Chihuahua brinca pela 1ª vez depois de viver na escuridão em fábrica de filhotes
-14 de Março de 2017-
Claire Stokoe estava vendo seu feed de notícias no Facebook quando seus olhos pousaram em uma foto. Era de uma minúscula chihuahua, com olhos grandes e aparência assustada, que estava encolhida ao lado de uma lata de legumes da marca Heinz.
A cachorra não era muito maior do que a lata. “Ela mal podia ver por cima dela e parecia tão preciosa e vulnerável”, disse Stokoe.
Stokoe pegou o telefone e contatou um grupo de resgate local, que tinha postado a imagem. Quando ela perguntou sobre a adoção da chihuahua – a quem mais tarde deu o nome de Brie – soube que a cachorra tinha vindo de uma fábrica de filhotes, localizada em uma área rural do País de Gales, no Reino Unido.
Brie tinha cicatrizes em suas pernas e crostas cobriam suas orelhas. Ela também tinha problemas para abrir os olhos na claridade, o que levou Stokoe a acreditar que Brie tinha vivido na escuridão, segundo matéria do The Dodo.
Brie também era pequenina e desnutrida – parte disso tinha a ver com o fato de que ela era uma cachorra “xícara de chá”, isto é, um cão deliberadamente criado para ser pequeno.
Isso também mostrava que Brie provavelmente não havia recebido comida suficiente. Além de tudo isso, Brie tinha sido explorada para reprodução e deu à luz duas ninhadas, o que deixou seu pequeno corpo gravemente prejudicado.
Apesar dos problemas de saúde de Brie, Stokoe estava determinada a adotá-la. Quando seu pedido foi aceito, Stokoe embarcou da Inglaterra para o País de Gales a fim de buscá-la.
Porém, encontrar Brie pela primeira vez foi diferente do que Stokoe esperava.
“Quando a vi, fiquei chocada. Ela estava muito magra e tremia. Ela se agarrou à funcionária do centro de resgate e eu me perguntei por um segundo se eu podia realmente ajudá-la. Ela parecia tão miserável e foi realmente perturbador. Ela estava agachada na parte de trás do seu pequeno contentor de transporte, com os olhos arregalados e amedrontada”, disse Stokoe.
Entretanto, Stokoe rapidamente percebeu que poderia oferecer algo a Brie: conforto.
“Tirei a frente da caixa e, de repente, ela correu até meu estômago e escondeu seu rosto no meu pescoço. Fiquei surpresa e só fiquei sentada lá, sentindo a suas pequenas respirações em meu pescoço. Ela adormeceu e logo todos nós estávamos dormindo na parte de trás do carro. Ela adormeceu dentro de minutos”, relatou.
Uma vez que a cachorra estava segura na casa de Stokoe, ela conheceu outros cães tutelados por Stokoe: Bouddica, Dexter e Vesper, com quem Brie construiu um vínculo particularmente próximo.
“Vesper levou Brie imediatamente como se Brie fosse seu filhote. Ela limpou-a e sentou-se ao seu lado, Brie andava em Vesper, que deixou Brie fazer qualquer coisa – até mesmo comer de sua vasilha de comida”, contou Stokoe.
“Vesper teve até uma gravidez fantasma apenas um mês depois da adoção de Brie e o veterinário disse que Brie fez seus hormônios dispararem. Ela estava até mesmo tentando fazer com que Brie mamasse como uma cachorrinha”, acrescentou.
Com amor, cuidado e paciência, a personalidade natural de Brie emergiu.
“Ela faz uma pequena coisa muito engraçada. Agarra as orelhas e abre a boca muito alto e faz um barulho como os chimpanzés fazem quando riem. É a coisa mais linda que já vi. Ela age muito como uma cachorrinha de muitas maneiras. Corre ao redor da casa, brinca com brinquedos, persegue e joga meias ao redor e desliza pelo chão arrastando suas pernas”, revelou Stokoe.
Brie continua com problemas de saúde, mas ela parece estar ocupada demais aproveitando sua vida para se preocupar com isso.
“Ela tem contato constante com seres humanos que a amam e querem protegê-la. Ela usa seus brinquedos, seu favorito é o Sr. Duck Duck. Ela dorme em sua própria cama com um cobertor macio e com acesso à água. Ela sai correndo e corre com suas irmãs e irmão. Não tenho ideia de como ela sobreviveu a dois partos, ao frio, à fome e ao medo. Ela é feita de coisas mais fortes do que eu, isso é certo. É inspirador”, finalizou.