Como Identificar a Depressão Canina
A depressão nos cães se parece muito com a humana, e só um tratamento especializado vai ajudá-los a sair dessa.
A depressão é um problema de ordem psicológica que afeta não somente os humanos, mas também os animais que tanto amamos, e é mais comum do que parece no mundo pet, principalmente entre os cães.
O estado depressivo de cachorros pode ser desencadeado por uma série de motivos como, por exemplo, uma mudança de ambiente, morte de algum membro da família e situações estressantes. A depressão canina também pode estar associada a ansiedade e fobias, em uma fase em que o animal vai depender ainda mais da dedicação dos donos.
A Universidade de Bristol realizou uma pesquisa para investigar as possíveis causas e tratamentos da depressão canina, utilizando observações da própria psicologia humana para chegar aos resultados finais.
Não tendo raças mais propensas, a depressão pode atingir todo e qualquer cachorro, tendo muito de seus sintomas e tipos de tratamentos parecidos com os dos humanos.
O principal fator que causa a depressão canina são as mudanças bruscas na vida do pet. Segundo profissionais da veterinária, as perdas afetivas são a causa de 70% dos casos de cachorros com depressão.
O sentimento de solidão e abandono também é um dos principais causadores de problemas psicológicos, porque muitos donos de pets que têm a rotina agitada não dão a devida atenção aos seus bichinhos, que passam muito tempo sem companhia.
Ainda, a inclusão de um novo animal de estimação dentro de casa e a perda de liberdade podem gerar estresse no animal, assim como experiências traumáticas, como cirurgias e atropelamentos, e animais em fase de recuperação de alguma doença podem apresentar sinais de apatia típicos da depressão canina.
Apesar de ser comum no mundo pet, o tema depressão canina gera muitas dúvidas entre os donos dos cãezinhos: Como identificar a depressão? Como tratá-la? Meu amigo irá melhorar? Saiba tudo isso a seguir:
Identificando a depressão canina
Assim como os humanos, os cachorros também apresentam uma série de comportamentos que podem indicar sinais de depressão. Entretanto, é fundamental que o dono fique atento aos hábitos de seu cãozinho, pois os sintomas nem sempre são fáceis de serem identificados e podem ser confundidos com cansaço ou tédio, nem sempre sendo depressão, como:
– Falta de interação dentro de casa e com outros animais;
– Inatividade e baixo interesse em atividades como correr ou passear;
– Movimentos mais lentos que o normal;
– Mudança de apetite, seja deixar de comer repentinamente ou comer demais, com oscilação de peso;
– Alterações no sono, pois os cães deprimidos geralmente dormem mais, enquanto que os que ficam mais nervosos e inquietos apresentam dificuldades para dormir;
– Intolerância ao toque físico oferecidos pelos donos;
– Comportamento estranhos, como gemer e choramingar com frequência, ficar nervoso, apegar-se excessivamente ao dono, ou até mesmo ficar escondido por horas. Em casos mais graves de depressão canina, o cãozinho pode apresentar comportamentos autodestrutivos, como bater contra a parede, automutilar-se ou parar de comer.
Ao notar alguns destes sinais no cãozinho, o dono deve imediatamente levá-lo a uma clínica veterinária para uma consulta com um profissional de saúde animal. Somente o veterinário terá as ferramentas e informações necessárias para identificar o problema psicológico e diferenciá-lo de outras doenças de sintomas parecidos.
A automedicação para cães jamais deve ser feita. Em casos de problemas psicológicos, a recomendação é ainda mais importante, pois o tipo de medicação usado para tratar a depressão canina é muito forte e, quando não administrado de maneira correta, pode prejudicar ainda mais o animal ao invés de ajudá-lo.
Como tratar a depressão canina
Diferentes tipos de medicamentos e atividades são recomendados, caso o veterinário aponte que o cãozinho está mesmo com depressão canina. Tudo irá depender do grau e da intensidade da doença em cada animal.
A combinação de atividades físicas com remédios homeopáticos, antidepressivos e outros medicamentos alopáticos, que podem ser prescritos para cachorros, apresentam ótimos resultados, tornando os cãezinhos felizes de novo.
Dedicar mais tempo ao pet, mimá-lo e dar muito carinho também são formas de ajudá-lo a superar a depressão, ainda mais se a causa do problema psicológico for mudança de residência ou modificação nos horários do dono.
Durante o processo de recuperação, é muito importante manter o pet ocupado e exercitado. Uma boa estratégia é acompanhá-lo em suas atividades e incluí-lo em sua rotina, como, por exemplo, aguardar ele terminar de comer e conversar com ele enquanto se arruma pela manhã. Também vale apostar em brinquedos interativos para que o cãozinho se desenvolva mentalmente, fique distraído e brinque por conta própria quando não houver companhia em casa.
Oferecer petiscos e prêmios para tentar animar o bichinho, é um erro cometido com frequência pelos donos. O cão pode achar que está sendo recompensado pelo seu comportamento apático e negativo, tendendo a piorar cada vez mais.
A socialização com outros cães também é importante no tratamento de problemas psicológicos, ainda mais se o seu pet perdeu um companheiro canino. O ideal é levá-lo com frequência a um local onde ele possa interagir com outros bichinhos.
Se você puder cuidar de mais um animal de estimação em casa, considerar a ideia poderá ser positivo para oferecer companhia, mas apenas se a causa para a depressão for a solidão.
Já as sessões terapêuticas caninas são recomendadas quando as causas da mudança de comportamento do cachorro são desconhecidas pelo dono. O veterinário, que neste caso irá atuar como um psicólogo, irá observar o comportamento do animal juntamente com seu dono, para que um diagnóstico seja realizado e o melhor tratamento prescrito para que o sue pet volte a ser como antes.
Fonte: Vet Quality