Coprofagia – Como lidar com este problema
A coprofagia – o ato de comer fezes – é mais comum do que todo mundo pensa. Para os cães, é um ato normal, mas para as pessoas é algo extremamente nojento! Por que eles fazem isso?
Primeiramente, é preciso verificar se o cão não está com algum problema fisiológico, como problemas na digestão, por exemplo. A falta de digestão de alguns nutrientes pode deixar as fezes bastante apetitosas. Se o cão come as fezes de outro animal (de outro cão ou do gato, por exemplo), este deve também passar por consulta veterinária para ser avaliado. Se não for descoberta nenhuma causa médica, é preciso, então, avaliar o histórico comportamental. Os cães podem comer por brincadeira, por ansiedade, para chamar atenção ou por imitação.
Devemos sempre observar se a disposição da caminha, comida e banheiro está correta. A caminha e a comida devem estar longe do banheirinho. Cães que dormem, comem e brincam perto do banheirinho, tem maior possibilidade de desenvolver coprofagia. Por isso, devemos oferecer brinquedos mais interessantes (podem ser recheados com petiscos, por exemplo) e aumentar suas atividades no dia-a-dia.
Alguns cachorros ingerem fezes por ansiedade, muitas vezes por não saberem ficar sozinhos. Se este for o caso, o ideal é consultar um especialista em comportamento para auxiliar no tratamento da ansiedade e ensinar o cão a ficar sozinho gradativamente. Lembrando que, se ao chegar em casa o cachorro já tiver comido o cocô, não devemos dar bronca, pois ele não entenderá o motivo pelo qual o dono está brigando.
É comum o cão “aprender” a comer as fezes por imitação ou para chamar atenção quando os donos as recolhem na frente dele. Por perceber que aquele objeto (as fezes) chama atenção do dono, ele passa a “pegar” também para imitar. O dono começa a dar atenção para aquele ato e o animal passa a pegar as fezes para ganhar atenção do dono. Desta forma, recolha o cocô do animal bem calmamente ou sem que ele veja.
Pode ser feito um condicionamento para que o cachorro vá em busca do petisco assim que ele fizer cocô. O dono chama o cão para outro ambiente assim que este terminar a evacuação. Pode pedir um comando (como o “senta”) e dar o petisco como recompensa.
Existe também no mercado uma série de produtos que podem ser usados para evitar a ingestão do cocô. Produtos com gosto amargo podem ser borrifados nas fezes. Assim que o animal se aproximar, sentirá o gosto e cheiro ruins e passará a evitar a ingestão.
Algumas medicações, indicadas por veterinários, também podem ser usadas. Elas tem o princípio de deixar as fezes menos apetitosas e evitam a ingestão das fezes.
E lembrem-se: consultem sempre um veterinário e um especialista em comportamento para esclarecer suas dúvidas.
Edição e Revisão: Alex Candido