Setenta milhões de anos atrás, verificou-se de maneira bastante repentina, o final da idade dos répteis. Isso criou condições para que os mamíferos tivessem, por fim, uma oportunidade de evoluir com maior rapidez.

No final do Cretáceo, cerca de quarenta e sete milhões de anos atrás, surgiram os primatas. Além da América do Norte e do Sul, e da Eurásia, é provável que vivessem, também, na África. Os prossímios representaram as primeiras espécies e a elas hoje correspondem as dos lemurianos e tarsióides, bem como outras afins. Tratava-se de animais pequenos, ágeis, e sua existência era complemente arborícola, tendo sido sua evolução concomitante à da floresta.

A grande ordem dos Primatas compreende cerca de 180 espécies de animais mamíferos pouco especializados, a maior parte dos quais possui costumes arborícolas e estão confinados nas regiões tropicais.

Os primatas dividem-se em duas subordens: Prossímios (ou primatas inferiores que inclui os lêmures e lóris) e Símios (primatas superiores que incluem társios, macacos e homem). No primeiro grupo incluem-se os mais primitivos, regra geral animais de pequeno tamanho com focinhos alongados e os olhos colocados numa posição não tão frontal como os dos Símios. Situados mais abaixo na escala evolutiva, mostram-se mais especializados que os seus parentes antropomorfos.

PRIMATAS INFERIORES

Há cinco famílias de lêmures com um total de 21 espécies. A maioria está confinada às florestas de Madagascar, embora alguns tenham sido levados às Ilhas Comores. Os lêmures são principalmente arborícolas, mas podem descer ao solo à procura de alimento. Sua dieta inclui insetos pequenos vertebrados, frutas, brotos, folhas e casca de árvore. Muitas espécies são notívagas.

Os menores são os lêmures-ratos, com um comprimento de 12,5 cm, enquanto que os verdadeiros lêmures atingem cerca de 45 cm. O Maior lêmure é o indri, que chega a atingir 90 cm de comprimento. Os silfakas têm cerca da metade deste tamanho e saltam grandes distâncias de uma árvore para outra – até 10 metros – com o auxílio de membrana planadora. O ai ai, muito raro , tem grandes orelhas peladas e dedos longos e finos, especialmente o dedo médio.

As 10 espécies da família Lorisidae – os lóris, potos e galagos – são encontrados na África e sul da Ásia. São em sua maioria notívagos e arborícolas, com grandes olhos redondos.

PRIMATAS SUPERIORES

Os Símios, pelo seu lado, também são conhecidos pela designação de Antropóides (Anthropoidea), são os primatas superiores. Formam também o grupo mais numeroso. A face é achatada e os olhos voltados para frente, pelo que a sua visão estereoscópica é a mais desenvolvida entre todos os mamíferos.
Os Símios subdividem-se ainda em duas infraordens: Platirrinos e Catarrinos. As espécies agrupadas sob a designação geral de Platirrinos, distribuem-se por duas famílias, apresentam o septo nasal largo e as narinas voltadas para os lados; localizam-se todas no continente sul-americano. As três famílias que integram os Catarrinos têm o septo nasal mais estreito e as narinas voltadas para frente ou para baixo; são, todas elas, habitantes das florestas africanas e asiáticas.

MACACOS DO NOVO MUNDO

Os únicos macacos não humanos encontrados no Novo Mundo são os saguis e os tamarinos (família Callitrichidae) e Macacos cebídeos. Ao contrário dos macacos do velho Mundo, são caracterizados por nariz achatado com narinas separadas. As 20 espécies de saguis e tamarinos são as menores dos primatas superiores, com um comprimento de 13 a 37 cm e longas caudas. Vivem principalmente nas florestas tropicais e, como a maioria dos primatas superiores são ativos durante o dia, sendo basicamente arborícolas.

MACACOS DO VELHO MUNDO

As cerca de 70 espécies do Velho Mundo (família Cercopithecidae) incluem os macacos, mandris, mangabeis e outros. São encontrados na África, Ásia e Indonésia, em uma variedade de habitats muito maior que os macacos da América do Sul. Todos caminham nas quatro patas e possuem nariz estrito com narinas voltadas para frente; nenhum deles tem cauda preênsil. Algumas espécies, como os babuínos, são encontradas em áreas abertas, pedregosas e áridas e passam a maior parte do tempo no solo.

MACACOS ANTROPÓIDES

Todos os antropídes possuem mandíbulas protuberantes e não apresentam caudas, mas o ágil gibão é muito diferente dos demais. As nove espécies de gibão (família Hylobatidae) são encontradas nas florestas do sul da Ásia e Indonésia.
Entre as quatro espécies de grandes antropóides encontramos os orangotangos é o segundo maior primata, chegando a 90 kg; os chimpanzés e os gorilas que são os maiores primatas chegando as 275 kg.

PRIMATAS NO BRASIL

Só no Brasil existem 77 espécies , mais do que o dobro da diversidade encontrada na República Democrática do Congo, o segundo país do mundo em variedade de primatas. Um terço dos primatas brasileiros está na lista oficial de animais ameaçados de extinção do Ibama.

Clique aqui e conheça algumas espécies de primatas.

Veja, no quadro a seguir, a classificação dos Antropóides:

Ordem	Subordem	Infraordem	Familia	Gênero
Primates	Antropoidea	Platyrrhini	Cebidae	Chiropotes Aotus Callicebus Cacajao Pithecia Cebus Saimiri
			Atelidae	Alouatta Ateles Lagothrix Brachyteles
			Callimiconidae	Callimico
			Callitrichidae	Callithrix Saguinus Cebuela Leontopitecus
		Catarrhini	Cercopithecidae	Allenopitecus Macaca Miopithecus Cercopitecus Mandrillus Theropithecus Erythrocebus Presbytis Pygathrix Rhinopithecus Simias Nasalis Colobus
			Pongidae	Hylobates Symphalangus Pongo Gorilla Pan
			Hominidae	Homo

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BLIOGRAFIA:
Coleção Conhecer 200
Enciclopédia Encarta
Zoo O Fantástico Mundo Animal
Rio Gráfica e Editora S/S, 1982
Enciclopédia Os Animais
Editora Bloch – 1972 – Rio de janeiro
Mil Bichos
Editora Abril – 1975 – São Paulo
Vida Selvagem
Nova Cultural – 1981- São Paulo
Vida Selvagem – Animais da Savana
Larousse -Altaya – 1997