Pesquisadora da UEA descobre nova espécie de peixe.
(Amazonspinther dalmata)
Uma nova espécie e novo gênero de peixe ornamental com potencial comercial, denominada “piaba dálmata”, foi descoberta e nomeada pela pesquisadora Cristina Bührneim, professora do curso de Biologia da Escola Normal Superior da Universidade do Estado do Amazonas (UEA). Trata-se da primeira descoberta desse tipo de peixe por um pesquisador do Estado do Amazonas.
O estudo foi em parte realizado durante seu doutorado no Museu de Ciência e Tecnologia da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, com a colaboração de especialistas. A descoberta foi publicada em dezembro de 2008 no periódico científico da Sociedade Brasileira de Ictiologia, a revista “Neotropical Ichthyology”.
De acordo com a pesquisadora, o peixe é conhecido, popularmente, como uma piaba de igarapés dos rios Purus e Madeira. “A espécie é excepcional pelo padrão único de três pintas pretas no corpo e por ser considerada uma miniatura, tamanho máximo em torno de 20mm de comprimento, menor que uma moeda de 5 centavos”, afirmou.
A descoberta, ainda conforme Bührneim, representa um avanço regional no ramo da Sistemática, ciência biológica com o objetivo de descobrir, descrever e nomear as espécies de seres vivos e esclarecer relações de parentesco entre estas, com importância fundamental no conhecimento da biodiversidade.
Curiosidades:
A maior fêmea madura conhecida de Amazonspinther dalmata mede 19,7mm.
É uma espécie com potencial de uso comercial devido ao padrão de colorido único entre todas as espécies de piabas já conhecidas, lembrando as manchas da raça de cachorro dálmata, referida no seu nome científico.
Esta espécie tem parentesco próximo com espécies nunca antes registradas na bacia Amazônica, tendo assim sido proposto e nomeado o novo gênero Amazonspinther, enfatizando o nome Amazonas.
Uma vez caracterizada e nomeada a espécie, outros ramos têm a base para realizar estudos diversos, como por exemplo, biologia da conservação, fisiologia e biotecnologia.
Mesmo depois de descoberta, se a espécie não tem nome nem caracterização formal científica é considerada inviável para ser utilizada para diversos estudos.
FONTE: Amazonas – Portal oficial do Governo do Estado