Terrier Rateiro
O Terrier Rateiro é uma raça americana, originada da mistura de cruzamentos pelos primeiros imigrantes deste país, utilizando os antigos fox terrieres e outros terrieres europeus comuns no século XIX; o Old English White Terrier, manchester terrier, bulterrier etc. e, mais tarde, cruzado com beagles, mais fox terrieres pêlo liso, fox terrieres toys, whippets, pequeno lebrel italiano e outras raças iracíveis disponíveis.
Esses terrieres de pequeno para médio porte, de pêlo liso, são musculosos e de ossatura média.
Criandos primeiramente para a fazenda e cães rancheiros para caçar, proteger e guardar contra animais daninhos e roedores, os terrieres rateiros possuem fortes maxilares e são conhecidos por sua rapidez, agilidade de movimentos, que os habilita a matar ratos, outros animais nocivos e pequenas caças. Geralmente pesando 4,500 a 11 quilos não foram, contudo, especificamente criados para serem toqueiros e são, deste modo, excepcionalmente acuadores.
Uma caça curta de aproximadamente 90 metros e um alto e estridente “grito” é natural nessa raça. O terrier rateiro perseguirá a maioria das presas no solo. Mas, diferentemente do Jack Russel terrier, fox terrier e outras tradicionais raças terrieres, os terrieres rateiros são mais indicados para trilhar, saltar na água e acuar nas árvores presas ou pássaros, e caça de presas, lebres e outros predadores que são, normalmente, muito rápidos, de corridas mais longas e retas.
Duante as décadas de 1910 e 1920, os terrieres rateiros foram um dos mais comuns cães de fazenda. Por causa dos coelhos de Kansas Jack estarem destruindo as colheitas no Médio-Oeste, para aumentar a velocidade e versatilidade do terrier rateiro, alguns fazendeiros começaram a cruzá-lo com whippets, pequenos lebréis italianos e outras raças de “cães rápidos”. Mais ou menos ao mesmo tempo, outros nas regiões centrais e do sul cruzaram seus terrieres rateiros com o beagle para fortalecer a presa e o sentido de matilha para propósitos de caça. Esses primeiros acasalamentos deram à raça velocidade e faro, bem como a boa disposição para o trabalho pela qual hoje são conhecidos. Um cão nada econômico, brincalhão, bem disposto e devotado companheiro que também seja protetor e ainda pode ser reservado com estranhos. São caçadores eficientes e intuitivos bem como enérgicos e inteligentes companheiros em casa, na cidade ou interior.
Um terrier tenaz de ancestralidade questionável chamado “Skip”, foi comprado numa viagem próximo ao Gran Canion pelo 26º Presidente, Thodore Roosevelt, e residiu lá na Casa Branca durante a presidência de Roosevelt. O nome da raça é atribuído a T. R., cunhado em honra ao seu próprio terrier quem prontamente exterminou centenas de ratos que infestavam a Casa Branca após a demolição da antiga greenhouse de Jefferson, e durante a subseqüente construção de asas adicionais.
Terrieres rateiros, populares de 1910 até 1940, foram mantidos e amados por muitos de nossos pais e avós. No filme “The Little Colonel” em 1930 pode-se ver a atriz Shirley Temple colocando um desses cães malhados na cama sob as cobertas. Conforme a agricultura foi sendo mecanizada e o controle com defensivos agrícolas começou a dominar o amiente fazendeiro o número de criadores começou a diminuir. Nos anos de 1950 a raça foi mantida apenas por um punhado de criadores. A raça re-emergiu com sucesso no período desde o final da década de 70 até os anos 1980, mas mais como cão de companhia que caça do que como companheiro de caçada.
Em meados de 1920, admiradores do fox terrier procuraram uma categoria especial para seus toy dogs. Quando o toy fox terrier foi oficialmente reconhecido pelo United Kennel Club em 24 de fevereiro de 1936, os indivíduos que não conheciam o critério do padrão TFT porque eram, super dimensionados, mal marcados, ou tinham a cor ou marcação errada, foram rejeitados e freqüentemente encontravam o caminho de volta para o programa de criação do terrier rateiro. Com o desejo de alguns de usar esses, por outro lado, “bons cães” e a criação do terrier rateiro ainda não estava padronizada, a prática de mestiçar o plantel do toy fox terrier com os terrieres rateiros era comum em alguns lugares.
