Biologia da Phrynops
Este gênero é amplamente distribuído, com 11 espécies e numerosas sub-espécies. As duas mais comercializadas no Brasil (*autorizadas pelo IBAMA) são a Phrynops geoffroanus e a P. hillarii. A P. geoffroanus está distribuída em quase todo o Brasil, nas bacias do rio Paraná, Amazonas e São Francisco. A P. gibbus está distribuída no PA, RR, AM e AC, enquanto que a P. hillarii é encontrada no RS, SP, e SC.
A P. hillarii, que tem como recorde 40cm de comprimento de carapaça, é o maior representante deste gênero e pode ser facilmente diferenciada da similar um pouco menor (35cm), P. geoffroanus.
Normalmente a temperatura mantida para todas as espécies de Phrynops em cativeiro, varia de 20 – 25 grausCº, com temperatura do ar entre 24 – 30 grausCº. Como estes cágados são altamente aquáticos, um aquário com medidas amplas se faz necessário. O pH da água varia entre as espécies, mas uma regra básica pode ser utilizada que é manter o pH abaixo de 6,25.
Em termos individuais, algumas espécies adoram tomar banho de sol (P. geoffroanus), enquanto outras (P. gibbus e P. rufipes) apresentam comportamento noturno, raramente desfrutando deste benefício. Todas as Phrynops necessitam de uma boa área seca. Troncos quase que totalmente submersos devem ser posicionados logo abaixo da fonte de calor (lâmpadas próprias ou aquecedores de cerâmica). São animais onívoros, alimentando-se de peixes, moluscos, fibras vegetais, e minhocas.
Na época de acasalamento, o macho tende a morder o pescoço da fêmea e exibe um balançar de cabeça. Os ovos da P. gibbus medem 40 x 26mm aproximadamente com peso variando de 15 – 19g. A quantidade de ovos geralmente está entre 4 – 7. Os melhores resultados de incubação dos ovos são com a vermiculita, tomando-se o cuidado com o excesso de umidade. A temperatura de incubação dos ovos varia para cada autor, mas temperatura entre 24,5 – 31 graus Cº são as mais utilizadas.
* Os animais destas espécies comercializadas em lojas especializadas, devem receber um sistema de marcação com o mesmo número contido na nota de venda do animal. Alguns criadores possuem autorização do IBAMA para a criação e venda dos filhotes. Antes de adquirir qualquer animal silvestre, exija a nota fiscal de procedência.
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