Saúde Animal

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Pointer




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pointerMuito foi dito e escrito sobre a origem do pointer e, como costuma acontecer, as opiniões e conclusões estão longe de coincidir.

Mégnin sustenta que a sua ascendência deve ser buscada no velho branco inglês, levado no século XIV às ilhas britânicas proveniente da Espanha. Outros embora sustentem a mesma opinião, afirmam que o barco espanhol somente passou à Inglaterra em 1713, depois da paz de Utrecht.

O célebre escritor e cinólogo inglês Arkwright, na sua História do pointer, afirma que a raça provém do braco italiano, antepassado indiscutido dum grupo importante de cães de mostra.

A hipótese mais aceitável parece ser aquela segundo a qual os ingleses somente aperfeiçoaram e levaram ao tipo moderno o pointer, presente deste muito tempo antes na França e que originou todos os cães de mostra franceses de pelo curto. Já no princípio do século XVIII, os franceses haviam obtido do seu velho pointer, o parfoce, um tipo intermediário que havia chegado a um grau de perfeição notável tanto nas características morfológicas como nas qualidades cinegéticas.

Teríamos chegado ao resultado atual através de cruzamentos logrados pelos ingleses, com o foshound, o bull terrier e o bulldog; naturalmente as doses devem Ter sido muito meditadas. Stonehenge considera que nas veias do pointer corre sangue de lebrel , o que poderia ser certo, embora o estudioso italiano Faelli descarte esta hipótese alegando que essa infusão haveria prejudicado o olfato notadamente delicado do pointer. Por outro lado, pareceria que na formação do pointer interveiu também o blood Hound.

Alguns autores limitam a infusão de sangue estranho ao fox hound; outros tendem a considerar que o pointer foi obtido exclusivamente a partir do braco, somente por seleção. Arkwright admite várias misturas de sangue, mas todas com resultado constantemente negativo.

É evidente, de todos os modos, que o resultado obtido, não importa qual o método seguido, coroou os esforços dos criadores ingleses: foram eles que há cento e trinta e cinco anos atrás, aproximadamente, nos deram o esplêndido pointer característico por sua mostras súbitas e imprevistas.

Os primeiros pointers “aperfeiçoados’ apareceram no fim do século XIX na França, na Itália e noutras nações européias.

pointer3POINTER INGLÊS (Bruno Tausz)

Padrão FCI Nº 1 – de 07 de setembro de 1998 / GB
Origem: Grã-Bretanha.
Data da publicação: 24/06/1987.
Utilização: cão de aponte.

Classificação F.C.I.: Grupo 7 – Cães de Aponte.
Seção 2.1 – Cães Apontadores e Seteres Britânicos e Irlandeses.
Com prova de caça.

ASPECTO GERAL: todo simetricamente construído; contorno descrevendo uma série de curvas harmoniosas. Uma aparência forte mas, ágil.

COMPORTAMENTO / TEMPERAMENTO: aristocrático. Alerta de aparência robusta, com resistência e velocidade. Gentil e sempre disposto.

CABEÇA
REGIÃO CRANIANA:
Crânio: de largura moderada, em proporção ao comprimento do focinho. Crista occipital pronunciada.
Stop: bem definido.

REGIÃO FACIAL:
Trufa: escura, podendo ser mais clara nos exemplares limão e branco. Narinas largas, macias e úmidas.
Muzzle: Somewhat concave, ending on level with nostrils, giving a slightly dish-faced appearance. Slight depression under the eyes.
Focinho: moderadamente côncavo, terminando no nível das narinas, conferindo uma sutil aparência dish-face. Suave cinzelamento sob os olhos.
Lábios: macios e bem desenvolvidos.
Maxilares / Dentes: maxilares fortes, mordedura em tesoura perfeita, regular e completa, isto é, os incisivos superiores ultrapassam, tocando, com a face posterior, a face anterior dos incisivos inferiores e engastados ortogonalmente aos maxilares.
Bochechas: ossos malares sem relevo.
Olhos: inseridos à meia distância do occipital à ponta da trufa, brilhantes e de expressão doce, podendo ser marrom ou castanho conforme a cor da pelagem. Não são grandes, protuberantes ou inexpressivos. Rima das pálpebras escuras, podendo ser mais clara nos exemplares limão e branco.
Orelhas: de couro fino, comprimento médio, inseridas razoavelmente alto, portadas caídas rente às faces, ligeiramente pontiaguda nas extremidades.

PESCOÇO: longo, musculoso, ligeiramente arqueado, bem articulado ao tórax, sem barbelas.

TRONCO:
Lombo: Forte, musculado e ligeiramente arqueado. Articulação curta.
Peito: espaçoso o suficiente para boa acomodação do coração. Antepeito bem profundo atingindo o nível dos cotovelos. Costelas bem arqueadas e bem anguladas, para trás; linha superior descendente em direção o lombo.

CAUDA: de comprimento médio, grossa na raiz, afinando suavemente para a ponta. Bem revestida de densa pelagem, portada no nível da linha superior, sem enrolar para cima. Em movimento, a cauda oscila, horizontalmente, para os lados.

MEMBROS

ANTERIORES: membros retos e firmes, com boa ossatura, de seção oval, musculatura forte e visível.
Ombros: longos, inclinados e bem articulados ao tórax.
Carpos: com a face anterior, no mesmo alinhamento dos membros e uma leve proeminência na face medial.
Metacarpos: fortes, resistentes, alongados e ligeiramente inclinados.

MEMBROS POSTERIORES: bem musculados.
Garupa: com ilíacos bem espaçados e proeminentes, sem ser acima do nível da linha superior.
Joelhos: bem angulados.
Coxas: de bom comprimento.
Pernas: de bom comprimento.
Jarretes: curtos.

PATAS: ovais, compactas, dígitos bem arqueados e bem acolchoados, pelas almofadas plantares.

MOVIMENTAÇÃO: suave, com boa cobertura de solo. Forte propulsão dos posteriores, cotovelos trabalhando bem ajustados, rente ao tórax e corretamente direcionados para a frente. Jamais faz a movimentação Hackney.

PELAGEM

PÊLOS: curta, refinada, dura, uniformemente distribuída, perfeitamente lisa e reta, com brilho inconteste.

COR: limão e branco, laranja e branco, fígado e branco e preto e branco são as mais comuns. Unicolor e tricolor, também, são cores corretas.

TALHE: altura desejável na cernelha:
machos 63 a 69 cm.
fêmeas 61 a 66 cm.

FALTAS: qualquer desvio, dos termos deste padrão, deve ser considerado como falta e penalizado na exata proporção de sua gravidade.

NOTA: os machos devem apresentar dois testículos, de aparência normal, bem desenvolvidos e acomodados na bolsa escrotal.

Lúcia Helena Salvetti De Cicco
Editora Chefe e Diretora de Conteúdo