Saúde Animal

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Pastor Bergamasco




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bergamasco2Este magnífico pastor reúne todas os dotes particulares do guardião de rebanhos: é forte, esforçado, muito dócil com o dono, de aguda inteligência: se os animais que lhe são confiados parecem correr algum risco, não duvida em fazer valer toda a sua força e seu desprezo pelo perigo.

Lamentavelmente, são poucos os exemplares desta raça que hoje podem ser definidos como puros. Se não é fácil pretender que nossos pastores procurem exemplares da raça para que os ajudem nas suas tarefas, seria desejável que muitos de nossos cinófilos se interessassem mais por preservar a este atraente cão, rico em dotes intelectivos. É verdade que nos últimos anos fizeram-se notáveis progressos neste sentido; mas se pode, e se deve, fazer ainda mais em defesa do Bergamasco e sobretudo porque ;é digno de todo elogio; quer do ponto de vista estético, quer por suas características psicofísicas.

O pastor de brie constitui na França, um orgulho da cinofilia local, e embora alguns cinófilos franceses sustentam que do briard originou-se o Bergamasco, tudo permite afirmar que foi este, na verdade, a origem do pastor francês; se aceitamos, de fato, a muito aceitável hipótese sobre a origem oriental do grupo de pastores europeus e se considerarmos quais eram as vias de comunicação quando tiveram lugar as migrações para ocidente das raças caninas orientais, não se explicaria como o antigo cão pastor asiático pode chegar a França antes do que a Itália, mais próxima geograficamente.

Um fato é, finalmente, indiscutível: o briard, e o pastor Bergamasco apresentam múltiplas analogia, e portanto não se pode supor que uma criação em grande escala, com os critérios apropriados, não dê, para o cão italiano, os satisfatórios resultados obtidos, desde muito, na França como o briard.

bergamascoPADRÃO DA RAÇA: Bruno Tausz

Padrão FCI nº 194 .
Origem: Itália ;
Nome de origem: Cane da Pastore Bergamasco ;
Utilização: pastoreio .
Classificação FCI – Grupo 1 – Cães Pastores e Boiadeiros (Exceto os Suíços);
Seção 1. – Cães Pastores ;

ASPECTO GERAL – de porte médio, rústico, pelagem abundante em todo corpo, robusto. Estrutura quadrada, de formato harmônico (heterométrico) bem como, relativamente ao perfil.
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TALHE – altura na cernelha: machos 60 cm ± 2 cm.
fêmeas 56 cm ± 2 cm.
– comprimento: = a altura ± 1 cm.
– peso: machos 32 a 38 quilos.
fêmeas de 26 a 32 quilos
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TEMPERAMENTO – condução e custódia do rebanho, trabalho com um comportamento exemplar de atenção, reflexão e equilíbrio. A sua capacidade de aprender e de decidir, em conjunto com a moderação e paciência, ótimo cão de guarda e companhia.
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PELE – ajustada ao corpo, deve ser fina, em cada região, especialmente nas orelhas e nos membros anteriores. Pescoço sem barbela e cabeça sem rugas. A pigmentação das mucosas e das almofadas é preta.

PELAGEM – pêlos em abundância, muito longos e diversificados. Textura caprina, particularmente, na metade anterior do tronco. Da metade do tórax, passando por toda a parte posterior do tronco e por todos os membros, tende ao encordoado ou já são encordoados, conforme a idade do exemplar: o encordoamento deve partir da linha média dorsal, caindo sobre as faces laterais do tronco.
– Na cabeça, o pêlo é menos encarneirado e cai sobre os olhos recobrindo-os. Nos membros, o pêlo deve ser uniformemente distribuído, em todas as partes em cordões macios, diretos em direção ao solo, em coluna sobre os anteriores e em tufos nos posteriores sem formar franjas. O subpêlo é tão curto e denso, que não permite, facilmente, ver a pele. Deve ser untado ao tato.

