Saúde Animal

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Dannie Dinmont Terrier





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dandie2Num célebre livro de Walter Scott, Guy Mannering, há entre os personagens um estranho tipo de “gentleman”rural rude mas com o coração de ouro, que se chama Dandie Dinmont.

Para esse personagem o escritor inspirou-se num homem que realmente existiu, um arrendatário de Hyndlea, um tal James Davidson, grande criador e caçador, que possuía terriers (Pepper e Tarr) de caráter sumamente curioso. O êxito do livro de Scott fez que se atribuísse àquele terrier o nome do seu simpático dono. Mas não foi James Davidson quem criou esta raça que, embora descuidada, existia desde muito tempo atrás.

Trata-se, muito provavelmente, de uma antiga variedade criada por ciganos, então muito numerosos na Escócia Meridional. Também há quem sustente, no que se refere à ascendência do dandie, que deriva do cruzamento do otterhound com o scottish antigo; outros, ao contrário, opinam que deriva do skye e do bedlington. Finalmente, parece que na sua formação participaram os bassets sabujos de Flandres, introduzidos desde a França pelas tropas de Guilherme, o Conquistador.

dandiePADRÃO DA RAÇA: Bruno Tausz

DANDIE DINMONT TERRIER

Padrão FCI nº 168.
Origem: Grã-Bretanha;
Nome de origem: Dandie Dinmont Terrier;;
Utilização: companhia.
Classificação FCI — grupo 3 – Terrieres;
Seção 2. – de Pequeno Porte;

