Tosse dos Canis – Traqueobronquitis Infecciosa Canina
Traqueobronquite infecciosa é uma enfermidade de cães, que ataca o sistema respiratório dos animais produzindo crises de tosse, deixando os proprietários com a impressão de que estão com algo trancado na garganta.
Trata-se de uma doença que aparece sem avisar, não proporcionando ao proprietário indício nenhum do problema antes dela se instalar. Pode atingir animais de diferentes faixas de idade, tendo como característica episódios de tosse associados à dificuldade respiratória, em menor ou maior intensidade.
Os agentes causadores desta doença são:
Adenovírus tipo 2
Parainfluenza vírus
Bordetela bronchiseptica
Os animais mais susceptíveis à Tosse dos Canis são os filhotes recém desmamados. Dentre os adultos, os debilitados por outras doenças, como verminoses, submetidos a stress, viagens longas, confinamentos em clínicas, hotéis, caixas em exposições, alimentação inadequada, anemias etc..
A doença é altamente transmissível por aerossóis (pequenas gotas eliminadas pelos espirros) e os animais apresentam os primeiros sintomas entre 3 a 10 dias após a infecção, podendo persistir com os sintomas 3 a 4 semanas.
A Bordetelose pode atingir 15 espécies animais diferentes, dentre elas o próprio homem. Por este motivo, o controle desta doença é importante para a saúde dos animais, proprietários e veterinários.
Fatores ambientais como produtos de limpeza à base de formol, poeira e alterações bruscas de temperatura também podem predispor os animais a crises de tosse, favorecendo a penetração de microrganismos da tosse dos canis.
A irritação das narinas pode facilitar a penetração dos micróbios existentes no chão e na terra, produzindo uma secreção purulenta pelo nariz. Nestes casos, se faz necessário a aplicação de antibióticos, principalmente quando estes animais apresentarem falta de apetite, febre, apatia e perda de peso.
Recomenda-se a imunização dos filhotes através do uso de vacinas intranasais a partir de 8 semanas de idade, com revacinação anual.
As vacinas injetáveis disponíveis hoje no mercado, além de não oferecerem proteção contra o Adenovírus tipo 2, sabidamente não apresentam papel importante na proteção das mucosas nasais dos animais. Além disso, necessitam a aplicação de 2 doses com intervalo de 15 dias para que produzam o efeito desejado.
Ultimamente, tenho atendido em média 2 casos ao dia em minha clínica. Isto dá uma ideia da dimensão deste problema que vem acontecendo coincidentemente à queda de temperatura.
Quem tem o seu pet de estimação ou tem criação deve se atentar a esta doença, que veio para ficar infelizmente, procurando adotar como rotina a vacinação anual de seus animais.
Revisão:
Luigi Leonardo Mazzucco Albano
Bacharel em Química
Auxiliar Veterinário
Aquariólogo