Saúde Animal

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Dogue Alemão





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dogu_alemao2Aos cães de grande tamanho costumam ser achatados e um tanto maciços; não é assim o dogue alemão, pois ainda que seja um gigante da espécie canina, possui uma atrativa esbeltez e enorme agilidade.

As opiniões a respeito das suas origens tampouco coincidem. O seu próprio nome varia de país a país: os italianos, espanhóis e ingleses, por exemplo, o chamam de dinamarquês ou grande dinamarquês, mas realmente não é originário da Dinamarca. Hoje, é conhecido oficialmente como dogue alemão, na França como “dogue allemand”, na Alemanha como “Deutsche Dogge”; esta referência comum a uma origem alemã parece exata. Segundo a tese mais aceitável o dogue alemão foi obtido pelos alemães mediante o cruzamento do mastim como o lebrel.

dogue_alemao2Como no caso dos lebréis que se haviam estendido pelo Mediterrâneo, e portanto na Gália por obra dos mercadores fenícios, alguns mastins provenientes da Assíria e da Índia haveriam chegado a Europa também graças aos fenícios. Cegados à França e à Ingleterra, estes mastins se difundiram também no Norte da Alemanha, gerando o Canis familiares decumanus, que seria o progenitor do dogue alemão, cujos descendentes medievais deveriam buscar-se no saupacker alemão.

Outra hipótese sustenta a origem asiática dos mastins europeus, que chegaram seguindo o povo escita dos alamos, que os empregava para caça e a defesa. Ao dogue_alemao6chegar à Alemanha, estes mastins foram refinados com o cruzamento com lebréis, obtendo-se um cão robusto, de grande tamanho, mas ao mesmo tempo veloz e elegante. Segundo outros, também o pointer teria contribuído para a formação do moderno dogue alemão.

dogue_alemao8Mégnin, finalmente, sustenta que os grandes cães chegados com os dogues produziram, através de cruzamentos múltiplos, tanto o dogue alemão como o dogue de bordeaux e outras raças de distinta nacionalidade, todas de grande tamanho.

Mas além das fronteiras alemãs, também se conhece o dogue alemão de hoje, como um dos cães de guarda e defesa mais apreciados. Na Inglaterra, na França e nos Estados Unidos e outros países tem surgido criadores especializados que, igual aos alemães, produzem exemplares de grande mérito.

dogue_alemao3PADRÃO DA RAÇA – Bruno Tausz

Aspecto geral – grande altivo, forte e elegante de estrutura quase quadrada. É o APOLO das raças caninas. Cabeça especialmente expressiva, com estampa de estátua nobre. De índole amistosa e carinhosa com os de família, especialmente com as crianças, mas reservado com estranhos.

Talhe – altura: mínima, machos 80 cm e fêmeas 72 cm.
– comprimento: (desejável mais). igual a altura ou, no máximo 5% maior, nas fêmeas nunca maior que 10%.
– peso: (padrão não comenta).

Pele – bem assente ao corpo; nos Unicolores bem pigmentada e nos Arlequins acompanha os desenhos das manchas.

Pelagem – muito curta, densa, bem assente, lisa e brilhante

Cor –
a) Tigrado – fundo: dourado claro ao dourado amarelado Listras: pretas, claramente definidas, de igual largura e transversais, na direção das costelas. Desejável, máscara preta.
b) Dourado – dourado do claro até o escuro. Desejável máscara preta.
c) Azul – azul-aço puro; permitido marcas brancas no peito e patas.
d) Preto – preto profundo; permitido manchas brancas.
Nos Mantados permite-se as manchas brancas se o manto do dorso for inteiramente preto: nos flancos, focinho, pescoço, peito, ventre, membros e ponta da cauda.
e) Arlequim – branco puro com manchas preto profundo de contorno irregular e tamanhos variáveis bem distribuídas Indesejáveis as manchas acinzentadas ou amarronzadas.

Cabeça – proporção C/F: 1:1. Alongada, vista de frente, estreita, com contornos bem definidos, sutilmente cinzelada.
Crânio – testa bem pronunciada e occipital levemente marcado
Stop – bem marcado.
Olhos – tamanho médio redondos, escuros arcadas superciliares bem desenvolvidas. Pálpebras firmes e bem ajustadas.
Orelhas – inserção alta, de comprimento médio, caídas, com as bordas anteriores rente as faces. As operadas são de comprimento e largura proporcionais, portadas eretas e simétricas.
As ninhadas nascidas após 01/01/1993 somente serão admitidas com as orelhas integras.
Focinho – profundo, preferencialmente simétrico, cana nasal larga, musculatura da face moderadamente marcada.
Trufa – volumosa e preta nos unicolor.
No Arlequim, permitido cores mais ciaras, manchadas ou cor-de-carne
Lábios – pigmentação escura, nos Arlequins é tolerada a despigmentação. Comissuras labiais bem desenhadas.
Língua – (padrão não comenta)
Mordedura – em tesoura.

Tronco – quase quadrado, comprimento maior, máximo 5% para os machos e 10% para as fêmeas A cernelha é o ponto mais alto da linha superior.
Pescoço – inserção bem desenvolvida, longo, musculoso e seco, sem barbelas; linha superior levemente arqueada.
Dorso – reto, curto e levemente descendente.
Lombo – largo, fortemente musculado e imperceptivelmente arqueado.
Costelas – bem arqueadas.
Peito – profundo até os cotovelos, antepeito bem desenvolvido
Ventre – bem esgalgado, linha inferior bem delineada
Garupa – fortemente musculada e levemente inclinada.

Membros
Ombros – fortemente musculados, escápuloumeral angulada entre 100° a 110°.
Anteriores – braço com úmero de comprimento igual ao da escápula Cotovelos corretamente direcionados para a frente, trabalhando paralelos rente ao tórax. Braço vertical, carpo de volume moderado, metacarpo, de frente reto, de perfil levemente inclinado.
Posteriores – fortemente musculados e bem angulados garupa e coxas largas e arredondadas pernas com a tíbia igual ao fêmur Jarretes aprumados. Metatarso curto e levemente angulado e com bom apoio.
Patas – arredondadas, dedos curtos, fechados e bem arqueados (pés de gato). Unhas curtas, preferencia, escuras.
Cauda – inserção alta, comprimento alcançando o nível dos jarretes; grossa na raiz, afinando para a ponta Em repouso, portada caída; em atenção, em forma de sabre, elevando-se sem ultrapassar muito o nível do dorso.

Movimentação – bom alcance de passada rítmica e harmônica Apresentando leve oscilação, com membros trabalhando em planos paralelos.

Permitido mas indesejável – Unicolores: pequenas manchas brancas no peito, unhas e nos olhos; olhos mais claros e marcas brancas; os olhos claros ou um de cada cor.

Faltas – penalizáveis na proporção de sua gravidade.

DESQUALIFICAÇÕES – as gerais

Lúcia Helena Salvetti De Cicco
Editora Chefe e Diretora de Conteúdo