Cavalos – Reprodução
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Nos eqüideos em geral, o instinto de reprodução aparece em torno dos 18 meses, contudo, a reprodução de animais jovens não é recomendada porque a égua, fecundada na fase de crescimento – até os 30 meses – retira o alimento para a constituição do feto do próprio organismo e, conseqüentemente, atrapalha o seu desenvolvimento.
A idade mais recomendada para o início da reprodução nos machos é de 3 anos e nas fêmeas varia de 3 a 5 anos. Esta variação ocorre por vários fatores do meio e, principalmenete, alimentação.
O cio provoca modificações de ordem particular e geral, assim, nos órgãos genitais notam-se a congestão e o edema do ovário e das mucosas do oviduto, do útero, da vagina e da vulva. O colo do útero se relaxa, deixando escapar um muco, ás vezes estriado, de sangue, que escorre pela vagina e pela vulva, do qual se desprende um odor característico que atrai e excita o macho.
A égua torna-se inquieta, nervosa, coceguenta e mesmo intratável, com os olhos brilhantes e a cauda levantada. Relincha, talvez procurando o macho, perde o apetite, podendo ficar meio desbarrigada, urina com mais freqüência, emite pequenos jatos de urina e movimenta o clítoris. Pode-se observar que os lábios da vulva são mais inchados do que o normal.
O cio dura, em média, de 10 a 12 dias e, a cobrição no início do cio é negativa, devendo-se esperar que o cio se torne mais acentuado. Novas cobrições podem ser realizadas a cada 2 dias, até que o cio acabe. A ovulação se dá 24 a 48 horas antes do término do cio e, o óvulo é fecundado de 6 a 8 horas após ter sido liberado. O esperamtozóide tem vitalidade aproximada de 48 horas no trato genital da fêmea. Se a égua na reentrar no cio depois de 16 dias é provável que tenha sido fecundada. O intervalo entre 2 cios consecutivos é de 21 dias.
A estação de monta compreende, no Brasil, em outubro, novembro e dezembro, que são os meses de maior fecundidade. O surgimento do primeiro cio depois do parto acontece no 7º ao 11º dia. Este é chamado “cio do potro” ou “cio post-partum”. Neste cio é recomendado seu aproveitamento para nova cobertura, se o parto foi normal e os órgãos genitais se encontram em boas condições.
Um garanhão adulto pode praticar uma a duas montas (uma de manhã e outra à tarde) por dia, desde que alimentado adequandamente (com reforço de proteínas). Anualmente, um reprodutor pode cobrir de 50 a 80 fêmeas, quando na monta dirigida, e de 20 a 40 quando for monta de campo.
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GESTAÇÃO e PARTO – O período de gestação é de 336 dias na égua (11 meses – click aqui para ver a tabela de gestação). A gestação é o desenvolvimento do feto depois da fecundação do ovo até a parição. Ela também é conhecida como “prenhez, pregnância e gravidez”. Verificada a fecundação o óvulo desce pelas trompas uterinas e pelo oviduto até alcançar o corno uterino, no que leva mais ou menos 12 dias.
Um parto normal dura em média de 10 a 30 min. O feto, apresenta-se com a cabeça colocada entre as patas dianteiras (veja imagem ao lado). Normalmente a égua pari de pé, o feto cai com os jarretes da mãe atenuando esta queda, havendo nesse momento a ruptura do cordão umbilical. Quando a fêmea pari deitada (em decúbito), o cordão umbilical é rompido pela própria fêmea ou quando esta se levanta,. Caso isso não ocorra, o tratador deve efetura a ruptura (com ligadura) a uma curta distância.
A expulsão da placenta é imediata ao parto e, os órgãos genitais voltam ao seu estado normal em 2 a 5 dias após o parto. É muito importante o tratador acompanhar o parto para socorrê-la no caso de um parto difícil (distócico). Em caso de dúvida chame sempre o médico veterinário, naõ espere a situação complicar.
As éguas paridas em cocheira devem receber nos primeiros 4 dias uma ração leve e laxativa: capim verde e tenro, alfafa (verde ou feno), cenouras, etc.
O primeiro leite, chamado colostro, é muito importante para o potro, não só pela sua riqueza em vitaminas, seu poder laxativo para limpar o intestino, como por conter substâncias imunizantes para várias doenças, que a mucosa intestinal do filho é capaz de absorver durante os primeiros dias.
BIBLIOGRAFIA:
Millen, Eduardo – Guia do Técnico Agropecuário “Veterinária e Zootecnia”
Instituto Campineiro de Ensino Agrícola, 1984
Edwarads, Elwyn Hartley – Horse
A Dorling-Kindersley Book – 1993
Santos, Ricardo de Figueiredo – Eqüideocultura
J. M. Varela Editores, 1981
Torres, A. Di Paravicini e Jardim, Walter R. – Criação de Cavalos e outros eqüinos
Nobel, 1987
Diretora de Conteúdo e Editora Chefe