Saúde Animal

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A Onça e o Bode




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historia3História enviada por Nilda Maria Rodrigues

Era uma vez, na floresta, a onça resolveu construir uma casinha para morar.

Também o bode teve a mesma idéia. A onça saiu andando, andando e encontrou uma planície verdejante, com algumas árvores e uma vista muito bonita e resolveu:

– será aqui a minha casinha!

Capinou o terreno, demarcou o pedaço com algumas varas e estando muito cansada resolveu voltar outro dia para continuar a construção.

O bode, procurando o lugar ideal, encontra aquele pedaço de terra já capinado e cercado e pensa: Tupã esta me ajudando! Mãos a obra, ergueu as paredes feitas de bambu entrelaçado e resolveu voltar depois para continuar a obra.

Dia seguinte, chega a onça. Surpresa!

– Ó! Tupã está me ajudando! Já estão prontas as paredes!

E feliz colocou o telhado, feito de folhas de palmeira e disse contente:

– Amanhã termino a casa!

Qual não foi a surpresa do bode ao encontrar a casa semi-pronta!

– Tupã esta me ajudando!

Cantarolando colocou as portas e janelas e lá se foi pensando nos moveis e utensílios para o novo lar.

A Onça quase desmaiou ao ver o feito.

– Tupã esta me ajudando mesmo!

E cuidou da decoração enchendo de flores as janelas e varanda. Foi então, juntar seus
pertences para se mudar dia seguinte!

O bode ficou pasmo ao ver a decoração primorosa da casa.

– Tupã me ajudou mesmo! Me mudo amanha!

Dia seguinte, chegam os dois de mala e cuia e começa a confusão!

– Esta casa é minha, diz a onça! Eu limpei o terreno e cerquei, coloquei o telhado e decorei!!!

– Mas dona onça, quem fez as paredes, colocou as janelas, heim?

– MAS A CASA É MINHA, berra a onça!

Mostrando os chifres afiados o bode contesta!. Briga vai, briga vem, resolvem conversar e resolver o problema, afinal os dois haviam construído a casa!

– Moraremos juntos e juntos construiremos outra casa, igual a esta e um de nós se mudara quando a nova estiver pronta!

Apertos de patas, e assim foi feito! Em uma semana outra casinha, tão linda como a primeira estava pronta. Eram vizinhos e se ajudavam mutuamente, como devem fazer os bons vizinhos! E viveram felizes por muitos e muitos anos!

* Esta estória me foi contada pelo meu tio (já falecido), homem viajado neste Brasil e nos encantava quando vinha nos visitar em Belo Horizonte, lá pelos anos de 1953,54. Minha filha Ana Claudia, hoje com 21 anos, quando criança ouviu esta estória por mais de 50 vezes e adorava quando eu a contava, a noite, junto de sua cama, até que ela dormia com um sorriso, imaginando os bichos da estória. Tupã, o Deus indígena, até hoje faz parte de suas frases quando encontra pronta alguma tarefa de sua responsabilidade! Não sei quem é o autor… mas lendo as suas estórias, me lembrei disso e quis contar!
Um abraço, com carinho!
Nilda Maria Rodrigues