Saúde Animal

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Castor




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castor6Nome vulgar: Castor
Classe: Mammalia
Filo: Chordata
Ordem: Rodentia
Subordem: Sciurognathi
Família: Castoridae
Espécie: Castor fiber
Subespécie: Americana (Castor canadensis) e eurasiana (Castor fiber).
Nome científico: Castor fiber canadensis
Nome inglês: Beaver
Nome em Alemão: Kanadski Bober
Distribuição geográfica: São achados castores ao longo da América Norte com exceção do Sudoeste, e México, até a Europa e a Ásia setentrional.
Habitat: Castores vivem em rios e lagos , onde árvores são abundantes. Floresta temperada e floresta tropical, lago e rios de água doce.
Hábitos: Castores são principalmente noturnos. Eles só são vistos ocasionalmente durante o dia. Eles normalmente se despertam ao entardecer.
Habitação: No meio de reservatórios e lagos constroem suas habitações, feitas de barro e galhos, que se comunicam com o resto do lago por um túnel subaquático. Para manter constante o nível da água e evitar que a entrada do túnel fique a descoberto, os castores constroem pacientemente, com galhos e lama, diques que podem alcançar ou até ultrapassar 300m de comprimento.
Dentição: Os dentes incisivos, grandes e fortes, prolongam-se de maneira caracterísitca.
Tamanho: 80 a 120 cm, mais 20 a 30 de cauda. Sua altura, medida na espádua, não ultrapassa 30 cm.
Peso: vaira de 20 a 30 kg
Sexualmente madura: fêmeas com 2,5 anos
Gestação: A gestação dura cerca de cem dias para a espécie eurasiana e de cerca de 130 para a americana.
Época de procriação: Formam casais que procriam no inverno. Normalemnte entre abril e julho.
Nº de crias por ano: 1
Nº de filhotes: Em cada ninhada podem nascer de um a cinco filhotes. Eles ficam com os pais durante 1-2 anos e então partem para fazer as próprias casas.
Alimentação na natureza: Os castores se alimentam de cascas e folhas de árvores e preferem sobretudo as grandes árvores de folhas caducas que crescem na margem de lagos e rios, como salgueiros, álamos e bétulas.
Alimentação em cativeiro: inhame, alface, cenouras e objetos para roerem.

Características físicas:

Corpo maciço, robusto e mais desenvolvido na região posterior.
Focinho curto e arredondado.
Na região dorsal do corpo tem coloração castanho-escura, com reflexos acinzentados. A região ventral, mais clara, é cinzento-amarelada. A base da cauda acha-se recoberta por longos pêlos. O restante é nu, distinguindo-se pequenas escamas anegradas. No conjunto, o colorido apresenta uma ampla gama de variação individual. Podem encontrar-se indivíduos que tendem para o negro, outros para o conzneto ou para o branco-avermelhado. Muito raros são os de cor branca, com manchas escuras.
Orelhas reduzidas, ficam quase inteiramente escondidas em meio à pelagem.
Cauda arredondada na base e cinzenta, onde se insere no corpo, achata-se e toma a forma de raquete ou espátula. Coberta de escamas, que lhe serve de leme para nadar e que, pela forma peculiar, constitui seu mais característico traço morfológico.
Olhos reduzidos dotados de membrana nictante. Visão deficiente.
Olfato e audição muito desenvolvidos.
Membros curtos mas possantes, com 5 dedos.
Os artelhos ligados por uma membrana natatória.
As patas dianteiras são dotadas de fortes garras, que o animal utiliza para cavar e também para segurar galhos e pequenos troncos.
Tíbia e perônio unidos nas extremidades, mas individualizados.
Bons nadadores, podem ficar submersos até 15 minutos.
Óleo de Castor: Machos e fêmeas possuem duas glândulas especiais, que se abrem na região anal. Com a forma de bolsas ou sacos, suas paredes internas secretam uma substância de consistência oleosa, deniominada óleo de castor. Densa e untuosa, essa substãncia tem coloração castanho-avermelhada, castanho-amarelada ou castanho-escuro. De odor forte e penetrante,s eu sabor é amargo. Foi empregada como produto medicinal, até o início do século XX, por suas propriedades purgativas.

Pode-se dizer que a exploração do Canadá e do oeste dos Estados Unidos foi iniciada pelos caçadores de castores, cuja pele era das mais cobiçadas. A elevada cotação de seu pêlo fez com que, durante séculos, o castor fosse perseguido sem trégua, a ponto de ter desaparecido em amplas zonas da Europa, onde era abundante. Depois disso, tanto a espécie americana como a européia ficaram sob proteção.

Atualmente, na Europa, encontram-se castores habitando a Alemanha, a Polônia e a Rússia. Algumas populações remanescentes existem na bacia do Ródano. Introduzido com sucesso, pelo homem, na Escandinávia e no lago de Genebra, este Roedor é abundante na Sibéria e no norte, ocorre em grande parte do continente, especificamente no Canadá, onde a distribuição maciça, pela caça e pelos madeireiros, chegou a ameaçar a sobrevivência da espécie que agora é protegida.

