Saúde Animal

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Verruga Bovina




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FIGUEIRA

Ocorre no gado da espécie bovina, uma doença infecciosa conhecida no meio rural Brasileiro por FIGUEIRA, a qual é causada por um vírus.

Os animais que mais freqüentemente se apresentam com essa virose são garrotes e novilhas jovens até dois anos de idade, e quase sempre são as regiões da cabeça, pescoço, papada e dorso as mais atingidas pelas verrugas cutâneas que caracterizam a doença. Excepcionalmente podem ocorrer em animais adultos, o que é raro. Quando aparecem essas verrugas em vacas, quase sempre estas ocorrem na região do úbere.

O pesquisador Creech realizou uma série de experimentos no ano de 1929, demonstrando ser a doença de natureza infecciosa, e seu agente causal um vírus, o que mais tarde foi repetido por outros pesquisadores, inclusive Boley.

Essas verrugas cutâneas que caracterizam a doença têm sua forma variável tanto em sua conformação quanto tamanho. Quase sempre se apresentam com excrescências na forma de couve-flor, chegando algumas a medir vários centímetros de diâmetro. Quando por qualquer motivo sofrem fricção por simples roçar em objetos onde se encontre o animal, tendem a se erodir e em conseqüência sangram continuadamente, provocando perda de sangue do animal, e conseqüentemente debilidade e retardo no desenvolvimento do animal doente.

O mais importante dano que causam é o prejuízo ao couro do animal atacado. Esse dano repercute sobre o valor econômico de tais couros, já que se tornam imprestáveis para seu aproveitamento posterior em curtumes, por apresentarem ares enfraquecidos, depressões e algumas vezes até perfurações, desqualificando-os para essa finalidade industrial.

TRATAMENTO

O tratamento para essas verrugas quando são em grande quantidade e estiverem já muito desenvolvidas e espalhadas sobre a superfície cutânea, não é satisfatório e com resultado porcentual alto.

Entretanto, embora existam no mercado de produtos veterinários várias chamadas Vacinas contra Figueira, seu melhor resultado terapêutico ainda é quando essa Vacina for preparada por verrugas extraídas do próprio animal enfermo , chamando-se nesse caso de AUTOVACINA .

Esse procedimento consiste em enuclear algumas verrugas do próprio animal a que se destine a vacina, as quais são trituradas e emulsionadas em solução salina fisiológica, na proporção de cinco ml do produto final para cada grama de material verrugoso triturado. Junta-se em seguida a emulsão anterior, uma solução de formol inferior a 0,4 % em volume, e em seguida é esse produto conservado em estufa durante 24 horas pelo menos, sob agitação freqüente várias vezes nesse período.

Em seguida é esse produto filtrado em velas especiais chamadas de Berkefeld N, e recomenda-se também sejam efetuadas provas de esterilidade.

Esse produto, assim preparado, constitui-se no que é chamado de AUTOVACINA contra a Figueira.

A aplicação desse produto no animal doente deve ser feito na dose de 25 ml via subcutânea de uma só vez, preferentemente em vários pontos do animal.

No caso de existirem no rebanho vários animais apresentando o mesmo quadro infeccioso, deve a vacina ser preparada com material colhido de todos eles, constituindo-se então não mais de uma Auto-Vacina, mas de uma Vacina múltipla para o referido plantel.

Dr Carmello Liberato Thadei
Médico Veterinário - CRMV-SP-0442