Prezados Senhores,

Há um ano e nove meses ganhei um cão que a princípio pensavamos ser um Coker Spaniel puro, porém descobrimos que era misturado Deus sabe com que raça (apesar deste detalhe não ser importante para mim). Tudo ocorreu muito bem, ele é muito bem cuidado. Ele é muito brincalhão (muiittto) com todos da família, porém há aproximadamente uns três meses ele começou a querer morder meu filho de 12 anos, que por sinal sempre brincava com ele, ou melhor, se “embolava” com ele, depois meu marido e meu pai, sempre na mão. Ele não permite que estas pessoas brinquem mais com ele. Eu posso fazer tudo, mas eles de jeito nenhum. Já pensei em doá-lo, porém sou totalmente apaixonada por ele e mesmo que quizesse, se ele está mordendo as pessoas da família, claro que morderia um estranho. O que será que deu nele????.

Obrigada!

Olívia
Os problemas com agressividade em cães são os mais comuns e os que mas incomodam, eles podem estar ligados a inúmeros fatores como por exemplo, territoraliedade, medo, submissão, por maus tratos e muitos outros. É muitos difícil de longe conseguirmos detectar o porque desta agressividade, mas normalmente o que ocorre é o seguinte: os cães tem um personalidade bem definida, de acordo com o ambiente em que vivem e com a raça, mas nem sempre o fato de um animal ser de determinada raça é o fator mais importante, o que realmente conta são os estímulos a que eles são expostos e o ambiente em que vivem e são criados. Alguns cães desenvolvem uma personalidade dominadora, principalmente sobre as pessoas, sejam eles da famíla ou não, o que não pode acontecer é deixar o cão mandar em nós, temos que ter pulso firme, mas sem agredir o bichinho, a maneira como ele nos vê com certeza é diferente de como nós vêmos eles.
Eles não são mais nem menos que nós, são apenas uma espécie diferente, e o mínimo de respeitos que devemos ter para com eles é trata-los como a espécie que são, e não tentar transformá-los e atribuir a eles condições humanas.
Ter pulso firme e reprimi-lo no exato momento em que ele morde as pessoas ou faz alguma coisa errada, com tom de voz firme “”NÃO””, tente também não associar o nome dele à bronca, e dar bastante carinho nas horas em que ele faz alguma coisa que você gosta, e principalmente impor limites. Ok !!!!!!!!!!

Atenciosamente,

Dr. André de Almeida Prazeres Gonçalves
São Paulo – SP