Saúde Animal

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Morsa




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morsaNOME COMUM: Morsa
NOMES VULGARES: morsa (português, espanhol); walrus (inglês, britânico); walroß (alemão); mursu (finlandês); valross (sueco); morse (francês); trichecho (italiano); hvalross.
NOME EM INGLÊS: walrus
NOME CIENTÍFICO: Odobenus rosmarus
REINO: Animalia
FILO: Chordata
CLASSE: Mammalia
ORDEM: Carnivora
FAMILIA: Odobenidae
GÊNERO: Odobenus
COMPRIMENTO DO CORPO: 3-4 m (machos); 2,6 m (fêmeas).
PESO: 700-1.700 kg (machos); 400-1.250 kg (fêmeas).
DIMORFISMO SEXUAL: não apresentável.
PERÍODO DE GESTAÇÃO: 15-16 meses.
NÚMERO DE CRIAS: 1-2.
MATURIDADE SEXUAL: 18-10 anos (machos); 6-7 anos (fêmeas).
LONGEVIDADE: Na vida selvagem, sabe-se que as morsas podem viver até 40 anos de idade..
ESTRUTURA SOCIAL: Grupos grandes, com mais de 2.000 indivíduos.
DIETA: Equinodermos, moluscos, peixes, crustáceos, estrelas-do-mar e mamíferos.
PREDADORES PRINCIPAIS: Homem, urso-polar, orca.
HABITAT: Habita preferencialmente áreas com blocos de gelo flutuantes em regiões costeiras rasas dos caminhos de água árticos (no inverno) ou em áreas isoladas de praias e costas rochosas (quando migram no verão); fêmeas e crias preferem permanecer em blocos de gelos em todas as estações.
DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA: Ocorre proximamente ao círculo polar ártico, na costa do oceano Atlântico (costa leste do Canadá e Groenlândia), na costa do Pacífico (Alasca e mar de Bering) e no mar de Laptev (norte da Sibéria).
REPRODUÇÃO: Devido às morsas se reproduzirem durante os invernos árticos, pouco é conhecido sobre seu sistema de acasalamento. Acredita-se que seu sistema é baseado num fêmea-defensiva polígama. Grandes machos maduros possuem acesso exclusivo à um grupo de fêmea de 1-5 dias duma vez. A procriação acontece em janeiro e fevereiro, na maioria das vezes debaixo d’água. As morsas são interessantes porque a implantação de blastócito é feita durante 4 ou 5 meses, até junho ou julho.
NASCIMENTOS: Os nascimentos ocorrem 10-11 meses após isso, da metade de abril à metade de junho, significando que o período de gestação total é de 15-16 meses. Fêmeas dão a luz á uma única cria precoce, raramente nascendo gêmeos. A cria têm aproximadamente 113 cm de comprimento e pesa cerca de 63 kg. Sua coloração é cinzenta e pode nadar logo após o nascimento. O laço social entre fêmea e cria é muito forte, e a genitora é extremamente protetora.
AMAMENTAÇÃO: O período de lactação acaba entre 1,5-2 anos, mas as crias são capazes de encontrar comida antes que a dependência acabe.
JOVENS: As jovens morsas machos tornam-se sexualmente maduras nos 8-10 anos, mas não incapazes de competir com sucesso por fêmeas até que tenham completado 15 anos de idade. As fêmeas tornam-se sexualmente maduras aos 6-7 anos de idade, e crescem totalmente aos 10-12 anos de idade. A fecundação das fêmeas é maior quando atingem os 9-11 anos de idade, e nessa idade podem produzir um filhote a cada outro ano. O intervalo entre os nascimentos é maior em fêmeas velhas.
A característica física mais chamativa na morsa é a presença de presas compridas em ambos machos e fêmeas. Essas presas, os caninos, podem crescer num comprimento de até 1 m (o comprimento médio é de 50 cm), e são normalmente mais longos e pesados nos machos. Acompanhando as presas existem os pêlos eréteis do lábio superior, as chamadas vibrissas, com grande variação de comprimento de indivíduo para indivíduo, podendo chegar aos 30 cm, de forma alinhada. Os pêlos do bigode são substituídos anualmente. Os machos são fisicamente maiores que as fêmeas, com a média de 3 m de comprimento contra 2,6 nas fêmeas. Apesar dos bigodes abundantes, ambos machos e fêmeas parecem quase totalmente carecas. Em fato, são cobertos por uma ligeira pelagem que vai se tornando menos densa de acordo com a idade do animal. A pele, dum marrom pálido ao escuro ou cinzento, que é formada de muitas dobras, pode ter 4 cm de espessura. A camada de gordura flácida embaixo da pele pode ter 15 cm de espessura. A pele é mais dura ainda na pele do pescoço e nos ombros dos machos adultos. De acordo com a idade que avança, a pele da morsa vai se tornando pálida. Quando o animal entra na água a pele fica mais pálida ainda que a irrigação do sangue na pele é bastante restrita. Controverso à isso é quando a morsa está com a pele quente onde o fluxo de sangue é bastante intenso e a pele têm aparência muito vermelha, parecendo que foi queimada ao sol. As morsas não têm orelhas externas e os olhos são muito pequenos e semelhantes aos dos porcos. Os dois orifícios nasais são pequenos e podem ser fechados quando mergulha. As duas nadadeiras frontais podem girar num ângulo bastante amplo; as traseiras são curtas e juntas, de modo que formam uma espécie de cauda.

