Buldogue Inglês
Adestrado para a luta, pelo homem, o buldogue é realmente o resultado de largos processos seletivos, que permitiram obter uma raça cujas características principais são anomalias notáveis.
Apesar do seu aspecto hostil e nada dócil, o buldogue é um dos cães mais tranqüilos e pacíficos; fidelíssimo, limpo, inteligente, muito robusto, exibe os seus dotes de combatente somente se é agredido abertamente.
O termo “bulldog” é uma palavra inglesa composta por duas: “Bull – touro”e “Dog – Cão”. Derivaria do fato de que, até meados dos século XVIII, este cão era obrigado a combater nas pistas contra os touros. Enquanto as origens da raça, originam-se do antigo mastim de sangue asiático que, estabelecido na Inglaterra, converteu-se naquele pugnax Britanniae que os romanos levaram para a sua pátria com a finalidade de combater com seus pugnaces (cães de luta) isto é os molossos de criação grega. Se excetuarmos estas remotas origens, o buldogue, tal como é conhecido, é de formação indiscutivelmente inglesa.
Numerosos documentos encontrados na Grã-Bretanha testemunham a presença, em épocas distantes, de um cão muito parecido com o buldogue contemporâneo, por aquelas paragens: sua missão primordial era servir de espetáculo combatendo. No período entre os séculos XIII e XVIII os espetáculos de lutas com os cães eram freqüentes e cada aldeia tinha o seu próprio ring.Os cães destinados à luta contra os touros eram selecionados cuidadosamente; não porque se buscasse a beleza e a simetria das formas, mas a coragem sem limites, o instinto de agressão e uma ferocidade extrema. Através da cuidadosa seleção obteve-se um cão tão sanguinário que nem a dor o detinha.
No fim do século passado surgiu um movimento de oposição contra este gênero de combates e conseguiu-se que o parlamento inglês aprovasse uma lei proibindo-os.
PADRÃO DA RAÇA – Bruno Tausz
Padrão FCI nº 149.
Origem: Grã-Bretanha;
Nome de origem: Bull Dog / Fêmea: Bull Bitch;
Utilização: companhia.
Classificação FCI – grupo 2 – Pinscher, Schnauzer, Molossos e Boiadeiros Suíços;
seção 2.2.1. – Molossos, Tipo Dogue;
ASPECTO GERAL – compacto, robusto, atarracado, baixo, largo, possante e de pelagem lisa. Cabeça massuda e pesada. Focinho curto, largo rombudo e ascendente; tronco curto; membros fortes e bem musculados posteriores altos, um pouco mais leves que os poderosos anteriores. A fêmea é pouco menor que o macho. Sua figura revela determinação, força e atividade.
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TALHE – altura na cernelha: (padrão não comenta).
– comprimento: (padrão não comenta).
– peso: macho 25 quilos e fêmea 23 quilos.
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TEMPERAMENTO – (padrão não comenta).
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PELE – (padrão não comenta).
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PELAGEM – textura fina, curta, fechada e lisa.
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COR – sólida com ou sem máscara ou focinho preto. As cores são uniformes (puras e brilhantes): vermelho – nas tonalidades fulvo, fulvo claro, rajado, com ou sem branco, ou branco puro.
Altamente indesejáveis – cores preto, fígado e preto e castanho.
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CABEÇA – pele solta e enrugada, muito alta e curta. Testa chata não ultrapassa a linha anterior do focinho. Os ossos frontais são proeminentes largos e altos; a distância entre os cantos mediais dos olhos e a extremidade do nariz, é maior que a da extremidade do nariz ao bordo do lábio inferior. Visto de frente, o contorno das bochechas, bem acolchoadas ultrapassa, lateralmente, o limite dos olhos.
Crânio – perímetro medido à frente das orelhas é quase igual a altura na cernelha; a distância da mandíbula ao topo do crânio parece muito alta; contorno simétrico. Sulco sagital, largo e profundo até o meio do crânio e que pode ainda ser percebido no topo.
Stop – profundo entre os olhos segue o sulco sagital.
