Ornitorrinco – É uma verdadeira charada ambulante
NOME COMUM: Ornitorrinco
NOME CIENTÍFICO: Ornithorhynchus anatinus
NOME EM INGLÊS: Duck-Billed Platypus – The platypus
FILO: Chordata
CLASSE: Mammalia
ORDEM: Monotremata
FAMILIA: Ornithorhynchidae
CARACTERÍRSTICAS:
Comprimento do macho: 40cm, mais 13 cm de cauda.
Esporões nas patas traseiras.
Período de incubação: 10 dias
Ovos: 2 ou 3 de cada vez
Maturidade Sexual: A sua reprodução não ocorre até o ornitorrinco completar 7 anos. Isto é, em parte, devido ao fato do macho ser incapaz de produzir esperma até essa altura e de a fêmea não estar receptiva em todas as estações.
Tempo de Vida: 15 anos
É uma verdadeira charada ambulante. Tem quatro patas, um bico e dentes quando é pequeno. É peludo, mas as patas dianteiras são como asas. As traseiras têm esporões venenosos. Bota ovos, choca-os e depois amamenta os filhotes. É o ornitorrinco. Durante um século após sua descoberta, os cientistas quebraram a cabeça pensando em um modo de classificá-lo como um mamífero numa ordem especial, a dos Monotremados. O ornitorrinco vive na Austrália e na Tasmâmia, às maragens dos rios e banhados.
Tem patas palmadas e por isso é um bom nadador, capaz de ficar debaixo da água por cinco minutos. Dentro da água seus olhos e ouvidos fecham. Ele cavoca a lama com seu bico, à procura de comida. O bico não é ósseo, mas coberto por uma membrana sensível. Alimenta-se de girinos, crustáceos, vermes e peixinhos.
Embora passe a maior do tempo na água, o ornitorrinco cava sua toca na margem. A fêmea cava uma toca de até 1,80 m de comprimento, onde choca seus ovos. Ela amamenta os filhotes durante quatro meses. Os filhotes têm menos de 2,5 cm ao nascer, e chegam a 30 cm de comprimento antes de serem desmamados.
GENOMA
Estudos sobre o genoma do ornitorrinco, o estranho animal com pele, pêlos, bico de pato, rabo de castor e patas com membranas, apontaram que o animal é, ao mesmo tempo, um réptil, um pássaro e um mamífero, segundo relatório publicado pela revista Nature.
“O genoma do ornitorrinco (Ornithorhyncus anatinus), assim como o próprio animal, apresenta um amálgama de características que pertencem a um réptil ancestral e são derivadas de mamíferos”, segundo os pesquisadores. Alguns dos 52 cromossomos, ligados às características sexuais, correspondem também a aves.
“Esta mistura fascinante dos traços no genoma do ornitorrinco traz muitos indícios sobre o funcionamento e a evolução de todos os genomas de mamíferos”, afirma em um comunicado o principal autor do estudio, Richard Wilson, diretor do Centro de Genoma da Universidade de Washington.
De fato, se compararmos seu genoma ao de outros mamíferos “seremos capazes de estudar os genes que foram conservados durante a evolução”, explica. O ornitorrinco é “único”, uma vez que manteve características de répteis e mamíferos, especificidade que a maioria das espécies perdeu ao longo da evolução, lembra por sua vez Wes Warren, da mesma universidade.
O seqüenciamento do genoma do ornitorrinco foi realizado com uma fêmea, batizada de Glennie, que vive na Austrália. Equipes de oito países participaram da pesquisa, entre os quais Estados Unidos, Austrália, França, Inglaterra e Espanha.
Ao longo da análise, os cientistas compararam o genoma de Glennie ao de homens, cachorros, ratazanas, gambás e galinhas: o ornitorrinco compartilha 82% de seus genes. Este animal conta com 18,5 mil genes, dos quais dois terços também aparecem no homem.
O ornitorrinco nada com olhos, ouvidos e narinas fechados, guiando-se graças a receptores sensoriais em seu bico para detectar os campos elétricos emitidos por suas presas. Além disso, a fêmea não possui tetas para amamentar os filhotes – estes sugam o leite que sai da pele da mãe, como os marsupiais.
Editora Chefe e Diretora de Conteúdo