COR – cinza uniforme ou em manchas de todas as gradações, das mais tênues de cinza até ao muito claro ou ao preto, também com gradações isabela e fulvo (baio) claro. Admitida a cor uniforme preta, mesmo que opaca (zaino).
A cor branca uniforme está proscrita.
As manchas brancas são toleradas quando a área branca for inferior a 1/5 da superfície total da pelagem.
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CABEÇA – 1:1- C // F comprimento = 40% da altura, grande e de formato paralelepipedal. A pele não deve ser grossa mas, ajustada.
Crânio – largo, ligeiramente convexo entre as orelhas; também largo e arredondado na testa. Largura menor que a metade do comprimento total da cabeça. Arcadas superciliares bem desenvolvidas, tanto longitudinal quanto transversalmente. O sulco sagital bem marcado; a apófise occipital deve ser nítida e proeminente.
Stop – bem marcado, acentuado.
Focinho – diminui sutilmente em direção à trufa; faces laterais ligeiramente convergentes, dando ao focinho uma forma truncada, com a face anterior, preferencialmente, plana. A largura média é cerca de 50% do comprimento. A profundidade do focinho deve ser maior que a metade do comprimento. A linha superior do focinho é retilínea. A linha inferior do focinho, definida pela mandíbula, é quase retilínea. Comissura labial ajustada situada na vertical do canto externo do olho. Maxilares bem desenvolvidos; mandíbula larga.
Trufa – (padrão não comenta).
Lábios – finos, bem pigmentados, bipartem-se sob a trufa, determinando um arco de 1/3 de círculo com uma corda muito longa e pouco desenvolvidos, de forma a cobrir, apenas, os dentes mandibulares.
Mordedura – em tesoura com dentes brancos, completos; incisivos regularmente alinhados.
Olhos – grandes, marrons, escuros, conforme a cor da pelagem. Inserção frontal; expressão doce, serena e atenta. A rima das pálpebras pretas, contorno ovalado; a linha mediatriz dos olhos inclinada a 15°. Pálpebras são bem ajustadas; cílios particularmente longos para elevar os pêlos da sobrancelha, que caem diante dos olhos.
Orelhas – inserção acima da linha dos arcos zigomáticos; portadas semi-caídas com os dois terços distais caídos: em atenção, a base das orelhas se eleva ligeiramente. Comprimento de 11 a 13 cm. Base larga que, na parte posterior, alcança a nuca e pescoço, na parte anterior, atinge à metade do crânio. Pontas levemente arredondas. O pêlo ligeiramente ondulado, macio terminando em franjas.
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PESCOÇO – a linha superior é ligeiramente convexa. Comprimento não ultrapassa os 80% do comprimento da cabeça. O perímetro médio do pescoço é o dobro de seu comprimento. Pele ajustada, sem barbelas.
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TRONCO – linha superior reta com a cernelha marcada.
Cernelha – alta e longa. O pescoço se encaixa em fusão perfeita.
Dorso – reto e longo, com 30% da altura. Bem musculado e de boa largura.
Peito – profundidade = 50% da altura até os cotovelos, amplo, e bem arqueado. O perímetro torácico (medido atrás dos cotovelos é 25% maior que a altura na cernelha). O diâmetro transversal é igual a 30% da altura.
Costelas – (padrão não comenta).
Ventre – Flancos = lombo. O encave dos flancos é mínimo.
Lombo – mede cerca de 20% da altura, nitidamente mais curto que o dorso e largura quase igual, apresentando uma certa convexidade, com musculatura bem desenvolvida.
Linha inferior – após a linha do esterno a linha inferior é pouquíssimo recolhida. .
Garupa – larga, robusta, musculosa, plana, inclinada a 30°; largura = 1/7 da altura.
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MEMBROS
Anteriores – aprumados, de frente ou de perfil. Os cotovelos situados à meia distância da altura na cernelha, é bem proporcionado
