Os camelídeos
Os camelídeos, embora não estejam classificados na subordem dos Ruminantes, são animais que ruminam. Seu estômago é dividido em três compartimentos apenas, sendo o folhoso e o coagulador fundidos. A pança, volumosa, contém células aqüíferas onde a parte líquida dos alimentos é armazenada.
Como os Girafídeos, mas em grau menor, os Camelídeos apresentam pescoço longo, devido ao alongamento (e não à multiplicação) das vértebras cervicais. Ainda, como eles gingam e só têm dois dedos em cada pé, os dedos III e VI, sendo os laterais completamente ausentes. A grande diferença entre as duas famílias reside no fato de os Gerafídeos andarem sobre suas desenvolvidas como cascos (ungulígrados), enquanto que, entre os Camelídeos, o contato com o solo dá-se por meio das duas últimas falanges (digitígrados). A sola plantar, longa e elástica, permite que estes animais se desloquem na areia, mal se enterrando nela. Não têm cascos, mas uma grande unha na extremidade de cada um dos dois dedos. O osso canhão, proveniente da fusão dos metacarpianos (e metatarsianos) não é soldado em toda a sua extensão e apresenta a extremidade bifurcada antes do começo da articulação com as falanges.
Ao contrário da maioria dos Ruminantes, os Camelídeos não tem cornos e sua dentição é caracterizada pela presença de 2 caninos e de 2 incisivos no maxilar superior.
Os camelídeos possuem um diafragma ossificado, o que constitui caso único entre os Mamíferos, e seus glóbulos vermelhos são particularmente numerosos. O focinho apresenta-se recoberto de pêlos e o lábio superior mostra-se fendido verticalmente, podendo as ventas fechar-se à vontade, o que representa uma adaptação à vida no deserto, onde o vento é carregado de areia.
Os Camelídeos tiveram seu apogeu no longíquo passado da pré-história, muito antes do aparecimento do homem na Terra. Quando surgiu, a família dos Camelídeos estava em via de extinção. Sua superadaptação à vida desértica não lhe permitia mais sobreviver em condições climáticas sujeitas a variações.
Domesticando seus últimos representantes, o homem salvou esta família de um desaparecimento certo, provocando tanto pela concorrência de outros herbívoros desérticos como pelos predadores.
Tanto os dromedários quanto os camelos caminham a uma velocidade de 4 a 6 km/h, e podem carregar até 180 kg de peso (os dromedários ) e 250 kg de peso (os camelos). Eles se alimentam de plantas verdes e suculentas. Sobrevivem recorrendo às substâncias armazenadas na corcova, razão pela qual nesses períodos ela vai “emagrecendo” e murchando. Ao voltarem a comer e a beber, a corcova aumenta e fica firme outra vez. Um dromedário sedento pode tomar até 140 litros de água em apenas 10 minutos. As patas possuem conformaçoes largas, achatadas e com “almofadas” carnosas, o que ajuda na caminhada sobre a reia em terrenos áridos.
BIBLIOGRAFIA:
Enciclopédia Os Animais
Editora Bloch – 1872 – Rio de janeiro
Naturama
Editora Codex – 1965 – São Paulo
Vida Selvagem
Nova Cultural – 1981- São Paulo
O Mundo dos Animais – Mamíferos
Nova Cultural – 1980
Zoo O Fantástico Mundo Animal
Mundial – 1982
Os Bichos – Enciclopédia Ciências
Editora Abril Cultural – 1972
Diretora de Conteúdo e Editora Chefe