Saúde Animal

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Displasia coxo-femural




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Espero que as férias do site tenha revigorado as energias de todos que colaboram com esta importante ferramenta dos amantes dos animais.

Estou escrevendo para tirar uma dúvida que muito vem me afligindo. Tenho um Rottweiler de 4 anos que há uma ano atrás teve um problema que vem se repetindo periodicamente. Ele simplesmente parou de andar e não
conseguia se levantar. Inicialmente procuramos um veterinário que prescreveu uma série de antiinflamatórios e solicitou que retornassemos à clínica caso não houvesse melhora no quadro. Como o cão após uma semana não apresentou nenhuma remissão no quadro, retornamos à clínica e o veterinário tirou uma radiografia, que a meu ver não foi bem batida pois o cão não estava na posição que eu vi em algumas revistas especializadas. Após a revelação da mesma, ele me disse que meu cão tinha uma displasia coxo-femural bilateral em grau III. Passou então uma sequência de medicamentos (dexacitoneurin, bufferin, sinaxial) e disse que dali prá frente teríamos que conviver com aquele quadro. Eu e minha esposa então resolvemos ir a um outro veterinário que segundo indicações era especializado em ortopedia veterinária. O mesmo nos afiançou que meu cão não tinha displasia e que queria uma radiografia das colunas torácica e lombar para chegar a um diagnóstico mais preciso, além disso precreveu Meticorten 30 mg até a realização da radiografia. Tiramos a mesma em um centro especializado e levamos para o mesmo que achou somente uma pequena fissura na 8ª vértebra torácica que aparentemente não era compatível com o quadro apresentado. Neste ínterim, o cão melhorou e voltou a andar. Achamos então que o mesmo estava curado, mas 3 meses depois voltou a ter outra crise, esta um pouco mais leve e breve (obs: a 1ª crise durou 3 semanas e meia e a 2ª durou duas semanas). Pergunto:
1) meu cão tem ou não tem displasia ?
2) em caso positivo, existe algum procedimento profilático para aumentar o espaço entre as recidivas ?
3) Quais seriam os riscos de vida para meu cão ?
4) Será que terei que algum dia sacrificá-lo ?
Sei que são respostas difíceis de se responder à distância mas é que apesar de estarmos num grande centro (Rio de Janeiro), o acesso a um bom especialista é difícil e o deslocamento do cão e complicado pois o mesmo pesa (ou pesava) 62 Kg. Além disso infelizmente, os custos de um tratamento à altura do amor que o nosso cão nos dispensa são por demais onerosos aos nossos já combalidos bolsos. Não que com isso eu não tenha me esforçado para prestar o melhor tratamento possível ao meu cão, mas principalmente a
despeito de ter gasto uma quantia razoável, não ter tido um diagnóstico preciso e nem medidas emergencial e profilática para dar ao meu cão. Após estes esclarecimentos gostaria de comentar que noto que vários criadores se esmeram em evitar a proliferação da displasia no plantel. Mas eu pergunto: o que fazer com os exemplares que nasceram com o problema, como o caso do meu cão, que é extremamente adorado por todos da família e
que até os 3 anos não apresentou nenhum problema de movimentação? Além de não colocá-lo em reprodução (por motivos óbvios) o que devemos fazer? Sacrifica-lo? Deixa-lo sofrer? Aplicar um tratamento decente? Infelizmente sinto falta de literatura que sanem estas dúvidas. Devo dizer que comprei meu cão em um canil registrado no CBKC e no Clube do Rottweiler – RJ e que o mesmo tem grandes campeões no seu pedigree ou seja,
um cão que aparentemente estaria livre desta doença que atinge além do cão, toda a família. Um grande abraço, desculpas pelo tamanho da mensagem, mas é que meu cão
acaba de sair de outra crise (novamente 3 semanas e meia) e desta vez chegaram a formar-se escaras no mesmo, e por isso me encontro bastante chateado. Felicidades e sucesso para o site.
Obrigado,

Cesar e Família
Caro Cesar,

grato pelo contato e pelas gentis palavras. Com relação ao seu animal, teria que avaliar as radiografias para poder dizer se o seu cão tem ou não Displasia Coxo Femural. A Displasia tem graus de gravidade, como foi explicado a vc. Os sintomas de uma Displasia de grau III, geralmente aparecem quando da idade de 6 a 8 meses.
Recomendo que voce leve seu animal a um clinico veterinário especialista em ortopedia, verifique na Universidade, para uma avaliação clinica e radiografica precisa. Recomendo tambem que procure um especialista em clinica e nutrição para um acompanhamento do peso de seu animal e o estabelecimento de uma dieta controlada , pois o mesmo me parece muito pesado o que tambem dificulta o quadro clinico.
Caso queira enviar-me as radiografias, eu agradeceria, passe-as no scanner e envie-me para uma avaliação.
No aguardo, agradeço,

Dr. Clélio Costa Carreira – Médico Veterinário em Campinas – SP