CONSERVAÇÃO: Apesar da população das morsas ter decaído drasticamente desde o início do século XX, programas de conservação tiveram resultado no dramático estado da população do oceano Pacífico. Apesar de se acreditar que as populações não estejam em risco de extinção, as populações de Laptev e do Atlântico ainda permanecem em níveis baixos. Atualmente, o número estimado de morsas em todas as populações é desconhecido. Foi explorado por anos por parte dos nativos, que têm interesse em sua carne, gordura, couro, ossos e as presas. Os grupos étnicos do norte tem permissão para caçar as morsas para subsistência, mas ainda existem caçadores ilegais em busca do marfim. O IUCN (2000) listou a subespécie Odobenus rosmarus laptevi como Deficiente de Dados.
SUBESPÉCIES: Três subespécies são distinguidas, com diferenças físicas e de distribuição geográfica, uma do oceano Atlântico, uma do oceano Pacífico e uma terceira, descrita na década de 40, do mar de Laptev, que não é considerada por muitos taxonomistas como uma subespécie distinta dentro da espécie Odobenus rosmarus, sendo então parte da população do Pacífico:

morsa-do-pacificoMorsa-do-pacífico – Odobenus rosmarus divergens
A subespécie habitante da costa oeste do ártico americano, a morsa-do-pacífico vive no mar de Bering, Alasca e outros pontos do oceano Ártico. Como as demais subespécies, tem longas presas semelhantes à marfim. Muitos especialistas acreditam que esta subespécie abrange a população do mar de Laptev, norte da Sibéria, chamada por muitos de morsa-de-laptev, numa subespécie separada. Fisicamente são pouco maiores que a subespécie do Atlântico.
Distribuição: Mar de Bering, Alasca e outros pontos do oceano Ártico.

morsa-de-laptevMorsa-de-laptev – Odobenus rosmarus laptevi
É a terceira proposta de subespécie, de 1940. Habita a região do mar de Laptev no norte da Sibéria. Por muitos taxonomistas esta subespécie não é reconhecida como população separada, sendo provavelmente integrante da população de Odobenus rosmarus divergens, a morsa-do-pacífico É a subespécie de tamanho intermediário.
Distribuição: Mar de Laptev, norte da Sibéria

morsa-do-atlanticoMorsa-do-atlântico – Odobenus rosmarus rosmarus
A primeira das subespécies mais aceitas, a morsa-do-atlântico vive no leste do ártico canadense e o leste da Groenlândia à Novaya Zemlya, no oceano Atlântico. Vive em grandes grupos e pode mergulhar a grandes profundidades em busca de alimento. É pouco menor que a subespécie do Pacífico
Distribuição: Leste do ártico canadense, leste da Groenlândia e Novaya Zemlya.

Lucia Helena Salvetti De Cicco
Diretora de Conteúdo e Editora Chefe