Saúde Animal

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Aspectos Nutricionais – Os Nutrientes -Proteínas





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1. Proteínas

colageno-fotoAs proteínas, cujo nome significa “primeiro” ou “o mais importante”, são as macromoléculas mais importantes das células e constituem mais da metade do peso seco de muitos seres vivos. São enormes moléculas orgânicas, constituídas de “pequenos pedaços” chamados aminoácidos. Existem 20 aminoácidos, cujas combinações entre eles resultam em milhões de proteínas diferentes. Desde a mais antiga bactéria, até o ser mais evoluído atualmente, a composição orgânica varia desses mesmos 20 aminoácidos.

No caso dos vegetais, fermentos e bactérias, sais de nitrato e amônio são utilizados como compostos iniciais para síntese de proteína. Entretanto, no caso dos animais, a maioria dos aminoácidos deverá constar da alimentação. Isso porque o organismo animal é incapaz de sintetizar a maior parte dos aminoácidos de que necessita. Esse fato dá margem a classificar os aminoácidos em dois tipos: essenciais e não-essenciais. Os aminoácidos essenciais são aqueles que o organismo não consegue sintetizar nas proporções para crescimento e manutenção normais, ou seja, sua obtenção nos alimentos é essencial. Os aminoácidos não-essenciais são aqueles que o organismo consegue sintetizar nas proporções adequadas ao crescimento e manutenção normais, ou seja, não precisam estar no alimento.

Uma vez que a proteína é o principal componente dos órgãos e estruturas moles do organismo animal, durante toda a vida é necessária a ingestão acentuada desse nutriente. Dessa forma, a transformação de proteína alimentar em proteína orgânica é parte importantíssima no processo de nutrição. A proteína alimentar, quando submetida à ação do ácido estomacal e de certas enzimas, é degradada (catabolismo) em aminoácidos, que são o “material de construção” com o qual a proteína orgânica é feita (anabolismo).

Além de fazer parte da estrutura das células, a proteína é responsável por fornecer nitrogênio ao organismo, que entra na composição, por exemplo, de alguns produtos de excreção. É salutar, portanto, manter uma quantidade equilibrada de nitrogênio à disposição do processo metabólico.

Proteínas vegetais são plenamente satisfatórias para todas as fases da vida do cão, se elas forem adequadamente processadas e quando houver proporções equilibradas de aminoácidos presentes. Por um lado, a obtenção de proteína vegetal pode ser mais barata, mas promover o balanço adequado pode se tornar mais dispendioso; por outro, as carnes possuem quantidades bem superiores de proteína, o que por conseqüência reduz a quantidade de matéria-prima do alimento. Note-se que o uso de proteína vegetal deve ser prescrita pelo Médico Veterinário, pelas particularidades digestórias do cão. O uso de proteína animal, já que o cão é originalmente carnívoro, reduz as chances de carência alimentar.

A qualidade e a quantidade de proteína são muito importantes. Algumas fontes alimentares de proteína são deficientes em um ou mais aminoácidos, enquanto outras contêm outros aminoácidos em teores quase ótimos.
A primeira digestão das proteínas ocorre no estômago e trato digestório superior, originando os aminoácidos; em seguida, esses aminoácidos são absorvidos através da parede intestinal, permanecendo no sangue e constituindo o mais importante conjunto de aminoácidos metabólicos.
A absorção intestinal é influenciada pela concentração de aminoácidos e outros nutrientes na dieta. Qualquer grande excesso de aminoácidos é desperdiçado. Os tecidos do organismo não podem utilizá-los facilmente e esse excesso é degradado e excretado. Isso explica porque os aminoácidos não podem ser acumulados ou armazenados no organismo.

Muitos estudos mostram que uma restrição protéica pode apresentar certos riscos. Animais em situação de stress ou doença necessitam de um aporte maior de proteína para que o organismo tenha capacidade de restabelecer o estado normal de vida. Pesquisaram-se, então, níveis mínimos que poderiam manter um cão em condições saudáveis. Esse mínimo, porém, não permite a constituição de reservas protéicas indispensáveis à manutenção das funções vitais do organismo para uma saúde ótima, ou seja, são níveis que manteriam as condições mínimas caso o animal vivesse em condições perfeitas (sem nenhum stress, enfermidades etc.), o que não ocorre na realidade. É necessário, portanto, fornecer uma quantidade de proteína que possibilite ao organismo trabalhar com todas as condições quotidianas. Essa seria a “quantidade ótima” de proteína. Ainda estão em estudo os efeitos causados por uma quantidade máxima, ou seja, um excesso de proteína no organismo canino. Diversos resultados foram obtidos, o que não permite uma afirmativa sobre os efeitos de um excesso.

1. Proteínas
2. Lipídios
3. Carboidratos
4. Minerais
5. Vitaminas

{INÍCIO} -{CONSIDERAÇÕES GERAIS } – { ENERGIA E METABOLISMO } – {OS NUTRIENTES } – {ALIMENTAÇÃO ADEQUADA E MÉTODOS DE ALIMENTAÇÃO } – {CONSIDERAÇÕES FINAIS } – {BIBLIOGRAFIA }

Luigi Leonardo Mazzucco Albano
Bacharel em Química
Auxiliar Veterinário
Aquariólogo