Équidna – ouriço
Seis das 4.237 espécies de mamíferos põem ovos. São o ornitorrinco da Austrália e cinco espécies de équidnas também da Austrália e da Nova Guiné, únicos membros da ordem Monotrêmata.
NOME: équidna-ouriço
NOME CIENTÍFICO: Tachyglossus aculeatus
FILO: chordata
CLASSE: Mammalia
ORDEM: Monotrêmata
FAMÍLIA: Tachyglossidae
TAMANHO: mede de 35 a 50 cm de comprimento e pesa de 3 a 6 kg. Tem um focinho cilindro-cônico, em forma de bico de pássaro e quase tão longo quanto o resto da cabeça. Os espinhos que recobrem seu dorso mostram-se rígidos e robustos, geralmente amarelos na base e negros na extremidade ou, às vezes, inteiramente amarelos, medindo até 6 cm de comprimento e ultrapassando os tamanhos dos pêlos negros e bruno-escuros. As unhas dos pés anteriores são largas, rígidas e retas. Nos pés posteriores, a hálux tem uma unha muito curta e arredondada e o segundo dedo uma unha muito longa e robusta.
HABITAT: habita a Austrália e a Nova Guiné e vive em ambientes variados, da floresta aos confins dos desertos, com uma preferência pelas regiões montanhosas até 1.000 m de altitude. Aprecia, particularmente, os bosques secos, onde pode cavar enormes luras e longas galerias sob as raízes das árvores e onde se abriga durante o dia , para à noite sair em procurar de alimento, farejando e cavando.
ALIMENTAÇÃO: Come insetos e vermes, mas sobretudo formigas e cupins, que descobre com seu focinho, tão sensível, que serve mais como órgão tátil do que olfativo. Para comer, o équidna procede da mesma maneira que os tamanduás, isto é, serve-se da longa língua viscosa, retirando-a, junto com alimento, uma certa quantidade de areia, de poeira, de resto de mata e, às vezes, um pouco de ervas, que lhe facilita a trituração.
SOM: O grito do équidna consiste num grunhido surdo que se ouve quando ele esta inquieto.
ESPINHOS: tamanho de 6 cm
REPRODUÇÃO: na época de reprodução aparece no ventre da fêmea, uma dobra de pele em forma em forma de crescente, que forma uma bolsa suficientemente grande. Esta bolsa recebe o ovo à saída da cloaca, o qual, sempre único, fica protegido por uma casca membranosa e mole.
INCUBAÇÃO: Sua incubação dura de 7 a 10 dias, na bolsa.
RECÉM-NASCIDO: O recém-nascido, inteiramente nu, fica na bolsa até que seu tosão tenha-se formado. A mãe coloca-o em um refúgio seguro, onde vai periodicamente aleita-lo.
TEMPO DE VIDA: Vive muito, já foi assinalado o caso de um équidna-ouriço que viveu 50 anos em cativeiro.
INIMIGO: Seu único inimigo é o homem. Os indígenas apreciam muito sua carne.
O Zaglosso (Zaglossus bruijnii), que habita a Nova Guiné, pode medir até 78 cm de comprimento e pesar 10 kg. Além do talhe maior, ele se distingue dos outros équidnas por seu bico quase duas vezes mais longo que a cabeça e por seus pêlos lanosos, abundantes, brunos ou negros, às vezes longos bastante para dissimar os espinhos, que são menos cerrados e mais embotados que os das outras espécies.
O équidna-da-tasmânia (Tachyglossus setosus) vive exclusivamente na ilha que lhe deu o nome. No conjunto, parece-se muito, tanto pelo aspecto como pelos hábitos, com o équidina-da-austrália, embora seja um pouco maior e seus espinhos mais curtos.
A família dos Taquiglossídeos ou Equidnídeos compreende animais cujo corpo mostra-se recoebrto, não somente de pêlos, mas também de espinhos agudos, como o dos ouriços-cacheiros.
Em seu aspecto exterior, eles se distinguem marcadamente do ornitorrinco, embora sejam muito semelhantes em sua estrutura interna. O pescoço, muito curto, prolonga-se, sem solução de continuidade com o corpo maciço, muito curto, prolonga-se, sem solução de continuidade com o corpo maciço e achatado. A cabeça oval e relativamente pequena acaba por um focinho fino, cilíndrico ou em forma de tubo afilado, com a extremidade arredondada, onde se abre uma boca muito pequena e muito estreita. As narinas, ovais, muito reduzidas, encontram-se na parte superior do focinho. Os olhos pequenos, fundos, têm uma membrana nicitante.
O pavilhão auricular externo, normalmente desenvolvido, fica situado atrás da cabeça, mais ou menos dissimulado pela pelagem e pelos espinhos, podendo o animal abri-lo e fecha-lo a vontade.
Os membros apresentam-se retacos e do mesmo tamanho. Os pés posteriores são virados para fora e os anteriores para dentro, enquanto os dedos possuem unhas fossadores, longas e fortes e especialmente nos membros anteriores. Os machos apresentam no calcâneo dos pés posteriores um esporão córneo agudo e perfurado, que se comunica com a glândula de veneno.
A cauda, rudimentar, termina em ponta arredondada. A língua protrátil e sempre coberta de uma substância viscosa, segregada por glândulas salivares. Possui dobras córneas no palato e na língua, em substituição aos dentes. Os dois conjuntos mamários terminam através de numerosos canais excretores, nos campos glandulares situados de cada lado do ventre da fêmea, em depressões um pouco profundas. Na ocasião da postura de ovos, formam-se no abdômen duas dobras cutâneas que constituem uma espécie de bolsa de incubação onde se alojará o ovo e, depois o filhote.
Essa bolsa desaparece durante o desmame. Observou-se que durante o período de incubação dos ovos, a temperaturas da bolsa se elevava em relação ao resto do corpo.
Os ovos têm 14 a 17 mm de comprimento, apresentam uma gema muito grande e uma casca apergaminhada.
Quando sai do ovo o filhotes medem apenas 2 mm e seu focinho é particularmente muito curto. Nesse estágio ainda não consegue mamar, lambendo apenas o leite que escorre ao longo dos pêlos situados na região mamário.
A família dos taquiglossídeos compreende, portanto, os Monotremos de conformação maciça, caracterizados pelos seguintes fatores:
Corpo coberto de espinhos;
Focinho muito alongado, com língua vermiforme e protrátil;
Membros robustos, providos de unhas poderosas;
Cauda rudimentar;
Bolsa marsupial, que se desenvolve sobre o ventre pouco antes da postura do ovo e que serve para sua incubação.
O équidna vive, em meios muitos diversos, na Nova Guiné na Austrália e na Tasmânia. A família compreende dois gêneros, Tachyglossus e Zaglossus, e 5 espécies.
BIBLIOGRAFIA:
Enciclopédia Os Animais
Editora Bloch – 1872 – Rio de janeiro
Naturama
Editora Codex – 1965 – São Paulo
Vida Selvagem
Nova Cultural – 1981- São Paulo
O Mundo dos Animais – Mamíferos
Nova Cultural – 1980
Zoo O Fantástico Mundo Animal
Mundial – 1982
Os Bichos – Enciclopédia Ciências
Editora Abril Cultural – 1972
Mamíferos
Editora Globo – 1989
Diretora de Conteúdo e Editora Chefe