Saúde Animal

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Raças de Porte Grande e Pequeno no Brasil




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Chistoria_adestramento7omo as pessoas não estão habituadas a mandar seu cão para a Escola, apesar de considerá-lo como “seu filho”, o conceito de adestramento ficou muito ligado ao treinamento de cão de guarda.

É de opinião da maioria que, adestrar significa fazer o cão “ficar brabo”.
Apenas há bem pouco tempo os proprietários de raças como cocker spaniel, poodle, pug, beagle, yorkshire, westie, fox terrier, schnauzer miniatura e pinscher começaram a trazer seus cães para a escola.

No entanto, a grande maioria das pessoas tem problemas com seus bichos de estimação.

Quando traz, em último caso, seus cães para treinamento educacional as reclamações são as mesmas: meu cão rói todos os meus móveis, faz xixi pela casa inteira, late a noite toda e não deixa ninguém dormir, puxa na guia quando vou passear com ele, morde o calcanhar da empregada, faz buraco no jardim, puxa a roupa na corda, come todos os meus sapatos, não deixa ninguém chegar perto quando está comendo, sobe no sofá e em cima das pessoas, pula em cima de mim, não atende quando eu chamo… o que eu faço?

Como os cães são pequenos, a grande maioria dos donos tenta contornar esses problemas, mesmo a custa de alguns cabelos brancos.

Os cães de grande porte, entretanto, por assustarem seus donos na primeira rosnada fazem com que os tragam imediatamente para a escola.

Por causa da preocupação com a preservação da integridade física e mental dos animais, começou um movimento de socialização dos cães para melhorar a convivência deles conosco, já que são, sabidamente, auxiliares terapeutas das neuroses do nosso mundo atual (Dra. Nise da Silveira, psiquiatra, psicoterapeuta no setor de T.O. do Hospital Psiquiátrico Engenho de Dentro, da qual fui colaborador).
Nessa época, os treinadores não se interessavam em cães de pequeno e médio porte por considerá-los “cachorrinhos de madama” e, treiná-los, ficava feio para sua figura de valente domador de feras incontroláveis.

Esses pequenos cães têm os mesmos problemas dos grandes, com a diferença que não representam uma ameaça de vida. Em casa, eram tratados como “filhos” e, até hoje, existem pais que batem nos filhos para ensinar-lhes boas maneiras. Porque não bater nos cães?

Por volta de 1990 decidi estender os cursos aos cães de pequeno e médio porte para proporcionar-lhes a oportunidade de aprenderem como é que o ser humano gosta de conviver com eles. Nessa mesma oportunidade introduzi, também, a idéia de orientar o proprietário para que ele começasse a perceber a nova óptica do comportamento e dos sentimentos dos seus próprios cães. Com isto, consegui divulgar o método de Adestramento Sem Castigo que dá um resultado, realmente, inacreditável. Tão inacreditável que meus colegas treinadores, por não acreditarem, diziam que eu espancava os cães para conseguir essa fantástica obediência num tempo 80% mais curto que o método antigo.

Bruno Tausz
Consultor e Colaborador em
cinologia, cinotecnia, comportamento animal e adestramento