Lemingue
NOME COMUM: Lemingue
NOME CIENTÍFICO: Lemmus memmus
NOME EM INGLÊS: lemmings
FILO: Chordata
CLASSE:Mammalia
SUBCLASSE: Eutheria
ORDEM: Rodentia
FAMÍLIA: Cricetidae
SUBFAMÍLIA: Arvicolinae
CARACTERÍSTICAS:
Comprimento: 10 a 15 cm
Pés com garras fortes
Patas bem peludas
Pêlo: comprido e amarelo, com pintas escuras
Período de gestação: 20 a 22 dias
Algumas vezes sem cauda
O Lemingue é um simpático animalzinho. Originário da Escandinávia e da Rússia setentrional, é conhecido na América como lemingue-pardo ou lemingue-de-coleira, conforme a espécie. Freqüentemente, ele é usado nos laboratórios como cobaia, no lugar do tradicional porquinho-da-índia. Seu pequeno tamanho, docilidade e limpeza tornam este roedor perfeito para certas pesquisas científicas. As espécies utilizadas em experiências têm uma faixa escura no dorso.
O Lemingue é um pequeno roedor de cerca de 15 cm de comprimento, com uma cauda de apenas 2 cm, quando presente. O corpo é maciço, a cabeça grande, as orelhas pequenas, arredondadas e quase invisíveis no meio da pelagem. Os membros têm cinco dedos dotados de fortes unhas cavadoras.
A pelagem que recobre o corpo, longa e espessa, é amarelo-castanhada, com reflexos e manchas anegrados, especialmente na nuca. Duas faixas amarelas partem dos olhos e se estendem para a região occipital. A cauda, as patas e a região ventral são amarelas.
Os lemingues são abundantes em toda a Escandinávia. Eles vivem nas montanhas e nas planícies herbáceas na Noruega, Suécias, Finlândia e no noroeste da Rússia.
Estes simpáticos roedores vivem em pequenos abrigos localizados sob rochas ou musgos. No seu habitat natural, o lemingue fica em atividade noite e dia, cavando tocas e ninhos com suas garras fortes. Nesses ninhos nascem várias crias por ano, de 3 a 9 filhotes cada uma. Animais velhos e filhotes alimentam-se de capim, musgo, raízes e liquens. Eles não costumam armazenar alimento para o inverno. Nessa época os lemingues alimentam-se de brotos de arbustos.
Esses roedores não vivem em terrenos cultivados nem penetram nas habitações humanas, não causando, portanto, prejuízos importantes.
Seu número varia de maneira notável. Periodicamente as populações sofrem uma grande flutuação numérica, oscilando bruscamente, por motivos ainda mal conhecidos. Normalmente, os indivíduos afastam-se pouco dos abrigos; mas, em condições de superpopulação, invadem vales e encostas, em busca de alimento e abrigo. Em geral, quando há um inverno suave e curto se sucede um verão longo e favorável à população vegetal, os lemingues multiplicam-se desmesuradamente. O espaço vital disponível torna-se insuficiente, escasseia o alimento e a população se dispersa em busca de outros habitats. Os deslocamentos migratórios têm caráter individual, mas, como as rotas praticáveis são poucas, formam-se hordas numerosas que não realizam um movimento emigratório coerente e organizado.
Essa marcha de fome pode terminar, para muitos animais, às bordas dos fiordes, de onde despencam para a morte certa, no mar. Antigas lendas contam a respeito de imaginárias marés de lemingues, nadando na superfície da água, em tal número que atrasavam a marcha dos navios e afundavam barcos com o peso de milhares de animais que se agarravam às bordas.
Todas as populações animais sofrem oscilações, cíclicas ou não, devidas causas variáveis, mas nenhuma com as características espetaculares das dos lemingues. Muito se escreveu, sem qualquer fundamento biológico, a respeito das colunas em marcha e do suicídio coletivo.
Durante as épocas de pululação, estimulados pela abundante alimentação, os lemingues continuam a multiplicar-se. As fêmeas grávidas instalam-se onde podem e os machos prosseguem na busca de novos domínios vitais. Por vezes, os recém-nascidos são transportados pela mãe, que carrega um entre os dentes e o outro no dorso, enquanto procura um sítio para aninhar-se. Observou-se que os predadores naturais, também aumentam de número, de maneira notável, durante as épocas de população dos lemingues. Quando estes voltam a estabilizar-se, desaparece o excesso de predadores, o que indica uma estreita relação entre as espécies envolvidas.
Os lemingues são perseguidos por um grande número de animais: lobos, raposas, glutões, martas, arminhos, suindaras e outras corujas, corvos e falcões. Até as renas estão entre as espécies potencialmente perigosas, dado que costumam esmagá-los com as patas.
Diretora de Conteúdo e Editora Chefe