Estes animais vivem quase sempre aos casais, em regiões florestadas próximo à água. De hábitos gregários, constituem colônias numerosas, formadas pela reunião de famílias que se estabelecem em locais tranqüilos.

Na Europa e na Sibéria são comuns os abrigos construídos sob os barrancos. A galeria de acesso desemboca sob a água e é, em parte, invadida por ela. Podem existir várias entradas, conduzindo todas a uma primeira câmara, que serve de vestíbulo e onde o animal se livra da águia que trouxe no pêlo Segue-se câmara principal ou vivenda, em posição elevada, onde vive a família. Uma abertura no teto assegura a ventilação adequada, O conjunto é recoberto com ramos entrelaçados, dissimulam a abertura da chaminé de aeração e as entradas dos túneis de acesso. Essa ramagem não é cimentada com terra. Sua função, ao que parece, é proteger também o abrigo contra incursão de predadores e permitir o escoamento a água da chuva para fora da habitação.
(veja a figura)

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A casa do castor – A construção da casa pelo castor começa quando o animal cava uma câmara na margem de um charco, um lago ou uma ilha. Sobre esta primeira habitação, edifica-se a casa e todos os membros da família começam a empilhar galhos, musgo e ervas compactados com barro, até formar uma estrutura mais ou menos cônica, cuja metade superior fica acima do nível da água. A construção da casa tem início no outono e ela servirá como refúgio durante todo o inverno, quando uma camada extra de gelo e barro a isola do frio e protege dos predadores.

castor7O estilo mais notável de abrigo é o que se encontra nas elevações de terreno banhadas por água pura e tranqüila. São construções feitas de troncos e de ramos cimentados com te, que os castores acamam e compactam com o auxílio das patas posteriores. uma ou várias galerias de acesso desembocam abaixo da superfície da água. Esses abrigos, cujo conjunto constitui verdadeiras aldeias, compreendem uma antecâmara usada para a operação de secagem do pêlo e uma câmara de residência. situada acima do nível das enchentes. Quando, durante uma inundação, a água por acaso invade a câmara de residência, o castor prepara um abrigo provisório, de emergência, sobre o teto do abrigo anterior. As paredes tem a espessura média de 30 cm e o ponto mais alto do abrigo eleva-se a um metro acima do nível da água, mas essa altura é variável, uma vez que as sucessivas gerações que vivem na mesma habitação depositam os excrementos no solo da câmara de residência, o que os obriga, periodicamente, a elevar o teto. O diâmetro, variável pela mesma razão, tem em média 2,5 m.

No interior dessas construções, a temperatura mantém-se constante, graças ao isolamento proporcionado pela abertura superior. A neve, acumulando-se sobre o teto, faz subir a temperatura; o calor dos animais que ali se reúnem não se perde. Por vezes três gerações de castores coabitam permanentemente, num total de 14 indivíduos, o que obrigada os jovens a emigrarem ao fim de dois anos.

As aldeias formam verdadeiras comunidades e envolvem certas atividades coletivas. O trabalho de construção dos diques que formam as barragens que represam cursos de d’água e asseguram o nível constante dos lagos e lagoas é feito por todos os habitantes da aldeia. Esses diques mantêm as entradas das galerias de acesso sempre submersas. Alguns diques alcançam até 600 m de comprimento e muitos metros de altura.

Nos locais pouco freqüentados pelo homem, encontra-se diques muito antigos. O naturalista suíço-americano Louis Agassiz descreveu uma dessas construções recoberta por uma camada de turfa de três metros de espessura, que lhe permitiu concluir que sua idade era de cerca de 900 anos. Ressaltou ele que a atividade dos castores, na América, ajudou a modificar consideravelmente a fisionomia das regiões por eles habitadas, alterando o fluxo dos rios e transformando torrentes em uma sucessão de represas. Além disso, as clareiras artificiais podem suceder-se por mais de 100 hectares.

Os castores são vegetarianos e, a maior parte da sua alimentação é constituída de cascas de árvores. Sua habilidade para cortar a madeira é tão grande que não chega a deixar marca dos dentes. Os incisivos são extremamente possantes, projetam-se de maneira que o castor pode utilizá-los mesmo com a boca fechada. Com eles o castor abate árvores de altura e diâmetro muito grandes. Começam por roletá-las, com um corte circular, o mais alto que alcançam. Em seguida, aprofundam o entalhe, de maneira que, ao cair, a árvore fique na posição mais propícia para seu transporte. Já no solo, o tronco é desembaraçado dos galhos e ramos e cortado em toletes apropriados, para construção. Ramos e galhos são utilizados para a cobertura do abrigo. As partes comestíveis são transportadas, em mergulhos sucessivos, e armazenadas para as épocas de frio intenso.

