Aspectos Nutricionais – Os Nutrientes – Vitaminas
5. Vitaminas
As vitaminas são denominadas micronutrientes por serem necessárias na dieta em quantidades da ordem de miligramas ou microgramas por dia. Este termo serve para distingüi-las dos macronutrientes (carboidratos, proteínas e gorduras), necessários em grandes quantidades na dieta, da ordem de centenas ou dezenas de gramas por dia. Os macronutrientes são necessários em grandes quantidades por proverem energia e aminoácidos para a síntese de proteínas. Por outro lado, as vitaminas são necessárias em pequenas quantidades por serem catalíticas em sua ação, ou seja, participam de várias etapas do metabolismo e não sofrem alteração em sua estrutura, e são reaproveitadas no ciclo metabólico. Atualmente 13 vitaminas diferentes são conhecidas como necessariamente presentes na dieta para a manutenção do crescimento e do funcionamento normal do organismo.
O nome “vitamina” foi aplicado pela primeira vez a um micronutriente orgânico necessário para a prevenção da moléstia beribéri, provocada por carência nutricional, muito freqüente em populações com dieta baseada em arroz. Como esse fator tinha as propriedades de uma amina, Casimir Funk, Bioquímico polonês que o purificou pela primeira vez, deu-lhe o nome vitamina, denotando uma amina essencial para a vida.
Quase todas as vitaminas estão presentes nas células dos tecidos animais e da maioria das plantas e microorganismos, e aí desempenham a mesma função bioquímica.
As vitaminas são divididas em duas grandes classes: hidrossolúveis (solúveis em água) e lipossolúveis (solúveis em gorduras). As vitaminas hidrossolúveis incluem a tiamina (vitamina B1), riboflavina (vitamina B2), ácido nicotínico, ácido pantotênico, piridoxina (vitamina B6), biotina, ácido fólico, cianocobalamina (vitamina B12) e ácido ascórbico (vitamina C). As funções bioquímicas das vitaminas lipossolúveis A, D, E e K, que são substâncias oleosas e insolúveis em água, não é tão bem conhecida.
A seguir, um resumo sobre as vitaminas mais importantes:
Vitamina B1: a tiamina é necessária na alimentação da maioria dos vertebrados e de algumas espécies de microorganismos. Os vegetais e alguns microorganismos a sintetizam, mas os vertebrados são incapazes, tendo que obtê-la do alimento. Essa vitamina previne o surgimento de algumas moléstias neurológicas; atua no aproveitamento de carboidratos; na ausência dessa vitamina, acumula-se muito ácido lático e pirúvico nos músculos, o que provoca fadiga muscular. São outros sintomas bradicardia; dilatação do coração; distúrbios gastrintestinais; anorexia; atrofia dos órgãos de reprodução. Suas principais fontes são fermento de cerveja, germe e casca de sementes, germe de trigo, fígado, rins e gema de ovo.
Vitamina B2: a riboflavina desempenha papel salutar na liberação da energia do alimento e na assimilação dos nutrientes. Os primeiros sintomas de sua falta são anorexia; inflamação de mucosas; cãibras; retardo no crescimento. A riboflavina é sintetizada por vegetais superiores, lêvedos, fungos e algumas bactérias. Suas principais fontes são folhas, leite, ovos, fígado, coração, rins, carne de músculos
Vitamina PP: a presença da niacina (nicotinamida) é essencial para o metabolismo dos carboidratos, proteínas e lipídios, além da integridade da pele e mucosas. Alguns possíveis sintomas de sua falta são perda de peso; emese; dermatite; diarréia; problemas nervosos. Essa vitamina é encontrada em boa quantidade em diversos alimentos frescos, mas na ração é necessária adição
Vitamina B3: o ácido pantotênico está associado a várias etapas do metabolismo. São sintomas de deficiência anormalidades na reprodução, no crescimento; lesões de pele e cabelo; sintomas gastrointestinais; lesões no sistema nervoso; embranquecimento prematuro da pelagem. A vitamina é amplamente distribuída nos alimentos tanto de origem animal como vegetal. O feno de alfafa, melaço da cana, fermento, farelo de arroz e farelo de trigo são particularmente ricos. Cereais e seus subprodutos também são fontes consideráveis. Geléia real de abelha e ovário de bacalhau são fontes excepcionalmente ricas em ácido pantotênico.
