Dogue Argentino
É a primeira e, até agora, a única raça canina criada na Argentina. O professor de Antropologia, Etnologia e Genética da Universidade de Turim, Dr. Alfredo Sachetti, no seu tratado “problemas de sistemática biológica”, faz referência a esta nova raça americana que apresenta, segundo ele, duas qualidades fundamentais: estabilidade biotipológicas e força genética. O criador foi o Dr. Antônio Nores Martinez, professor da Universidade Nacional de Córdoba, e seu irmão, o Dr: Agustin Nores Martinez, já no ano de 1928, haviam confeccionado o Standard da raça, mas somente em 1947, deu-se a publicidade na revista “Diana”. Este standard é no mesmo que aprovaram a Sociedade Rural Argentina e a Federação Cinófila Argentina nos anos de 1964 e 1965, respectivamente, datas em que abriram-se os registros genealógicos para o doge argentino, adotado, logo, pelo Clube de Criadores do Doge Argentino.
A finalidade que guiou o criador da raça era obter um cão que reunisse uma série de condições que tornassem apto para a caça, grossa de espécies depredadoras como o puma, o javali, o pecarí, a raposa, etc. e que se adaptasse às condições naturais do país, completamente diferentes das que existem nos terrenos cercados para a caça europeus. Devia reunir, como condições fundamentais as do cão capaz de bater um mato em silêncio afim de não afugentar a presa, bom olfato para farejar no alto, agilidade, valentia e fortaleza. Para isto reuniu nele as características da várias raças tomando como base o velho cão de luta cordobês, que não era mais que uma mistura de mastim espanhol com bull terrier, quando não bull terrier puro ou cruzado com bulldog inglês e que se caracterizava pela suas condições extraordinárias de combatividade, valentia e resistência, mas que carecia de olfato e velocidade; além disso, a sua ferocidade tornava-o inútil para a caça, porque lutavam entre eles. Partindo desta origem foram-lhe injetando distintas correntes de sangue, a fim de chegar a obter a raça desejada. Intervieram, pois, na sua formação o bull-terrier, o bulldog, o grande dinamarquês, o boxer, o mastim dos Pirineus, o galgo irlandês, o pointer, o doge de Bordéus e o mastim, seguindo um claro conceito genético que levou o criador a obter a raça atual.
PADRÃO DA RAÇA – Bruno Tausz
Aspecto geral – cão de luta, entre as raças de caça maior. Normotipo e dentro disso um macrotálico, de proporções harmônicas. Pertence ao tipo mesocefálico, de perfil convexo-côncavo: crânio convexo e focinho ligeiramente curvado para cima.
Talhe – altura: 60 a 65 cm.
– comprimento: (padrão não comenta).
– peso: 40 a 45 quilos.
Pelagem – (padrão não comenta).
Cor – inteiramente branco.
Cabeça -1 1 – arcos zigomáticos bem afastados do crânio.
Crânio – massudo, convexo em todos os sentidos. Occipital não marcado, confundindo-se com a linha superior do crânio.
Stop – leve.
Olhos – bem separados, escuros ou de cor avelã. Pálpebras pretas ou claras, olhar esperto, inteligente e, ao mesmo tempo, com marcante dureza.
Orelhas – inserção alta, portadas eretas ou semi-eretas triangulares, sempre cortadas. Na fêmea, podem ser pouco mais longas e, no macho, é preferível um pouco mais curtas.
Obs.: O árbitro não deve julgar um Dogue Argentino com as orelhas inteiras.
Focinho – de comprimento igual ao do crânio.
Trufa – preta, narinas bem amplas.
Lábios – pretos, bem ajustados, secos, de bordas livres.
Mordedura – maxilares fortes, bem articulados, dentes grandes e bem inseridos, sem importar o número de molares. Deve ser valorizada a homogeneidade das arcadas dentárias e especialmente, os quatro caninos que são grandes, e perfeitamente inseridos na mordedura.
Tronco – linha superior suavemente descendente mais alta na cernelha. (Nos adultos, quando o desenvolvimento muscular do dorso e lombo é bom, visto de perfil, nota-se o relevo dos músculos espinhais, formando um canal mediano ao longo da espinha).
Pescoço – grosso, arqueado, esbelto, com a pele da garganta muito grossa, formando rugas.
Dorso – muito forte, cernelha alta, grandes saliências musculares.
Lombo – revestido pelos músculos do dorso.
Costelas – (padrão não comenta).
Peito – amplo, profundo, esterno abaixo dos cotovelos.
Tórax – amplo, linha inferior atinge o nível dos cotovelos.
Ventre – (padrão não comenta).
Garupa – (padrão não comenta).
Membros
Ombros – (padrão não comenta).
Anteriores – retos, bem aprumados
Posteriores – coxas muito musculosas, bem angulado e jarretes curtos.
Patas – com dedos curtos e bem fechados, sem ergôs.
Cauda – grossa e larga sem ultrapassar os jarretes, portada naturalmente caída. Em movimento, a mantém levantada, em continuo movimento lateral, como quando faz festa ao dono.
Movimentação – (padrão não comenta).
Faltas – olhos claros ou pálpebras vermelhas. Nariz branco ou muito manchado de branco. Os ergôs, devem ser penalizados, quando presentes. Cães brancos com a pele muito pigmentada de preto. Pequenas manchas na cabeça.
DESQUALIFICAÇÕES – as gerais e mais:
1 – olhos de cores desiguais.
2 – surdez.
3 – manchas no corpo.
4 – pêlo longo.
5 – prognatismo inferior ou superior.
6 – lábio muito pendente.
7- cabeça afilada.
8 – orelhas inteiras (sem serem operadas).
9 – altura inferior a 60 centímetros.
10 – mais de uma mancha na cabeça.
11 – toda e qualquer desproporção física.
12 – nariz partido ou lábio leporino.
NOTA: os machos devem apresentar dois testículos de aparência normal, bem desenvolvidos e acomodados na bolsa escrotal.
Editora Chefe e Diretora de Conteúdo