Ombros – fortes e massudos. Comprimento pouco maior que o da altura na cernelha. Inclinação de 45° a 55° com o plano horizontal. Musculatura bem desenvolvida.
Braços – musculosos, ossatura forte. Comprimento 30% da altura. Angulação escápulo-umeral oscila entre 105° – 125°.
Cotovelos – trabalham rente ao tronco. A ponta do cotovelo deve estar na vertical da ponta da escápula. A angulação umero-radial oscila entre 150° e 155° . A pelagem, dos cotovelos para baixo, deve ser abundante, longa e densa, tendendo ao encordoado.
Antebraços – verticais, de comprimento igual ao do braço. Musculatura e ossatura bem desenvolvidas.
Carpos – aprumados com o antebraço, de boa mobilidade e secos, com o osso pisiforme bem protuberante.
Metacarpos – secos, com boa mobilidade. De frente, na mesma vertical do antebraço, de perfil, ligeiramente inclinado.
Patas – ovais (de lebre) dígitos compactos e bem arqueados. Unhas fortes, curvas e bem pigmentadas. Sola das almofadas plantares secas e de pigmentação escura.
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Posteriores – bem proporcionados e aprumados
Coxas – longas, largas, bem guarnecidas de músculos, com o contorno posterior levemente convexo. Comprimento ± = 30% da altura e largura ± = 75% do seu comprimento. A angulação coxofemoral oscila entre os 100° e os 105°.
Joelhos – trabalhando aprumado com os posteriores e corretamente direcionado para a frente. A angulação femorotibial é aberta e seu valor oscila em torno dos 130° – 135° .
Pernas – ossatura forte, músculos secos e a canela bem marcada. Comprimento ± 1/3 da altura e formando ± 55° com a horizontal.
Metatarsos – 15% da altura. Ergôs devem ser removidos.
Jarretes – largos; a altura do Jarrete = 25% da altura. A angulação da articulação tibio-társica oscila entre 140° e 145°.
Patas – com todos os requisitos das anteriores.
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Cauda – inserida no terço distal da garupa, grossa na raiz, afinando-se gradualmente para a ponta. É revestida de pêlo caprino levemente ondulado. Seu comprimento mede entre 60 e 65% da altura e atinge o jarrete, em estação, quanto mais curta, melhor. O porte, em repouso, em cimitarra, pendente por 2/3 e ligeiramente curva, no terço distal. Em ação, portada em bandeira.
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Movimentação – passo fluente e longo, trote bem amplo e muito resistente. Pode passar facilmente do trote ao galope.
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Faltas Eliminatórias de Julgamento

– cabeça: linhas superiores de crânio/focinho convergentes ou divergentes.
– prognatismo acentuado e deformador.
– estrabismo bilateral.
– trufa: com despigmentação, heterocromia da íris uni ou bilateral.
– altura: fora dos limites regulamentares, calculados os limites de tolerância.
– cauda: enrolada.
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Faltas – avaliadas conforme a gravidade.
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DESQUALIFICAÇÕES – as gerais e mais:
1. trufa: despigmentação total;
2. cana nasal: nitidamente romana ou côncava;
3. pálpebras: despigmentação total, bilateral;
4. olho: perolado (ainda que um só olho);
5. maxilares: retrognatismo.
6. órgãos sexuais: criptorquidismo, monorquidismo, evidente deficiência de um ou ambos os testículos.
7. cauda: anurismo, braquiurismo, portada enrolada sobre o dorso.
8. cor da pelagem: branco por uma superfície maior que 1/5 da superfície total.
9. Pele: despigmentação total dos lábios ou despigmentação total e bilateral das pálpebras.
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NOTA: os machos devem apresentar dois testículos de aparência normal, bem desenvolvidos e acomodados na bolsa escrotal.

Lúcia Helena Salvetti De Cicco
Diretora de Conteúdo e Editora Chefe