Lar… doce lar… Já havendo cão(ães), chegando gato.
Procure pegar o filhote na parte da manhã, pois assim ele o período diúrno para conhecer o ambiente, além de poder ter a atenção da família. Se ele puder chegar no fim de semana (sábado pela manhã), melhor ainda.
Cada caso é muito singular, mas geralmente verifica-se maior aceitação dos cães a um filhote de gato do que o contrário.
Quando o felino chega, recomenda-se também que a apresentação não seja imediata. Tome os cuidados descritos no item Primeiro animal: gato. Após alguns dias de ambientação, uma técnica pode ser aplicada para que os animais se habituem um ao outro. Coloque uma luva descartável (ou um saco plástico, o importante é seu cheiro não ficar nas gazes). Pegue algumas gazes e as esfregue no focinho do gato, suavemente e várias vezes, desde a ponta do nariz à base da orelha. Espalhe essas gazes pelos principais ambientes em que o(s) cão(ães) fica(m). Esse procedimento fará com que o(s) cão(ães) sintam o odor particular do animal pelo ambiente. Ao mesmo tempo, logo após manipular o gato, brinque com o(s) cachorro(s). Isso fará com que este sinta, nas pessoas, o cheiro da nova mascote.
Troque as gazes de dois em dois dias, por uma semana. Após esse tempo, tente fazer uma primeira apresentação, apenas visual. Uma pessoa segura o cão, enquanto outra segura o gato. Observem suas reações; se não houver rejeição imediata, aproxime-os vagarosamente, deixando-os se cheirar. Ao primeiro sinal de rejeição, se houver, afastem os animais, vagarosamente e sem repreensão. Continue com o truque das gazes até que a aproximação seja aceita por ambos. Muitas vezes o primeiro contato é pacífico, e logo soltamos os animais. Tome cuidado, pois ambos quererão se investigar e é nessa hora que podem se estranhar. Nesse caso, separe-os calma e carinhosamente. Em tal processo é importante que o responsável pelo cão seja a pessoa pela qual ele manifesta mais respeito e atenção.
Vá aumentando o número de apresentações e o tempo destas. Competirá a você perceber os limites de tolerância dos animais e trabalhar com estes: o tempo de aceitação de cada animal deve ser respeitado. Algumas vezes o cão demonstra ciúme excessivo do dono, o que pode prolongar o período de adaptação, porém na maioria dos casos esta ocorre sem problemas. Outras vezes, é o gato que apresenta maior resistência. Nessa fase, o mais importante é que tenhamos muita paciência e não desistamos do trabalho.
Na grande maioria das vezes, as pessoas simplesmente soltam os animais e os deixam à vontade. Felizmente, também a grande maioria “se acerta” sem maiores problemas. Caso haja algum problema, proceda com as técnicas acima.
Bacharel em Química
Auxiliar Veterinário
Aquariólogo