Os castores possuem uma morfologia peculiar, o que permite realizar tarefas gigantescas. As mãos, verdadeiras ferramentas por sua forma e constituição, são usadas para recolher a terra e a argila com que o animal cimenta as paredes de seu abrigo. Entretanto, a sua cauda é apenas utilizada para nadar e para dar sinais de alarme, golpeando com ela a superfície da água em caso de perigo.

Apoiando-se na cauda, o castor pode manter-se de pé nas patas posteriores. Quando caminha, desloca-se vagarosamente: põe primeiro uma pata no chão, depois outra, enquanto que o ventre, arrastando-se contra o solo, impede o animal de movimentar-se com maior rapidez. Dentro da água, as patas posteriores, que são palmadas, servem para impulsiona-lo , ao passo que a cauda é utilizada como leme. As mãos, que o castor usa com tanta destreza em terra firme, permanecem imóveis, enquanto ele nada, nas tarefas de construção de abrigos e barragens.

As orelhas e as narinas são providas de válvulas que se fecham quando o animal está submerso mas, o castor só pode permanecer submerso por alguns minutos, devendo voltar freqüentemente à tona para respirar.

O grito do castor, débil e rouco, lembra um gemido humano. A audição e o olfato são bem desenvolvidos e, sua acuidade visual é fantástica. Eles não só enxergam o que ocorre aio seu redor como também o que acontece nas vizinhanças.

Os castores são monogâmicos e os casais permanecem juntos por muito tempo. Os jovens vivem com os pais até completarem seu desenvolvimento sexual. A época de reprodução varia de acordo com a região em que vivem, mas, de uma maneira geral, tem início no inverno. Machos e fêmeas demonstram afeto recíproco. O parto ocorre sempre dentro da câmara central do abrigo. Os recém-nascidos são cegos, mas já tem o corpo coberto de pêlos. O número de crias varia de um a oito, sendo em geral seis, que a fêmea amamenta durante um mês. Ao fim de um ou dois anos os filhotes abandonam os pais, e afastam-se então para construir suas próprias famílias.

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O castor rarametne muda de “endereço”. A não ser que alguma inundação destrua completamente suas contruções, ele passa a vida toda reparando os pequenos estragos, que o tempo e seus inimigos vão fazendo nelas, sem mudar de local. Os filhos, quando crescem, abandonam a casa dos pais, casam e escolhem um lugar onde se fixam e vivem a vida toda. Como outros animais construtores, este bicho trabalha intensamente: não pode permitir que o nível de sua represa baixe. Isso deixaria a porta de sua casa exposta ao ar.

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A cabana do castor é contruída com a mesma técnica com a qual ele executa a represa: Galhos cortados e empilhados. Por dentro ela é uma câmara ampla, dentro da qual o casal guarda comida e protege os filhotes. A entrada submersa tem uma grande vantagem: são poucos os inimigos naturais do castor que sabem mergulhar. Se um gato selvagem o persegue, quando ele está no mato cortando galhos para suas contruções, o castor core até a margem e mergulha para dentro de casa.

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Dentro da represa artificial que constrói, o castor edifica sua casa; Esta é uma cabana, na qual só se pode entrar por uma abertura submersa. Como o bicho é bnom mergulhador, isso não causa probnlema em épocas normais. Mas, quando a superfície da água congela, ele tem de abrir um rombo para entrar em casa.

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Barreira construida pelo Castor

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O Castor fabrica um lago particular, para se garantir contra as correntezaz e a falta de água em certos períodos. Para isso, ele contrói um dique que lhe serve para represar um braço de rio. A represa é contruída, laboriosamente: galho por galho é cortado no bosque e depois transportado.

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Viver na água faz parte da vida dos castores.

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Os castores constroem seus abrigos utilizando as mãos com grande habilidade. Contrariamente ao que se pensa, não usam a cauda, como uma ferrametna para bater e amassar a terra.

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Os castores alimentam-se essencialmente de cascas de árvores que crescem à margem dos rios e lagos onde vivem.

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Os filhotes são bem protegidos e já vivem na água com as mães

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O castor pode alcançar um metro de comprimento e trinta quilos de peso. Sua área de ocorrência reduz-se com a diminuição dos hábitos favoráveis. Vive na América do Norte e no norte da Europa.

BIBLIOGRAFIA:

Enciclopédia Os Animais
Editora Bloch – 1872 – Rio de janeiro
Mil Bichos
Editora Abril – 1975 – São Paulo
Vida Selvagem
Nova Cultural – 1981- São Paulo
Vida Selvagem – Animais da Savana
Larousse -Altaya – 1997
Barsa – 1999
Encilcopédia Disney
Abril Cultural – 1972

Lúcia Helena Salvetti De Cicco
Diretora de Conteúdo e Editora Chefe