Ariégeois – Cão do Ariège
“Entre todos os cães franceses de pura raça” escreve D’Aubigné, grande especialista em sabujos franceses, “o ariégeois tem sido sempre e é ainda o menos conhecido e o menos difundido fora do seu departamento de origem e das províncias vizinhas. Outras variedades, em nada superiores a ele, tiveram períodos de grande notoriedade e difusão; o ariégeois, nunca. O seu reino é, somente, o Sul-Oeste, onde é muito apreciado e onde gozou do apoio do Club Gaston Phoebus, que desde 1912 organizou provas competitivas na pequena cidade de Céron; Destas surgiram as grandes qualidades do ariégeois.
A sua escassa fama pode-se atribuir ao fato de que o ariégeois não é considerado uma raça perfeitamente pura; mas a raça pura, em sentido absoluto, não é uma realidade. Talvez deva-se a que os habitantes de Ariége, com tanta modéstia como franqueza, os chamam “meios cães” ou “cães de meio sangue”. Sempre há quem esteja disposto a assustar-se dos adjetivos, quem se sinta pouco honrado de utilizar um cão de sangue misturado. O termo “meio sangue” pode ser explicado deste modo: o bleu de Gascogne e o gascon saintongeois. Mas há também uma terceira corrente sangüínea, a do briquet.
O cão de Ariège é, realmente, produto duma briquet e dum cão de matilha. O cruzamento, primeiro casual, converteu-se em habitual, através de cuidadosas seleções. A raça melhorou e definiu-se e o Club Gaston Phoebus fixou o seu standard.
PADRÃO DA RAÇA: Bruno Tuasz
Padrão FCI nº 020 / 02-02-1998/ P
Data da publicação do padrão original em vigor: 24-01-1996.
Origem: França;
Nome de origem: Ariégeois;
Utilização: para a caça a tiro e pista. Seu porte médio e sua agilidade fazem dele um auxiliar precioso, sozinho ou em matilha, capaz de desincumbir-se com facilidade em terrenos árduos. Sua caça predileta é a lebre; mas ele também é utilizado na trilha de cabras ou de sangue.
Classificação FCI — grupo 6 – Sabujos e Cães de Pista de Sangue; seção 1.1.2. – Sabujos de Médio Porte;
ASPECTO GERAL – cão leve, de porte médio elegante e destacado.
TALHE – altura na cernelha: machos: de 52 à 58 cm, fêmeas: de 50 à 56 cm.
– – comprimento: (padrão não comenta).
– peso: (padrão não comenta).
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TEMPERAMENTO – Comportamento: por suas origens, é por vezes um cão dedicado ainda que muito bom apontador fazendo prova de muita iniciativa e empreendimento. Boa garganta e rápido nas manobras.
Caráter: Alegre e sociável; de fácil aprendizado.
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PELE – Fina, suave, solta, mas não permitindo a presença de barbelas, rugas ou dobras. Mucosas pretas.
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PELAGEM – Pêlos: Curtos, finos e fechados.
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COR – branca com manchas pretas definidas de contorno bem delineado; às vezes com bigodes. Presença de marcação castanho muito pálidas nas faces e acima dos olhos chamadas de quatro olhos.
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CABEÇA – .
Crânio – visto de frente, ligeiramente arqueado, não muito largo; a protuberância occipital é pouco marcada. Visto de cima, a região posterior do crânio é de formato ogival pouco pronunciado. A testa é cheia. Arcadas superciliares pouco marcadas.
Stop – pouco acentuado.
Focinho – reto ou ligeiramente romano, de comprimento igual ao do crânio.
Trufa – preta, desenvolvida; narinas bem abertas.
Lábios – amoldados, mais para delgado. O lábio superior deve apenas encobrir a mandíbula, sem conferir um perfil pontiagudo ao focinho. Bochechas secas.
Mordedura – mordedura articulada em tesoura. Incisivos inseridos ortogonalmente aos maxilares..
Olhos – bem abertos, marrons; pálpebras bem ajustadas. Olhar Esperto.
Orelhas – finas, macias, enroladas, alcançando a ponta da trufa sem ultrapassar a extremidade. Orelha estreita na base que está inserida logo abaixo da linha dos olhos.
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PESCOÇO – Leve, mais para esguio, longo, ligeiramente arqueado.
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TRONCO –
Cernelha – (padrão não comenta).
Dorso – Bem musculado e firme.
Peito – longo, de largura média, profundo ao nível do cotovelo.
Costelas – longas, moderadamente arredondadas.
Ventre – flancos chatos e ligeiramente esgalgado.
Lombo – bem engastado, ligeiramente arqueado.
Garupa – bem horizontal.
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MEMBROS
Anteriores – sólidos.
Ombros – moderadamente oblíquos, musculados sem rusticidade.
Braços – (padrão não comenta).
Cotovelos – trabalhando rente ao tórax.
Antebraços – (padrão não comenta).
Carpos – (padrão não comenta).
Metacarpos – (padrão não comenta).
Patas – de formato oval alongado chamado patas de lebre; dígitos secos bem fechados. Almofadas plantares e unhas pretas.
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Posteriores – no conjunto bem proporcionados.
Coxas – bem longas e moderadamente musculadas.
Joelhos – (padrão não comenta).
Pernas – (padrão não comenta).
Metatarsos – (padrão não comenta).
Jarretes – curtos e bem direcionados para a frente. Sem ergôs.
Patas – de formato oval alongado chamado patas de lebre; dígitos secos bem fechados. Almofadas plantares e unhas pretas.
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Cauda – bem inserida, fina na extremidade, atingindo a ponta do jarrete.
Portada alta em sabre.
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Movimentação – suave e fluente.
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Faltas – avaliadas conforme a gravidade.
Cabeça
• Crânio chato ou em ogiva muito pronunciada.
• Perfil muito quadrado na extremidade do focinho.
• Presença de rugas ou de barbelas.
• Olhos redondos, conjuntiva à mostra.
• Orelhas muito chatas, grossas, mal inseridas, muito longas ou muito curtas.
Tronco
• Volume excessivo
• Linha inferior flácida.
• Garupa caída.
• Cauda com desvios.
Membros
• Ossatura insuficientemente desenvolvida.
• Jarretes próximos visto por trás.
• Patas espalmadas.
Comportamento
• Timidez.
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DESQUALIFICAÇÕES – as gerais e mais:
• Atipicidade.
• Prognatismo.
• olhos claros.
• Qualquer tipo de pelagem fora do descrito neste padrão.
• Grave malformação anatômica.
• Desvio de cinolidade identificável.
• Medo ou agressividade.
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NOTA: os machos devem apresentar dois testículos de aparência normal, bem desenvolvidos e acomodados na bolsa escrotal.
Diretora de Conteúdo e Editara Chefe