Esse reconhecimento oficial de pequenos fox terrieres do tipo toy iniciou a verdadeira separação da nossa criação americana. Com o desenvolvimento da criação do toy fox terrier veio a batalha da manutenção desses toy terrieres como toys. Acasalamentos com o Manchester toy terrier ou o chihuaua foram subseqüentemente permitidos e cruzamentos foram efetuados entre algumas linhas de sangue TFT. Embora essa prática tenha sido denunciada por muitos, não fora abolida, até o fechamento oficial do stud book da raça em 31 de agosto de 1960. Essas misturas cessaram de serem produzidas, mas o refugo resultante pode ter sido introduzido na criação do nosso terrier rateiro também.
O Universal Kennel Club (hoje UKCI), criou um serviço de pedigrees que registrou o terrier rateiro por muitas décadas, perdoou e registrou essas mestiçagens. Deste modo, cruzamentos com toy terrieres ainda são efetivados e registrados como para uso normal de alguns criadores do terrier rateiro devido ao escasso plantel de criação. Essas infusões do toy fox terrier por ocasião das primeiras cruzas com beagles e lebréis acrescentaram um grau de vigor mestiço e certamente influenciou a variação de tipos, tamanhos e cores que podem ser observadas hoje.
O reconhecimento do terrier rateiro hodierno é limitado e pouco tem sido escrito sobre a raça. Isto pode ter sido, provavelmente, por causa do estigma de raça mestiça e devido ao fato do padrão da raça ter sido elaborado tão recentemente, em 1994. O terrier rateiro existia em quantidade, mas era considerado por muitos como uma variedade do fox terrier de pêlo liso e por vezes era até citado como sendo um fox terrier por outros. Por décadas, criadores de várias comunidades em todo o país têm criado segundo seus padrões específicos; principalmente raças puras, mas com algumas mestiçagens para o tamanho, cor etc. Registros eram ocasionais e normalmente feitos, se de modo algum, com serviço de pedigree a muitos exemplares com falta da documentação da linhagem. Contaminado por esses problemas, e tecnicamente sem um padrão nacional escrito a raça não existia.
A diretoria do Clube do Terrier Rateiro da América, fundado em 1995, e outros trabalharam muitos anos antes da formação do clube, para esboçar o padrão que iria definir corretamente e promover a raça como é hoje. Por todo o país corresponderam-se muitas centenas de criadores, admiradores e juizes utilizando-se de inúmeros questionários e vistorias da raça, a raça foi definida e um padrão de âmbito nacional foi escrito. Com o padrão escrito e definido e a mestiçagem desencorajadas, a maioria dos criadores conceituados tem selecionado e criado o terrier rateiro segundo os objeticos desse novo padrão.
O Rat Terrier Club of América é uma organização nacional que promove a moderna raça do terrier rateiro e o padrão oficial da raça. Esse padrão foi adotado pelo UKC em janeiro de 1999. Este fato tem trazido mais uniformidade para a raça e ajudou a estabelecer o mais definido terrier rateiro da história.
Padrão da Raça (Bruno Tausz)
Padrão Rat Terrier Club of America/RTCA
© 1994 – 2003
Origem: EUA
Nome de origem: Rat Terrier
Utilização: Caça
Classificação FCI – – Não reconhecido –
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– Sem prova de trabalho.
ASPECTO GERAL – um terrier de porte médio para pequeno, robusto e compacto. De tamanho e estrutura moderada, nem com musculatura ressaltada nem de ossatura fina e pernalta.
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PROPORÇÕES – (padrão não comenta).
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TALHE – altura na cernelha: os cães devem apresentar dois tamanhos:
Miniatura – de 25,5 a 33 cm inclusive.
Standard – de 31 a 49 cm inclusive.
Antes dos 12 meses de idade, ambos os tamanhos competem juntos. Aos 12 meses haverá uma divisão das classes para as variedades Standard e Miniatura.
– – comprimento: (padrão não comenta).
– peso: (padrão não comenta).
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TEMPERAMENTO – não sendo uma raça de rinha, o terrier rateiro é geralmente amistoso ou curioso com cães desconhecidos. Ativo, alerta, sempre em movimento seja caçando ou brincando e pode ser muito barulhento com muitos resmungos, rosnados, reclamações. Intensamente responsivo com seu dono; leal, afetivo, confiável e geralmente amistoso com pessoas, mas protetor, e ainda reservados ou indiferente com estranhos.
