doença de Creutzfeldt-Jakob” e em ovinos onde a doença é conhecida como “scrapie”.
O agente causador da doença não é um vírus, bactéria ou parasita. Trata-se de uma proteína anormal chamada príon.
COMO OCORRE A TRANSMISSÃO?
Em bovinos e ovinos a transmissão se dá devido à reciclagem, sem controle, de carne, ossos, sangue e vísceras na alimentação de animais.
Em seres humanos a transmissão ocorre pela ingestão de carne – mesmo frita ou cozida- de animais contaminados. A chance de desenvolver a doença por contaminação é de somente 5%. Nos outros 95% dos casos, a doença se desenvolve naturalmente.
Ovinos, bovinos e humanos podem adquirir a doença naturalmente _seja por uma alteração casual de suas proteínas, seja por determinação genética_ ou por contaminação.
QUAIS SÃO OS SINTOMAS?
– Em ovinos e bovinos, os principais sintomas são agressividade e falta de coordenação motora.
– Em humanos, os principais sintomas são mioclonia – contração muscular brusca e breve – e demência. A doença se desenvolve principalmente em pessoas com mais de 50 anos de idade
QUAL O TRATAMENTO?
– Não existe tratamento conhecido
O QUE FAZER PARA EVITAR A CONTAMINAÇÃO?
– Evitar comer carne de ovinos e bovinos provenientes de países onde exista contaminação.
Descoberta enzima que degrada o mal da vaca louca
Embrapa aguarda patente sobre método para detectar mal da vaca louca
Fontes de pesquisa:
http://www1.folha.uol.com.br
http://www.agenciarural.go.gov.br
http://noticias.terra.com.br
http://www.embrapa.br
http://www.paraiba.pb.gov.br
Diretora de Conteúdo e Editora Chefe