ASPECTO GERAL – cabeça característica, com um belo revestimento de pêlos sedosos e olhos grandes e cheios de inteligência e sensatez, que compensa um tronco longo, baixo, comparável ao da doninha. Membros curtos e fortes; pêlo resistente às intempéries.
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TALHE – altura na cernelha: (padrão não comenta).
– – comprimento: (padrão não comenta).
– peso: 8 à 11 quilos para os cães em boas condições de trabalho.
Preferem-se os pesos mais leves.
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TEMPERAMENTO – independente, muito inteligente, resoluto, tenaz, sensível, afetuoso e digno, repleto de energia e apto ao trabalho.
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PELE – (padrão não comenta).
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PELAGEM – característica muito importante da raça. Dupla, com subpêlo macio, que se assemelha à gaze, e o pêlo mais duro, sem ser de arame, ao toque parece áspero. Os pêlos não deve repartir-se no dorso fazendo uma linha mas, deve formar tufos, por causa dos pêlos duros que atravessam o subpêlo macio. Os membros anteriores têm uma franja de 5 cm, aproximadamente. A face dorsal da cauda é revestida de pêlos duros de arame e a face ventral de pêlos menos duros, apresentando uma franja bem desenhada de pêlos mais macios.
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COR – pimenta ou mostarda.
Pimenta: vai do preto estendendo-se sobre o azul escuro até o cinza prata claro, as tonalidades intermediárias são preferidas. A cor do tronco desce bem pelos ombros e a garupa, fundindo-se, gradualmente, com a cor dos membros, que varia segundo a cor do tronco, do castanho intenso ao fulvo pálido. Topete abundante branco prateado.
Mostarda: vai do marrom avermelhado ao fulvo pálido. O topete abundante é branco creme. Os membros e as patas têm um tom mais escuro que o da cabeça.
Para ambas as cores, as franjas dos membros anteriores são mais claras que a cor da pelagem da face anterior. Um pouco de branco, no antepeito, e na unhas é admitido. Patas brancas é defeito. A pelagem da face ventral da cauda é um pouco mais claro que o da face dorsal, o qual deve ser mais escuro que a pelagem do tronco
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CABEÇA – solidamente construída, forte mas, proporcionada ao porte do cão. Os músculos maxilares apresentando-se um desenvolvimento extraordinário. A distância do canto medial do olho ao occipital é quase igual à largura entre as orelhas. A testa é bem arqueada. A cabeça é revestida de uma pelagem muito macia e sedosa, que não deve ficar limitada a um simples topete.
Crânio – largo, diminuindo gradualmente de largura em direção aos olhos.
Stop – (padrão não comenta).
Focinho – as bochechas diminuem gradualmente em direção ao focinho que é alto e forte. A cana nasal mede três quintos do comprimento do crânio. A face dorsal do focinho comporta uma região triangular cujo vértice fica direcionado para trás, na direção dos olhos e, cuja base mede cerca de 2,5 cm à trufa.
Trufa – preta.
Lábios – mucosa interna da boca é preta ou de cor escura.
Mordedura – maxilares fortes. com uma articulação em tesoura perfeita, regular e completa, em contato justo, engastados ortogonalmente aos maxilares. Os dentes são muito fortes e, em particular os caninos, os quais são extraordinariamente desenvolvidos para o seu porte. Os caninos articulam-se bem para proporcionar a presa, a mais forte possível e a potência a mais terrível.
Olhos – cor castanho escuro saturado. Inseridos bem separados e baixo, são vivos, grandes, redondos bem cheios mas, sem serem protuberantes.
Orelhas – caídas. Inseridas baixo, bem para trás e bem separadas. Inteiramente pendentes contra as faces, com uma ligeira elevação na base, onde são largas afinando quase em ponta. A linha anterior das orelhas formam uma linha quase reta, da base até a ponta. Tanto a cartilagem, quanto a pele das orelhas são muito finas. O comprimento total da orelha é de 7,6 à 10,2 cm. A cor da pelagem das orelhas devem harmonizar-se com o restante da pelagem. Quando a cor da pelagem é pimenta, as orelhas são revestidas de uma pelagem macia, reta e escura (em alguns casos, praticamente preta). Nos exemplares de cor mostarda, a pelagem da orelha também deve ser mostarda, num tom mais escuro que o restante da pelagem mas, jamais preta. Tanto um quanto o outro devem ter uma fina franja de pêlos claros nascendo em torno de 5 cm da ponta, de coloração e textura quase idêntica à do topete, parecendo emprestar à orelha um certo destaque. É possível que esta franja apareça com a idade de dois anos.
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PESCOÇO – muito musculado, bem desenvolvido e forte, oferecendo grande potência. Bem inserido nos ombros.
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TRONCO – longo, forte e flexível. Toda a linha inferior é bem musculada.
Cernelha – (padrão não comenta).
Dorso – dorso muito baixo no nível dos ombros, apresentando uma ligeira curvatura descendente e por conseqüência, um arqueamento no nível do lombo e uma caída suave e gradual do topo do lombo até a inserção da cauda.
Peito – bem desenvolvido e bem profundo.
Costelas – bem arqueadas e redondas.
Ventre – (padrão não comenta).
Lombo – ligeiramente arqueado.
Garupa – (padrão não comenta).
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MEMBROS
Anteriores – membros anteriores são curtos, com um desenvolvimento formidável tanto dos músculos, quanto da ossatura; bem afastados com o peito bem descido entre eles.
Ombros – as escápulas são bem inclinadas mas, sem rusticidade.
Braços – (padrão não comenta).
Cotovelos – (padrão não comenta).
Antebraços – prolongam a linha do antepeito.
Carpos – (padrão não comenta).
Metacarpos – (padrão não comenta).
Patas – voltadas para a frente ou ligeiramente desviadas para fora, em stay.
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Posteriores – pouco mais longos que os anteriores e muito afastados entre si, mas não separados numa atitude forçada.
Coxas – bem desenvolvidas.
Joelhos – bem angulados.
Pernas – (padrão não comenta).
Metatarsos – (padrão não comenta).
Jarretes – curtos. Costuma-se excisar os ergôs, se existentes.
Patas – redondas e providas de bons coxins. As posteriores menores que as anteriores. As unhas são pretas mas, de nuance variada segundo a cor da pelagem.
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Cauda – preferencialmente curta, de 20 à 26 cm, muito espessa na raiz, mantendo a espessura por 10 cm, adelgando em seguida até a extremidade. A cauda não pode ser torta ou enrolada de forma alguma mas, apresenta uma curvatura análoga à de uma cimitarra. Quando em movimento, a ponta da cauda se mantém na perpendicular que passa pela sua raiz. Não deve ser inserida nem muito alta nem muito baixa. Quando fora de ação o porte da cauda é alto, um pouco acima da linha superior.
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Movimentação – a propulsão é proveniente dos posteriores, corretamente direcionada para a frente fornecendo uma passada flexível, fluente e fácil, com bom alcance dos anteriores.
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Faltas – avaliadas conforme a gravidade.
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DESQUALIFICAÇÕES – as gerais.
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NOTA: os machos devem apresentar dois testículos de aparência normal, bem desenvolvidos e acomodados na bolsa escrotal.

Lúcia Helena Salvetti De Cicco
Diretora de Conteúdo e Editora Chefe