Vitamina B6: a piridoxina atua em vários sistemas enzimáticos vinculados ao metabolismo proteínico. Convulsão é um sintoma significativo da falta dessa vitamina, além de alterações cutâneas e problemas hematológicos. Fermento, fígado, carne de músculo, leite, cereais e seus subprodutos contêm quantidades substanciais.
Biotina: participa de determinadas etapas no metabolismo. Dermatite, queda de pêlo e baixa média de crescimento são os sintomas gerais da falta dessa vitamina. Leite e fígado são fontes de biotina.
Ácido fólico: atua principalmente no metabolismo de aminoácidos e como catalisador. Sua falta leva a problemas sangüíneos (alteração nas hemácias) e alterações paralelas na medula óssea. Suas principais fontes são folhas verdes, vísceras, cereais, soja. As aves precisam de suplementação, ao passo que a quantidade obtida nos alimentos é suficiente para o cão.
Vitamina B12: a cianocobalamina atua como coenzima em diversas reações metabólicas. Anemia é o principal sintoma à sua deficiência, podendo haver também distúrbios nervosos. A origem da cianocobalamina na Natureza aparenta ser quase exclusivamente microbiana.
Vitamina C: as funções mais consagradas do ácido ascórbico estão ligadas à formação e manutenção do material intercelular que possuem colágeno ou materiais semelhantes, como componentes básicos nos ossos e tecidos moles. É sintetizada pelo cão, o que dispensa suplementação salvo em condições fisiológicas severas. Frutas cítricas, tomate, legumes de folhas verdes, batatas, algumas frutas e verduras são fontes principais. O leite recém colhido é fonte substancial, porém a pasteurização retira-lhe quase totalmente essa vitamina.
Vitamina A: essa vitamina combina-se com uma proteína atuante na visão, além de atuar na formação da epiderme e na reprodução. O excesso dessa vitamina pode levar a alterações na reprodução; sua falta leva à cegueira progressiva e infecções oftálmicas. A vitamina A não ocorre em si nos vegetais, sendo encontrado seu precursor, o beta-caroteno, que é convertido no organismo animal, por ação de determinadas enzimas, em vitamina A. No entanto, é encontrada ricamente nos óleos de peixes.
Vitamina D: a principal atuação da vitamina D é na correta calcificação e formação óssea. Sem essa vitamina, o organismo incapaz de utilizar corretamente o cálcio e o fósforo. Pode ser produzida pelo organismo desde que haja incidência de luz solar neste, partindo-se de provitamina D encontrada no alimento. Sua carência leva a deformações ósseas e problemas reprodutivos. Gemas de ovos, feno de plantas leguminosas, alfafa, óleos de fígado de peixes (em especial de bacalhau) são algumas fontes dessa vitamina.
Vitamina E: dentre suas várias funções, pode-se destacar a proteção da membrana muscular (em associação com o selênio); antioxidação das gorduras do organismo; reprodução (alguns animais). Sua carência pode provocar, principalmente, atrofia muscular e testicular. Suas principais fontes são os vegetais em geral (esses sintetizam vitamina E), gema de ovo, óleos de soja e amendoim.
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Vitamina K: o papel mais importante dessa vitamina é participar no processo de coagulação do sangue, sendo o sintoma de sua deficiência hemorragia. Fígado, óleos de peixe, verduras em geral e ovos são fontes dessa vitamina.
1. Proteínas
2. Lipídios
3. Carboidratos
4. Minerais
5. Vitaminas
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Bacharel em Química
Auxiliar Veterinário
Aquariólogo