Trate bem do Velhinho
A teoria de que cada ano do animal corresponde a sete do humano apresenta controvérsias.
O mais aceito é que o primeiro ano do animal corresponde a uma pessoa com 15 anos, um adulto jovem.
Daí pra frente, para cada ano do bicho, contam-se quatro anos, segundo alguns autores americanos.
O ciclo de vida médio de cães e gatos varia de 10 a 14 anos e pode ser dividido em cinco fases:
– a infância até os 6 meses, – a adolescência até 1 ano, – a juventude até 1 ano e meio.
– A partir daí, eles entram na maturidade, com seus problemas específicos. Se a cadela não procriou até os 6 anos, uma primeira gestação a partir desta idade é desaconselhável.
– Depois dos 7 anos, começaria o que podemos chamar de “terceira idade” do animal.
As doenças mais comuns que afetam cães e gatos a partir dessa fase são: renais, de tireóide, de visão, cardíacas, respiratórias, de diabetes e a redução da audição.
As artroses na coluna e em outras articulações também são freqüentes, gerando incapacidades de graus variados.
Nas raças de cães que têm patas curtas, como o basset e o pequinês, os problemas na coluna podem aparecer mais cedo.
E nos gatos elas são mais intensas a partir dos 12 anos.
Fisicamente, a pelagem embranquece, principalmente na região da cabeça.
Podem aparecer anormalidades de útero nas fêmeas que tomaram muito anticoncepcional ou não tiveram filhotes.
E os machos, por volta dos 9/10 anos, podem apresentar problemas de próstata.
Cães e gatos, se forem alimentados em excesso, acabam por desenvolver problemas de obesidade.
Do ponto de vista comportamental, com a idade avançada – e por uma série de fatores, como as dores – o cão e o gato podem tornar-se mais ranzinzas e agressivos.
No geral, os animais “velhinhos” são bastante parecidos com o humanos “velhinhos”.
Se o animal for sempre bem tratado, alimentado e vacinado, as alterações de saúde vão demorar mais a aparecer na velhice.
É importante saber que, ao entrar na terceira idade, há uma natural redução das atividades, quando cães e gatos passam a andar menos e dormir mais e devem ser respeitados.
Seu pet idoso deve ser submetido a avaliações médicas periódicas e realizar perfis bioquímico e hormonal: exames de dosagem de hormônios, de tireóide, avaliação das funções renal e cardíaca, entre outros.
Problemas de pele devem ser tratados o mais rápido possível, para preservar a convivência familiar.
Muitas vezes o animal acaba afastado da família por exalar cheiro forte.
Os animais de pelagem longa já têm um cobertor natural contra o frio, mas os cães de pelo curto devem ser agasalhados com roupas quentes, assim como ter suas casinhas colocadas em locais protegidos do vento.
Os cuidados alimentares também são importantes e devem ser adequados conforme as características da doença que o animal apresenta.
No caso de distúrbios renais, deve-se diminuir a quantidade de proteína e de sal.
Os diabéticos devem evitar açúcares.
Para os alérgicos, o recomendável são dietas de baixo potencial alergênico.
Médico veterinário - São Paulo