Focinho – curto dos zigomas até o nariz, largo, arrebitado e muito profundo do canto distal dos olhos à comissura da boca e apresenta rugas na pele.
Trufa – preta. A ponta do nariz é projetada na direção dos olhos. Entre as narinas grandes há uma linha vertical bem definida.
Lábios – superior grosso, largo pendente e com caimento, cobrindo inteiramente as laterais do maxilar inferior sem cobrir na frente, onde apenas toca o lábio inferior cobrindo inteiramente os dentes, fortes, sólidos e imperceptíveis com a boca fechada.
Mordedura – maxilares são largos maciços e quadrados, com os seis incisivos alinhados entre os caninos, que são bem afastados. A mandíbula projeta-se consideravelmente à frente da maxila e se curva para cima. De frente, o maxilar inferior deve ser encaixado sob o maxilar superior, ao qual é paralelo.
Olhos – inseridos baixo, no plano da pele, bem afastados das orelhas e estão, com o stop, na perpendicular que passa pelo sulco frontal, bem afastados, com os cantos distais dentro do contorno das bochechas. Redondos, de tamanho moderado, de cor bem escura quase preta – olhando para a frente, não exibem a esclerótica.
Orelhas – inserção alta, bem afastadas entre si e dos olhos, pequenas, finas e portadas em rosa. Visto de frente, a borda medial das orelhas, contundem-se com o contorno do alto do crânio.
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PESCOÇO – de comprimento moderado para curto, muito grosso, forte na base. Linha superior arqueada. Barbelas, formadas por abundante pele solta, grossa e enrugada na garganta.
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TRONCO – com ligeiro declive logo após a cernelha (a parte mais baixa), de onde a viga vertebral se eleva até o lombo arqueado até a cauda, que é uma característica significativa da raça.
Cernelha – (padrão não comenta).
Dorso – curto, forte, largo na cernelha e mais estreito no lombo.
Peito – amplo e redondo, de diâmetro grande e muito profundo, da cernelha ao esterno, junto ao antepeito e bem descido entre os anteriores.
Costelas – bem arqueadas e voltadas para trás.
Ventre – recolhido e não pendente.
Lombo – topo mais alto que a cernelha.
Garupa – (padrão não comenta).
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MEMBROS
Anteriores – muito fortes e firmes, bem desenvolvidos, e afastados, musculados e retos. Curtos, comparados aos posteriores, sem caracterizar dorso longo ou prejudicar a movimentação.
Ombros – largos, bem inclinados, muito musculados, parecendo terem sido acrescentados.
Braços – (padrão não comenta).
Cotovelos – baixos e bem afastados das costelas.
Antebraços – (padrão não comenta).
Carpos – (padrão não comenta).
Metacarpos – curtos, retos e fortes.
Patas – (padrão não comenta).
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Posteriores – mais longos que os anteriores para levantar o lombo e musculados.
Coxas – (padrão não comenta).
Joelhos – redondos e ligeiramente abertos.
Pernas – (padrão não comenta).
Metatarsos – (padrão não comenta).
Jarretes – curtos, levemente angulados, retos e fortes.
Patas – anteriores retas, ligeiramente voltadas para fora, tamanho médio e moderadamente arredondadas. Posteriores redondas, compactas, desviam-se para fora. Dígitos, compactos, espessos, bem separados, destacam-se as juntas altas.
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Cauda – inserção baixa, grossa, saliente, reta, depois inclina para baixo, afinando rapidamente até a ponta. Seção redonda lisa, moderadamente curta, portada baixo, sem uma curva evidente para o alto na ponta.
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Movimentação – andadura pesada e travada, parecendo marchar com pequenas passadas na ponta das patas, os posteriores não se elevam, parecendo arrastar-se. Quando o cão corre, uma das espáduas esta sempre bem avançada.
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Faltas – avaliadas conforme a gravidade.
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DESQUALIFICAÇÕES – as gerais.
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NOTA: os machos devem apresentar dois testículos de aparência normal, bem desenvolvidos e acomodados na bolsa escrotal.
Editora Chefe e Diretora de Conteúdo