Timidez excessiva ou agressividade é indesejável.
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PELE – deve ser sarapintada.
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PELAGEM – curta, densa, lisa, suave para moderadamente dura com brilho. Cicatrizes de honra não devem ser penalizadas. Apresentada no estado natural.
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COR – Cor de sabujo; tricolor e bicolor, predominantemente branco e preto com marcação castanho ou de ferrugem; branco e preto ou branco com castanho sendo preferido. Chocolate, ruivo, laranja, limão ou azul, aceitável com ou sem marcação castanho. Algumas nuanças de cores claramente delineadas, espalhadas pelo corpo, com aproximadamente, 20-90% de marcação branca é preferida em qualquer dos vários padrões aceitáveis, malhado até predominantemente uniforme, com ou sem marcação do tipo “manchester terrier”. Marcação castanho, creme ou ferrugem nas bochechas, sobrancelhas e pontos acima dos olhos são preferíveis, mas igualmente aceitáveis sem. Marcação castanha é também situada no antepeito, ânus, membros e na face interna das orelhas, quando não ocultas pelas marcas brancas. Qualquer marcação na face é aceitável. As marcas brancas são vistas com pele sarapintada e/ou com vários graus de pintas ou manchas. Pintas são aceitas mas com predominância do branco. Coloração zibelina, mas sombras no focinho (máscaras) é falta séria em qualquer cor exceto o preto.
Qualquer cão cujas pintas da cabeça e do tronco forem de cores diferentes, de cores excessivamente sujas [ou rubras], ferrugem nas pelagens brancas ou azuis, areias pálidas ou lavadas, colorações esmaecidas ou diluídas, fulvas, pratas, sem cuidado ou creme são penalizadas. Todas as cores aceitas, com ou sem marcas castanho, devem ter uma mancha branca mínima no tronco, mas a preferência é pelas áreas de 20 a 90% de branco.
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CABEÇA – razoavelmente longa, musculatura facial de moderadamente para bem desenvolvida. Visto de frente ou de perfil como uma cunha trucada moderadamente alongada. O comprimento do focinho da trufa ao stop aproximadamente igual ao comprimento do stop ao occipital.
– Crânio – topo ligeiramente arqueado, moderadamente largo e cheio.
– Stop –
– Focinho – de comprimento médio, reto, afinando sem ser pontiagudo.
– Trufa – preta ou de conformidade com a cor dos olhos, orla das pálpebras e cor da pelagem.
– Lábios – fortemente ajustados e sem beiços caídos.
– Mordedura – fortes, boa articulação para trás. De comprimento suficiente para caçar e carregar facilmente a presa, regularmente espaçados, mordedura em tesoura. A mordedura em torquês é aceitável.
– Olhos – cheios; inseridos bem afastados, de moderada a ligeiramente proeminentes. De arredondados para ligeiramente amendoados com uma expressão vivaz, mas suave e gentil. Ambos os olhos marrom escuros para avelã claro conforme a orla das pálpebras e cor da pelagem. (Olhos mais claros; cinza; âmbar são aceitáveis nos exemplares chocolate ou azuis.)
– Orelhas – Formato em “V”. Ligeiramente erguidas do crânio. Eretas, semi-eretas ou em botão (com uma tendência a levantar acima do ponto de origem), sem preferência, contanto que ambas sejam iguais. Em movimento as orelhas podem ser portadas dobradas em rosa, mas devidamente armadas em atenção.
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PESCOÇO – moderadamente longo, bem delineado e musculoso, moderadamente substancioso com um ligeiro arqueamento na linha superior. Bem engastado alargando-se gradualmente da nuca, fundindo-se para os ombros bem inclinados. Garganta bem delineada, sem barbelas ou papadas, permitida somente uma leve ruga no canto do queixo.
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TRONCO – Bem articulado, forte e compacto.
– Linha superior – dorso longo a moderadamente longo; reto e praticamente nivelado; lombo e garupa ligeiramente arqueados e ligeiramente mais altos do que a cernelha, com a garupa suavemente inclinada para a raiz da cauda. Cauda portada de maneira a seguir a linha superior.
