West Highland White Terrier
(Terrier Branco das Colinas do Oeste)
Em 1960, Jaime I da Inglaterra escrevia a um nobre escocês, recomendando-lhe que enviasse de presente à corte da França alguns exemplares terries de Argyll. Já então o terrier daquele condado da Escócia tinha a fama de estar entre os melhores.
Durante séculos, este terrier foi criado cuidadosamente e selecionado para conservar duas qualidades importantes: grande coragem e decisão ao atirar-se sobre a toca. Argyllshire confirma com a região de origem do cairn e é provável, até quase seguro, que ambas as raças tenham uma origem comum.
Em 18 novembro de 1924 o Kennel Club proibiu o cruzamento de cairn e west highland white, antes permitido e amplamente praticado; finalmente,a diferença substancial que, hoje, existe entre ambas as raças no que diz respeito à cor: o west higland white deve ser absolutamente banco, enquanto o cairn nunca deve sê-lo.
A história natural daquela região nos proporciona um dado: em Argyllshire, formados não se sabe por que mutações existem muitos animais de pelagem branca a que não se encontram em outras regiões: raposas, lebres, galos do monte, etc Pode-se pensar, portanto, que uma mutação análoga na cor da pelagem haja ocorrido com os cães, selecionados, logo, cuidadosamente, porque essa pelagem branca, nos escuros dias da Escócia setentrional, tornava mais fácil reconhecer o cão que saía da toca do animal, perseguido.
Raça de origem antiqüíssima, o Kennel Club somente a reconheceu em 1907. Naquele tempo os cães raramente eram criados pela aparência, e o west foi a raça mais tardiamente reconhecida, apesar de ser um incansável perseguidor da raposas nas regiões em que vivia. Hoje esse cãozinho é um favorito das pistas de exposição e muito popular na Inglaterra e nas Américas.
PADRÃO DA RAÇA – Bruno Tausz
ASPECTO GERAL: solidamente construído. Peito bem profundo, como também as últimas costelas. O dorso é reto. Os posteriores possantes com membros bem musculados, comprovando, evidentemente, a magnífica combinação da força com agilidade
CARACTERÍSTICAS: pequeno, ativo, repleto de energia, rústico, dotado de uma boa dose de amor-próprio, com um ar maroto.
TEMPERAMENTO: vivaz, alegre, corajoso, independente mas, afetuoso.
CABEÇA E CRÂNIO: crâniio ligeiramente arqueado. Visto pela frente, apresenta um contorno homogêneo. O crânio, desde as orelhas até os olhos apresenta um sutil afilamento. A distância do occipital ao stop é levemente maior do que a cana nasal. A cabeça é revestida de pelagem densa; portada de maneira a formar um ângulo reto ou agudo em relação ao eixo do pescoço. A cabeça não deve ser portada na estensão. A cana nasal vai adelgaçando gradualmente dos olhos para a trufa. O stop é marcado; formado pelas arcadas superciliares toscas, situadas imediatamente acima dos olhos e ligeiramente de prumo com uma ligeira depressão entre os olhos. A cana nasal não é romana; não cai bruscamente sob os olhos, onde é substanciosa. Os maxilares são fortes e de igual comprimento. A trufa é preta, muito grande, e confere um perfil sem reentrâncias com o restante do focinho. A trufa não deve ficar projetada para a frente.
Olhos: bem separados, de tamanho médio, sem serem redondos, tão profundos quanto possível. Ligeiramente aprofundados na cabeça, vivos e inteligentes, o que, sob os supercílios rústicos conferem um olhar penetrante. Olhos claros é um defeito muito grave.
Orelhas: pequenas, eretas e portadas firmemente e terminam pontiagudas. Inserção moderada, nem muito afastadas, nem muito próximas. O pêlo das orelhas é curto e liso (aveludado) e não deve ser aparado. As orelhas não deverão ter qualquer franja na ponta. As orelhas redondas na ponta, longas, grandes ou grossas, como as revestidas de pelagem abundante constituem defeito grave.
Maxilares: tão amplos entre os caninos que torna-se compatível com a expressão marota almejada. Os dentes são grandes para o porte do cão e apresentam uma articulação em tesoura, isto é, os incisivos superiores recobrem os inferiores em contato justo e são engastados ortogonalmente aos maxilares.
PESCOÇO: de comprimento suficiente para permitir o almejado porte correto da cabeça; musculado espessando gradualmente para a base de maneira a fundir-se com os ombros bem oblíquos.
ANTERIORES: os ombros são inclinados para trás. As escápulas são longas e bem amoldadas às paredes da caixa torácica. A articulação escápulo-umeral deve estar à frente e os cotovelos bem para trás para permitir o movimento bem fluente dos membros, paralelamente ao plano médio do tronco. Os membros anteriores são curtos e musculados, retos e revestidos de pelagem curta, dura e densa.
TRONCO: compacto. O dorso é reto, o lombo é largo e forte. O peito é bem profundo, as costelas bem arqueadas na metade dorsal, apresentando um aspeto um tanto plano. As costelas caudais têm uma profundidade considerável e, a distância da última costela à garupa é tão curta, que permite o livre movimento do tronco.
POSTERIORES: fortes, musculados e largos, visto de cima. Os membros são curtos, musculados e enervados. As coxas são muito musculadas e não muito afastadas. Os jarretes são angulados e bem posicionados sob o tronco de maneira a ficarem muito próximos um do outro, que o cão esteja em stay ou em movimento. Os jarretes sem angulação ou cedidos são defeitos graves.
PATAS: as anteriores são maiores que as posteriores; redondas proporcionadas ao talhe, fortes, providas de coxins espessos e revestidas por uma pelagem curta e dura. As posteriores são menores e também providas de coxins espessos. A sola dos coxins, assim como as unhas devem ser preferencialmente pretas.
CAUDA: de comprimento de 12,5 a 15 cm, revestida de pêlos duros, sem franjas, tão duros quanto possível, portada alta mas, sem ser empinada ou curvada sobre o dorso. A cauda longa é um defeito mas, de forma alguma poderá ser amputada.
MOVIMENTAÇÃO: desembaraçada, reta para a frente e fluente de todos os lados. Os anteriores trabalham corretamente direcionados para a frente desde a escápula. Nos posteriores a movimentação é fluente, possante e compacta. Joelhos e jarretes bem angulados e os jarretes trabalham sob o tronco para proporcionar a propulsão. Uma movimentação rasteira ou afetada nos posteriores, ou mesmo jarretes de vaca são defeitos graves.
PELAGEM: dupla. O pêlo é duro de comprimento em torno de 5 cm, sem qualquer cacho. O subpêlo que se parece com o pêlo é curto, macio e fechado. A pelagem aberta é um defeito grave.
COR: branco.
TALHE: altura, na cernelha, em torno de 28 cm.
FALTAS: qualquer desvio, dos termos deste padrão, deve ser considerado como falta e penalizado na exata proporção de sua gravidade.
NOTA: os machos devem apresentar dois testículos, de aparência normal, bem desenvolvidos e acomodados na bolsa escrotal.
Editora Chefe e Diretora de Conteúdo