Mormo ou Lamparão
O Mormo ou lamparão, é uma doença infecto-contagiosa dos eqüídeos, causada pelo Burkholdelia mallei, que pode ser transmitida ao homem e também a outros animais. Manifesta-se por um corrimento viscoso nas narinas e a presença de nódulos subcutâneos, nas mucosas nasais, nos pulmões, gânglios linfáticos, pneumonia, etc. No Brasil, felizmente, embora tenham sido constatadas reações positivas, ainda não se comprovaram casos desta enfermidade.
Os animais contraem o mormo pelo contato com material infectante do doente:
pús;
secreção nasal
urina ou
fezes
O agente da doença penetra por via digestiva, respiratória, genital ou cutânea, sendo esta última só por alguma lesão. Quando penetra no organismo, em geral, o germe cai na circulação sangüínea e depois alcança os órgãos, principalmente os pulmões e o fígado.
O peíodo de incubação é de aproximadamente de 4 dias mas, pode variar bastante.
SINTOMAS – O mormo apresenta forma crônica ou aguda, esta mais freqüente nos asininos. Os animais suspeitos devem ser isolados e submetido à prova de maleina sendo realizada e interpretada por Médico Veterinário. A mortalidade desta doença é muito alta.
A forma aguda é assim caracterizada:
febre de 42ºC, fraqueza e prostação;
aparecimento de pústulas na mucosa nasal que se trasnformam em úlceras profundas e dão origem a uma descarga purulenta, inicialmente amarelada e depois sanguinolenta;
há entumecimento ganglionar, e o aparelho respiratório pode ser comprometido, surgindo dispnéia.
A forma crônica se localiza na:
pele;
fossas nasais;
laringe;
traquéia;
pulmões, porém de evolução mais lenta;
pode mostrar também localização cutânea semelhante à forma aguda, porém mais branda.
PROFILAXIA – Deve ser realizado as seguintes medidas:
notificação imediata à autorização sanitária competente;
isolamento da área onde foi observada a infecção;
isolamento dos animais suspeitos como resultado da prova de maleína e sacrifício dos que reagiram positivamente à mesma prova repetida após dois meses;
cremação dos cadáveres no próprio local e desinfecção de todo o material que esteve em contato com os mesmos;
desinfecção rigorosa dos alojamentos;
suspensão das medidas profiláticas somente três meses após o último caso constatado.
TRATAMENTO – Os produtos usados devem ser a base de sulfas, principalmente sulfadiazina e sulfatiazol ou sulfacnoxalina ou cloranfenicol e outros, em forma de grupos antibióticos.
BIBLIOGRAFIA:
Millen, Eduardo – Guia do Técnico Agropecuário “Veterinária e Zootecnia” – Instituto Campineiro de Ensino Agrícola, 1984
Edwarads, Elwyn Hartley – Horse – A Dorling-Kindersley Book – 1993
Santos, Ricardo de Figueiredo – Eqüideocultura – J. M. Varela Editores, 1981
Torres, A. Di Paravicini e Jardim, Walter R. – Criação de Cavalos e outros eqüinos – Nobel, 1987
Diretora de Conteúdo e Editora Chefe