Ameba
NOME COMUM: Ameba
NOME EM INGLÊS: Amoeba ou ameba
FILO: Protozoa
CLASSE: Sarcodina
SUBCLASSE: Rhizopoda
ORDEM: Amoebina
COMPRIMENTO: diâmetro máximo: 0.3 cm
CARACTERÍSTICAS: Vive independente ou como um parasita. As amebas estão constantemente alterando sua forma em função da emissão de pseudópodes (pseudo = falso + podo = pé), empregados na locomoção e na captura de alimentos. O modo de locomoção das amebas através de pseudopodes é denominado movimento amebóide. Este também é verificado em células de outros organismos, tais como os glóbulos brancos do sangue humano.
ALIMENTAÇÃO: Para alimentar-se, a ameba abraça com os peseudópodes a partícula de alimento. Assim, a partícula passa para o interior da célula num espaço chamado vacúolo digestivo. Aí ocorre a digestão. As partes não digeridas são eliminadas para o exterior. Este processo é conhecido como fagocitose.
REPRODUÇÃO: Por divisão binária. Nesse tipo de reprodução assexuada, a célula se divide, dando origem a duas células-filhas, com a mesma informação genética da célula-mãe. Porém, a ameba também é capaz de se reproduzir sexuadamente. Acontece que certos vírus, ao infectarem as amebas, saírem e infectarem outras, levam um pouco do material genético de uma até a outra. Esta outra, então, frente a mais material genético do que ela necessita, é obrigada a dividir-se, gerando um novo indivíduo.
Os protozoários são aparentemente os mais simples dos animais. E os sarcodinos, ou protozoários cm pseudópodes, como a ameba, são a classe que não tem forma fixa. As amebas são semelhantes às primeiras criaturas vivas que apareceram na terra. Formadas numa única célula, elas realizam todas as funções como um corpo humano feito de bilhões de células. Esta relativa simplicidade faz com que a ameba seja capaz de adaptar-se a todos os tipos de meio ambiente: a água, o musgo úmido, a terra, e até mesmo, em alguns casos, o intestino humano. Um tipo, a entamoeba, ‘um parasita intestinal particularmente nocivo. É a causadora da disenteria amebiana.
Entamoeba histolytica
Sete diferentes espécies de ameba habitam a boca e os intestinos do homem, mas apenas a E. histolytica foi conclusivamente demonstrada como causadora de enfermidade. Amebíase é o nome da infecção causada pelo E. histolytica.
A E. histolytica é um protozoário relativamente simples, existe em duas formas, um cisto e um trofozoíto móvel.
O trofozoíto, a forma parasitária, vive na parede e na luz do colo. Reproduz-se por divisão binária e requer outras bactérias ou tecidos para sobreviver. Cresce melhor, mas não exclusivamente, sob condições anaeróbicas. Existe em uma forma pequena (10 a 20 micra) e uma grande (20 a 60 micra).
As formas pequenas, “minuta” (diminutas), encontram-se nas fezes não disentéricas. As formas grandes encontram-se na doença invasiva.
Os trofozoítos morrem fora do corpo e, caso ingeridos, o ácido gástrico os destrói. Não transmitem a doença; os cistos espalham a infecção. Os cistos sobrevivem ao secamento, à refrigeração e sob acidez. São mortos por temperatura acima de 55ºC e pela hipercloração da água.
As infecções com E. histolytica são cosmopolitas, sua prevalência diminui com a urbanização e o melhor saneamento. Os portadores assintomáticos de cistos espalham novas infecções, a epidemia ocorre a partir da contaminação fecal, geralmente de um suprimento de água. Os homens têm mais a doença amebiana do que as mulheres por razões inexplicáveis.
As paredes dos cistos ingeridos desintegram-se na luz do intestino delgado e liberam os trofozoítos. A maior parte dos pacientes com amebas não tem sintomas. O organismo vive tranqüilamente na luz do intestino e espalha-se como cistos nas fezes, não ocorreu a invasão tecidual.
A amebíase pode causar:
portador assintomático
disenteria não complicada
disenteria complicada ( perfuração, peritonite, hemorragia)
doença cólica não disentérica (ulceração cólica proximal, ameboma,estenose em qualquer local, intussuscepção)
abscesso hepático simples
abscesso hepático complicado (múltiplo, extensão à pleura, pericárdio, peritônio)
Infecções menos freqüentes em outros locais (pele, genitália, pulmão, cérebro)
O diagnóstico é feito através de exames de fezes, biópsiase testes sorológicos. O tratamento é medicamentoso.
Editora Chefe e Diretora de Conteúdo