– Cernelha – mais baixa que a garupa
– Dorso – longo a moderadamente longo, reto e praticamente nivelado;
– Peito – oval, moderadamente largo com o esterno perceptível. Profundo quase alcançando o nível dos cotovelos.
– Costelas – razoavelmente longas, bem arqueadas para proporcionar boa expansão; curvando-se gradualmente para o meio do tronco e reduzindo-se para o final da caixa torácica.
– Ventre – moderadamente esgalgado.
– Lombo – ligeiramente arqueados e ligeiramente mais altos do que a cernelha.
– Linha inferior – moderadamente esgalgada.
– Garupa – suavemente inclinada
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MEMBROS
Anteriores –
– Ombros – As escápulas são longas, inclinadas e bem anguladas; situadas razoavelmente juntas nas pontas conferindo liberdade de ação para atividade. Os ombros não devem parecer carregados nem deveriam ser escarpados limitando a amplitude da passada.
– Braços – musculosos, retos, bem inseridos sob o peito.
– Cotovelos – trabalhando bem ajustados rente ao tórax e corretamente direcionados para a frente.
– Antebraços – (padrão não comenta).
– Carpos – (padrão não comenta).
– Metacarpos – de perfil, quase verticais.
– Patas – Ovais, compactas, dígitos bem arqueados e mantidos fortemente unidos. Corretamente direcionadas para a frente. Almofadas grossas e flexíveis. Unhas duras e fortes.
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Posteriores – fortes e bem musculados.
– Coxas – longas e poderosas e musculadas;
– Joelhos – moderadamente angulados, ligeiramente voltados para fora.
– Pernas – (padrão não comenta).
– Metatarsos – (padrão não comenta).
– Jarretes – curtos e firmes. Ergôs devem ser removidos.
– Patas – Ovais, compactas, dígitos bem arqueados e mantidos fortemente unidos. Voltadas ligeiramente para fora para auxiliar na estabilidade durante a caçada de presas acuadas. Almofadas grossas e flexíveis. Unhas duras e fortes.
Patas chatas e de lebre, espalmadas é falta.
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Cauda – preferencialmente amputadas aos 3/5 ou 1/3 [Mais curtas do que o foxterrier ou o JRT]. Afinando desde a raiz. Inserção média, seguindo a linha natural da garupa. Portada ligeiramente elevada à horizontal até quase ereta quando excitado.
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Movimentação – plana, vivaz, com boa cobertura de solo livre e fluente. Conforme a velocidade aumenta no trote os membros convergem para uma linha média no eixo do cão. Os membros anteriores devem alcançar bem à frente com os posteriores com boa propulsão e bem flexíveis, assim como, os joelhos e jarretes com um ar típico sugerindo agilidade velocidade e potência.
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Faltas – avaliadas conforme a gravidade.
– Dentes removidos pelo veterinário não são penalizados.
– porte diferente em cada orelha, tulipa ou em telhado. Do tipo rombo, curtas redondas (de morcego com o buldogue francês) ou pendentes são faltas sérias.
– hackney ou movimentação bamboleante.
– a cauda portada sobre o dorso ou muito baixa; deixada íntegra ou muito longa pode ser penalizada caso se incompatibilizar com a linha do conjunto terrier quando apresentada na exposição.
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Faltas graves – (padrão não comenta).
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DESQUALIFICAÇÕES – as gerais e mais
prognatismo superior ou inferior, torção mandibular.
Membros curtos, e/ou pernas arqueadas ou frente de violino.
Ausência de pelagem, pêlos de arame, ou quebradiços, pelagem longa ou pêlos longos isolados.
Ausência de área mínima de um quarto de pelagem branca (aproximadamente 2,5 cm2) aparente no tronco, excluídas as áreas da cabeça e membros.
Cor uniforme ou únicas; cães brancos puros, ou quase (padrão excessivamente branco), sem apresentar pele sarapintada. Albinismo, ou cores tigradas ou merlinizadas. Cães acima dos 12 meses medindo abaixo dos 25,5 ou acima dos 49 cm. Cães acima dos 12 meses medindo abaixo dos 25,5 ou acima dos 49 cm. Prognatismo superior ou inferior. Olhos perolados, azuis ou de china. .
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NOTA: os machos devem apresentar dois testículos de aparência normal, bem desenvolvidos e acomodados na bolsa escrotal.
Diretora de Conteúdo e Editora Chefe