Inseminação Artificial em Suínos
Departamento Técnico da Coperpassos Cooperativa Regional dos Suinocultores em Passos Ltda. 1.996
CUIDADOS COM O SÊMEN:
1 – Receber o sêmen e colocar diretamente na geladeira ( 15 a 18 º C ). Procurar observar se o sêmen chegou em boas condições de armazenamento na caixa de isopor. Em caso de suspeita, não utilizar.
2 – Evitar estocar sêmen por mais de 3 dias contando a data de coleta.
3 – Se faz necessário colocar o sêmen em posição horizontal na geladeira de 15 a 18 º C e movê-lo lentamente o 2 vezes ao dia para uma melhor homogeneização dele com o diluente.
4 – Manter um termômetro máximo e mínimo no interior da geladeira. Observar e notificar a temperatura 2 vezes ao dia.
CUIDADOS AO INSEMINAR:
1 – Colocar as doses diretamente no banho maria e aquecê-las até 37 º C. Deixar por 10 minutos após estabilizar a temperatura de 37 º C. Colocar o número de doses de acordo com o número de inseminadores para evitar que o sêmen permaneça em atividade por muito tempo. Observar se a temperatura do banho maria chega aos 37 º C dentro de 15 minutos no máximo, caso contrário, se demorar para aquecer, ligá-lo um pouco antes de colocar o sêmen.
2 – Quando houver mais de 2 fêmeas para inseminação, retirar da geladeira as doses de sêmen seguintes quando o banho maria chegar a 37 º C e colocá-las no mesmo, quando sair para a aplicação das doses já aquecidas. Ex.: temos 4 fêmeas para inseminar e 1 inseminador: -Retiramos 2 doses e colocamos diretamente no banho maria, ligamos e deixamos a temperatura chegar ao 37 º C. -Quando a temperatura chegar aos 37 º C, retiramos da geladeira as outras doses. Aguardamos 10 minutos para igualar a temperatura interna da bisnaga e as colocamos em caixa de isopor com água aquecida a 37º C. Pomos as doses retiradas anteriormente da geladeira no banho maria e vamos fazer as aplicações com as doses já aquecidas. Terminada a 1ª etapa, apanhamos as doses restantes e procedemos o mesmo esquema anterior.
CUIDADOS COM A FÊMEA:
1 – Manter a fêmea, da desmama ao dias da cobertura, com ração de lactação a vontade.
2 – Evitar cobertura ou inseminações nas fêmeas que apresentarem perda de peso corporal na maternidade (abaixo grau 2). Notificar cio e acompanhar o arrazoamento individual destas matrizes, se possível colocar um programa de ração a vontade para estas fêmeas nos primeiros 10 dias, reduzir por 5 dias (2 Kg/dia/fêmea) e voltar a aumentar por mais 7 a 10 dias ou até a entrada do próximo cio destas matrizes.
3 – Passar o cachaço para detectar cio 2 vezes ao dia (manhã e final da tarde). Observar os períodos mais frescos do dia e utilizar machos alternados.
4 – Notificar as fêmeas que se deixam montar pelo macho e/ou apresentam reflexo de tolerância do homem (RTH).
5 – Antes da inseminação proceder a limpeza e higiene do aparelho genital externo da fêmea (vulva, cauda, região traseira, tudo que apresentar-se sujo). Nestes casos, passar água e solução desinfetante, secar com papel toalha antes da introdução da pipeta.
6 – Retirar a proteção das pipetas delicadamente, sem tocar na região que será introduzida na fêmea. * Não esquecer que, antes de pegar as pipetas para inseminar, deve-se lavar as mãos com água e sabão secando posteriormente com papel toalha descartável.
7 – Pegar a dose seminal aquecida a 37 º C e colocar um pouco na pipeta externamente com a finalidade de lubrificação.
8 – Introduzir a pipeta girando-a no sentido anti-horário (p/esquerda). Evitar contato da pipeta com a parte externa da fêmea para não haver contaminação.
9 – Acoplar a bisnaga com o conteúdo seminal diretamente na pipeta. Retirando o ar existente na dose e aplicar a dose seminal lentamente durante 5 a 7 minutos. Em seguida retirar a pipeta girando-a no sentido horário.