Abelha – Anatomia das abelhas
O corpo de uma abelha melífera divide-se em cabeça, tórax e abdome.
As abelhas possuem na cabeça os órgãos sensoriais que lhe permitem saber o que se passa ao seu redor.
Através dos grandes olhos compostos, podem orientar-se em seus vôos e distinguir as cores das flores.
Nas antenas possuem os sentidos da audição, do olfato e do tato, imprescindíveis quando se encontram na escuridão da colméia. Pelo cheiro podem reconhecer suas companheiras e detectar seus inimigos.
Asas
As abelhas e vespas têm dois pares de asas membranosas bem desenvolvidas, sendo o par anterior maior do que o posterior.
Diferentemente das abelhas, as asas das vespas do grupo Vespidae se dobram longitudinalmente quando em repouso, dando a impressão de que suas asas são bem finas.
Cabeça
Na cabeça estão abrigados importantes órgãos. Na suas duas antenas, por exemplo, estão localizadas as chamadas cavidades olfativas, órgãos bastante desenvolvidos, que têm a importante função de captar odores como o de floradas, por exemplo, por parte das operárias, ou o odor de rainhas virgens, por parte de zangões. Estes apresentam cerca de 30.000 cavidades olfativas, as operárias de 4.000 a 6.000 e a rainha cerca de 3.000.
Também na cabeça está localizado o complexo sistema visual das abelhas, que é composto por três ocelos, ou olhos simples, situados na parte frontal da cabeça, e de dois olhos compostos, localizados nas laterais da cabeça, que são constituídos por milhares de omatídeos, formando um conjunto de olhos interligados. Apesar de fixos, estes olhos são capazes de enxergar em todas as diferenças – graças ao seu grande número – e a longas distâncias.
Os zangões apresentam 13.000 omatídeos, as operárias cerca de 6.500 e a rainha, 3.000.
Ainda na cabeça estão localizadas três importantes glândulas: as mandibulares, que dissolvem a cera e ajudam a processar a geléia real que alimentará a rainha e as hipofaríngeas, que funcionam do quinto ao 12º dia de vida da operária e transformam o alimento comum em geléia real. Além das glândulas e dos órgãos de sentido, ainda estão situados na cabeça o aparelho bucal e os sacos aéreos, se interligam ao abdômen.
Tórax
o tórax da abelha é formado por três segmentos: o primeiro ligado à cabeça chama- se Protórax: a mediana Mesotórax e o terceiro ligado ao abdômen Metatórax.
Os órgãos de locomoção da abelha estão situados em seu tórax: as seis patas, divididas em seis segmentos, e seus dois pares de asas. Também estão alojados no tórax o esôfago das abelhas e os espiráculos – órgãos de respiração.
Os pares de patas diferem entre si, possuindo cada um deles uma função pelicular. No primeiro segmento estão instaladas as patas anteriores, as quais são forradas por pêlos microscópicos e que servem para Limpar as antenas, olhos, língua e mandíbula: no segundo estão inseridas as patas medianas, que possuem um esporão cuja função é a limpeza das asas e a retirada do pólen acumulado nos cestos das patas posteriores, instaladas no terceiro segmento do tórax, e que se caracterizam pela existência das cestas de pólen, pentes e espinhos, cuja finalidade é retirar as partículas de cera elaborada pelas glândulas cerígenas alojadas no ventre.
Abdômen
O abdômen abriga a maioria dos órgãos das abelhas. Nele estão situados a vesícula melífera (que transforma o néctar em mel e ainda transporta água coletada no campo para a colméia), o estômago das abelhas (conhecido como ventrículo), seu intestino delgado, as glândulas cerígenas (responsáveis pela produção da cera), as traquéias ou espiráculos (órgãos de respiração), e órgão exclusivos dos zangões, das operárias e da rainha.
No abdômen dos zangões está localizado seu órgão reprodutor, constituído por um par de testículos, duas glândulas de muco e pênis.
Exatamente na extremidade do abdômen está situada a arma de defesa das abelhas: seu temível ferrão. Para a abelha rainha, o ferrão nada mais é do que um instrumento de orientação, que visa localizar as células dos favos onde irá ovular, ou então de defesa, utilizado para picar outra rainha, que porventura tenha nascido ao mesmo tempo, com a qual travará uma luta de vida ou morte pela hegemonia dentro da colméia. É importante frisar que a rainha só ataca outra rainha, ou melhor, só utilizará seu ferrão contra sua oponente. Outro ponto interessante é que o ferrão da rainha é liso, ou seja, após penetrar e injetar o veneno, ele volta ao seu estado normal, funcionando somente como um oviduto, o que não acontece com as operárias. Essas abelhas têm o seu ferrão com ranhuras (em forma de serrote), que após penetrar em algo mais duro, como a pele do ser humano, fica preso puxando parte dos seus órgãos internos, o que ocasiona a sua morte logo em seguida.
Assim, para as operárias, o ferrão é uma potente arma de defesa. É por meio do ferrão que as abelhas se defendem, injetando no inimigo uma toxina que, em grandes doses, pode ser fatal. Basta dizer que uma pessoa que seja picada por mais de 400 ou 500 abelhas tem morte certa. No entanto, o veneno das abelhas, em doses reduzidas e adequadamente administradas, é empregado em vários países – principalmente na Russia e Estados Unidos – no combate de doenças como o reumatismo, nevralgias, transtornos circulatórios, entre várias outras. A apiterapia já está dando uma substancial contribuição à cura e profilaxia de graves afecções.
E também no abdômen que estão localizados os órgãos de reprodução femininos : vagina, ovários (dois), espermateca (bolsa onde a rainha armazena os espermatozóides dos zangões que a fecundaram ) e a glândula de odor que tem importante papel de possibilitar a identificação entre as abelhas. É por causa deste cheiro característico que uma abelha não é aceita por uma outra colméia que não seja a sua. Cada abelha tem a sua colméia, saindo e retornando preciosamente sempre para o mesmo alvo (entrada do ninho), e também um odor todo característico. Desta forma ela nunca erra de casa, pois se isso acontecer, ela será picada e morta. Esse fato somente não ocorrerá se, na hora do pouso errado, ela estiver carregada de néctar e pólen; neste caso a abelha é muito bem recebida e integrada á família.
Finalmente, no abdômen das abelhas, ainda se localiza o coração, que comanda o aparelho circulatório, formado por vasos, pelos quais circula o sangue das abelhas, chamado hemolinfa que, diferentemente dos animais de sangue quente, é incolor e frio.
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