Parque aquático SeaWorld diz que não vai mais criar orcas em cativeiro
Empresa tem em seus tanques 29 animais, que não vão mais se reproduzir.
Popularidade de atração caiu após documentário denunciar maus tratos.
A administração da rede de parques aquáticos SeaWorld anunciou que não vai mais promover a reprodução de orcas em cativeiro e que aquelas ainda presentes em seus parques serão as últimas.
Sediado na cidade norte-americana de Orlando, na Flórida, o SeaWorld vem enfrentando uma queda de público e há anos é alvo de críticas por causa da maneira como trata seus mamíferos marinhos em cativeiro, assim como da pressão de ativistas de direitos dos animais para que encerre definitivamente a exibição pública das chamadas “baleias assassinas”.
Em novembro, o SeaWorld, que tem parques em San Diego, Orlando e San Antonio, informou que vai substituir suas orcas “Shamu”, de San Diego, por apresentações dedicadas à conservação ambiental.
Agências reguladoras da Califórnia já haviam dito que vão impedir que o SeaWorld de San Diego continue a criar as orcas caso a empresa leve adiante seu plano de expansão do habitat artificial dos animais.
O SeaWorld tem 29 animais da espécie sob seus cuidados, incluindo seis emprestados, de acordo com seu site.
A primeira delas nasceu em um parquo da SeaWorld em 1985. Desde então, 30 nasceram nos parques, entre elas as primeiras resultantes de inseminação artificial.
A empresa também testemunhou uma reação negativa ao documentário “Blackfish”, de 2013, que mostra a manutenção em cativeiro e a exibição pública das baleias assassinas como algo extremamente cruel.
O filme, que o SeaWorld criticou dizendo ser inexato e tendencioso, também trata das circunstâncias que levaram à morte de um importante treinador da empresa em 2010, que foi arrastado para debaixo da água e afogado por uma orca durante um show na Flórida.
A SeaWorld procurou contrabalançar a publicidade negativa de “Blackfish” com uma campanha de relações públicas para chamar a atenção para o papel da organização na pesquisa de mamíferos marinhos e no resgate e reabilitação de animais no mundo selvagem.
As ações da SeaWorld, que caíram cerca de 11% no ano passado, foram cotadas a US% 17,12 no pregão de quarta-feira.