Retriever do Labrador
Acredita-se que a raça conhecida hoje como Labrador Retriever veio da Newfoundland, não do Labrador, como o nome sugere. Ele teria sido desenvolvido pelos pescadores da Newfoundland, pois precisavam de um cão menor para ajudá-los na pesca, pois o Newfoundland era um cachorro muito grande e desajeitado, queriam também um cachorro com bons ossos e patas fortes para carregar cargas pesadas e além de tudo um bom Retriever. Deveria ter pelagem densa para que o protegesse da água gelada e também ser um bom nadador. Foi buscando essas características que se chegou na raça Labrador Retriever de hoje.
Os Labradores são cães inteligentes, obedientes, com forte desejo de servir. De natureza gentil, sem indício de agressividade ou indesejável timidez.
Um bom Labrador está sempre querendo agradar seu dono, tornando fácil o treinamento para obediência, possui um ótimo faro e um corpo atlético.
É um cachorro bem humorado, amável, leal e totalmente confiável com crianças, este cão torna-se menos confiável ao tomar atitudes de defesa apenas.
Pode parecer adaptável a qualquer estilo de vida, mas não é apropriado para uma vida urbana sedentária, pois precisa de muito exercício, como correr e nadar. Outra observação, é uma raça que necessita muita atenção de seus donos, caso contrário pode se tornar um “destruidor” de objetos, principalmente sapatos, meias e pés de móveis.
LABRADOR NO BRASIL
No Brasil, a raça vem ganhando fãs e admiradores. Isso nos leva à um risco na criação, ou seja, devemos buscar a qualidade e muitas vezes, mesmo sem intenções ruins, são feitos cruzamentos inadequados em relação ao Padrão da raça, conclusão acabamos correndo o risco de ter um cachorro com desvio temperamental ou físicos.
Lógico que possuem muitos criadores sérios no Brasil, que trabalham para melhorar a raça. Esse trabalho é de extrema importância, uma vez que só com seriedade podemos diminuir os casos de Displasia Coxo-Femural em Labradores, problemas de pigmentação (focinho com coloração rosa), desvios temperamentais, entre outros. Esses três problemas são os que mais preocupam criadores de Labradores e para evitá-los os criadores precisam selecionar muito bem matrizes e padreadores, precisam estudar profundamente os pedigrees “do casal” e tomando esses cuidados terá grandes chances de produzir bons Labradores. Já os compradores de Labradores precisam selecionar os criadores, estudar a raça, o padrão, os pais do filhote, os laudos de Displasia, observar o temperamento dos pais e aí sim comprá-lo.
PADRÃO OFICIAL
CBKC nº 122b, de 30/4/94
FCI nº 122c, de 24/6/87
País de origem: Grã-Bretanha
Nome no Brasil: Retriever do Labrador
Nome no país de origem: Retriever (Labrador)
APARÊNCIA GERAL: muito ativo, de constituição robusta e tronco curto; o crânio é largo; o peito e as costelas são largos e profundos; lombo forte, assim como, os posteriores.
CARACTERÍSTICAS: bom temperamento, muito ágil; excelente faro, cuidadoso ao recolher a caça (boca macia); vidrada por água. Companheiro dedicado, de fácil adaptação ao meio.
TEMPERAMENTO: inteligente, perspicaz, obediente, com forte desejo de servir. De natureza gentil, sem qualquer indício de agressividade ou da indesejável timidez (falta de coragem).
CABEÇA E CRÂNIO: largo com stop bem definido. Contorno bem delineado, sem ser bochechudo. Maxilares de comprimento médio, poderosos e não afilados. Trufa larga, com narinas bem desenvolvidas.
OLHOS: tamanho médio, de cor marrom ou avelã, com expressão inteligente e bom temperamento.
ORELHAS: de tamanho médio, de inserção, preferivelmente, bem para trás, portadas caídas rente às faces, sem ser pesadas.
MAXILARES: os maxilares e os dentes são fortes, com a mordedura em tesoura perfeita, regular e completa, isto é, os incisivos superiores sobrepõem-se aos inferiores em contato justo e inseridos ortogonalmente aos maxilares.
PESCOÇO: forte, robusto e sem barbelas, inserido em ombros bem acoplados.
ANTERIORES: ombros inclinados e escápulas longas. De qualquer ângulo, os membros anteriores apresentam uma ossatura bem desenvolvida e reta, desde os cotovelos até o solo.
TRONCO: peito de boa largura e profundidade, com costelas arqueadas em barril. Linha superior nivelada. Lombo largo, curto e forte.
POSTERIORES: bem desenvolvidos. Garupa bem desenvolvida, sem inclinação em direção à cauda. Joelhos bem angulados. Jarretes de vaca são altamente indesejáveis.
PATAS: redondas, compactas; dígitos bem arqueados e almofadas plantares bem desenvolvidas.
CAUDA: característica da raça, conhecida por “cauda de lontra”: muito grossa na raíz, adelgaçando gradualmente para a ponta, comprimento médio, sem franjas, completamente revestida por uma pelagem curta, espessa e densa, conferindo uma aparência roliça. Portada alta, mas sem enroscar sobre o dorso.
MOVIMENTAÇÃO: com desenvoltura e cobertura de solo adequada. Os anteriores e posteriores realmente alinhados.
PELAGEM: outro aspecto característico da raça. Curta e densa, com ligeira aspereza ao toque, sem ondulações ou franjas; subpêlo resistente às intempéries.
COR: totalmente preto, amarelo ou fígado/chocolate. A gama dos amarelos vai desde o creme claro ao vermelho (da raposa). Permitida pequena mancha branca no peito.
TALHE: altura ideal, na cernelha, de 56 a 57 cm, para os machos, e de 54 a 56 cm, para as fêmeas.
FALTAS: qualquer desvio, dos termos deste padrão, deve ser considerado como falta e penalizado na exata proporção da sua gravidade.
NOTA: os machos deverão apresentar os dois testículos, com aparência normal, completamente descidos e bem acomodados na bolsa escrotal.
As informações deste artigo foram fornecidas por Simone Freitas – do Canil Si’s Kennel (www.retrievers.com.br)