O Bom Cidadão Canino
Mudar a idéia de “descer com seu cachorro duas vezes por dia para ele fazer cocô e xixi na rua” como uma coisa normal e correta ainda vai demorar um pouco, mas já está começando.
O Canil Bruno Tausz promove esta idéia já faz doze anos. Os brasileiros ainda se envergonham de colher as fezes dos seus cães na rua.
Preocupar-se com o “medo de cachorro” que uma pessoa possa ter, com o incômodo provocado pelo seu cão, correndo nas areias da praia e pulando por cima das pessoas, com a perda do sono do seu vizinho por culpa dos latidos, com o cuidado para que uma pessoa não pise no cocô deixado pelo seu cão na calçada, ainda não fazem parte da tradição de um dono de cachorro. Ainda é comum o conceito de que o dono, infelizmente, nada pode fazer a respeito.
Em meados da década de 80 a mídia descobriu um novo filão para exercitar o seu poder de causar pânico, divulgando sistematicamente e de forma sensacionalista, casos de ataques de cães a pessoas, principalmente, crianças e idosos.
Manifestações anti-raças e projetos de leis restritivas à posse de cães começaram a se multiplicar no mundo inteiro. Como esses movimentos começaram a ganhar força, os clubes cinófilos reagiram promovendo movimentos de cultura de “boas maneiras”.
Embora esse pânico tenha gerado inúmeras manifestações contra os cães, teve seu lado positivo. Assustados, os criadores e proprietários começaram a se preocupar com a educação dos seus cães e, daí para cá muita coisa tem mudado.
Hoje há uma boa parcela de cães de pequeno e médio porte matriculados em escolas educacionais.
Consultor e Colaborador em
cinologia, cinotecnia, comportamento animal e adestramento