Saúde Animal

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Caprinos e outras raças




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RAÇAS

caprino2EUROPÉIAS

essencialmente leiteiras
apresentam chanfro reto ou subcôncavo, orelhas pequenas e leves
precocidade reprodutiva
boa conversão alimentar e maior produção leiteira
PRINCIPAIS RAÇAS: Saanen, Alpina, Toggembourg e Alpina BritânicaASIÁTICAS
média e baixa produção leiteira
animais de maior porte, com orelhas grandes e pesadas, chanfro convexo ou ultra-convexo
PRINCIPAIS RAÇAS: Mambrina, Jamnapari, Bhuj, Boer e Alpina AmericanaBRASILEIRAS
baixa produção leiteira
porte reduzido
perfeitamente adaptadas ao meio ambiente
possuem pelos curtos
bem manejadas e alimentadas, podem se reproduzir durante todo o ano
caprinos introduzidos no Nordeste do Brasil por colonizadores, deram origem às raças: Canindé, Marota, Repartida e Moxotó
SISTEMA DE CRIAÇÃO
EXTENSIVO
animais criados soltos, exclusivamente a pastos
sistema característico de grandes propriedades
o animal sofre com variações de clima, quantidade e qualidade de alimentos
animais destinados, principalmente, à produção de carne e peles
sistema característico da região Norte do Brasil
SEMI-EXTENSIVO
animais permanecem a pasto apenas parte do dia, recebendo suplementação alimentar em cochos
sistema adotado tanto para a produção de carne, quanto para a produção leiteira
INTENSIVO
sistema característico de pequenas e médias propriedades
requer maior investimento e mão-de-obra especializada
sistema adotado, quase que exclusivamente, à produção leiteira
o animal recebe alimentação balanceada em cochos
sistema característico das regiões Sul e Sudeste do Brasil
INSTALAÇÕES
baias coletivas para animais de zero a três meses
baias coletivas para recria de fêmeas de três a dez meses
baias coletivas para fêmeas adultas
sala de ordenha
baia individual para cada reprodutor, localizada longe do galpão das fêmeas e da sala de ordenha
quarentenário
área para depósito de ração, feno, sala de medicamentos e escritório
O capril deve ser construído em local de fácil acesso, seco, alto e ventilado, sempre direcionado no sentido norte-sul (evitando a incidência de fortes ventos que possam causar problemas respiratórios aos animais).
Pode ser construído de forma suspensa (com piso ripado), facilitando a limpeza ou do tipo cama (utilizando-se palha de arroz, serragem ou feno).

MANEJO NUTRICIONAL
HÁBITOS ALIMENTARES

animais altamente seletivos; preferem vegetação arbustiva, brotos e leguminosas
apreciam um grande número de espécies vegetais
recusam alimentos fermentados e sujos; a manutenção dos cochos deve ser diária
qualquer mudança na alimentação deve ser feita de forma gradual, evitando indisposição intestinal ao animal
FORMAÇÃO DE PASTAGENS

LOCAL
terreno de topografia regular com disponibilidade de água e área para capineira
PREPARO DO SOLO
antes do plantio da forrageira, deve ser feita análise do solo, para que sejam feitas as correções necessárias
ESCOLHA DE FORRAGEIRA E PLANTIO
CAPINEIRA: capins napier ou camerum
LEGUMINOSAS: leucena, feijão guandú, soja, alfafa, cunhã, amora e algaroba
PASTO: capins como: rhodes, gordura, estrela africana, buffel, coast-cross e kicuiu (Brachiaria decumbens, colonião e jaraguá podem ser aproveitados)
NECESSIDADE ALIMENTAR POR CATEGORIA ANIMAL

CABRITOS (NASCIMENTO AO DESMAME)

500 ml colostro/dia (10% do peso ao nascimento), durante 5 dias, divididos em 4 ou 5 mamadas
elevação gradual na quantidade de leite, atingindo 1,5 litro por volta do décimo quinto dia de vida
concentrado oferecido a partir da segunda semana de vida, além do volumoso
cabritos adequadamente alimentados podem ser desmamados a partir de 45 dias de vida
machos destinados ao abate devem ser desmamados precocementeCABRITOS EM CRESCIMENTO
400 a 500g concentrado/dia
sal mineral a vontade e volumosoCABRAS GESTANTES
500 a 600g concentrado/dia
concentrado de boa qualidade em forma de silagem, feno, capim verde picado e pastagem (quando existente)
no final da gestação, deve ser fornecido alimento de melhor qualidade e complementação com sal mineralCABRAS EM LACTAÇÃO
volumoso de boa qualidade
500 a 600g de concentrado/dia, mais 200 a 300g de concentrado por quilo de leite produzido/diaREPRODUTORES
volumoso de boa qualidade
400 a 600g concentrado/dia
é aconselhável a manutenção de 2% de carbonato de cálcio ou farinha de ostras no concentrado, quando em dietas desiquilibradas, afim de evitar a formação de cálculos renais
sal mineral à vontadeCABRAS SECAS
400 a 600g concentrado/dia, além do volumoso
sal mineral
concentrado oferecido em horário intercalado ao volumoso, nunca em quantia superior a 300g/refeição
MANEJO SANITÁRIO
LIMPEZA E DESINFECÇÃO DAS INSTALAÇÕES
limpeza diária dos cochos
vassoura de fogo ou desinfetante ao menos uma vez por ano
troca periódica da cama
varrer as baias diariamente
QUARENTENA PARA ANIMAIS ADQUIRIDOS
ISOLAMENTO DE ANIMAIS DOENTES
EXAMES PERIÓDICOS PARA DOENÇAS INFECCIOSAS, COMO: LEPTOSPIROSE, BRUCELOSE, ETC
SEPARAÇÃO DOS ANIMAIS POR FAIXA ETÁRIA
zero a três meses
três a dez meses
fêmeas secas
fêmeas em lactação
fêmeas gestantes
reprodutores e machos jovens não castrados em baias individuais
CUIDADOS NA ORDENHA PARA A PREVENÇÃO DE MASTITES
EVITAR SUPER LOTAÇÃO NAS BAIAS
EVITAR A PRESENÇA DE ROEDORES, MORCEGOS, MOSCAS E GATOS
MANTER EM DIA O QUADRO DE VACINAÇÕES E VERMIFUGAÇÕES
UTILIZAR MATERIAL DESCARTÁVEL PARA APLICAÇÕES (NUNCA USANDO UMA MESMA AGULHA PARA DOIS OU MAIS ANIMAIS)
ANIMAIS COM IDADE INFERIOR A QUATRO MESES NÃO DEVERÃO IR A PASTO, SOMENTE SOLÁRIO
ROTAÇÃO DE PASTAGENS E PASTOREIO APENAS EM CAPINS COM MAIS DE VINTE CENTÍMETROS DE ALTURA
CUIDADOS COM A FÊMEA GESTANTE
secagem do leite sessenta dias antes da parição
vermifugar apenas entre o final do segundo e início do quarto mês de gestação
alimentação balanceada durante toda a gestação
CUIDADOS COM O RECÉM-NASCIDO
realizar o corte e cura do umbigo imediatamente após ao nascimento
realizar pesagens ao nascimento, trinta, sessenta, noventa e cento e vinte dias, aos sete, doze e vinte e quatro meses de vida
fazer com que o recém-nascido mame em até seis horas após o nascimento
identificação dos animais logo que possível, com brincos, coleiras ou tatuador
VERMIFUGAR FÊMEAS PARIDAS ENTRE O QUINTO E DÉCIMO QUINTO DIA PÓS-PARTO, REPETINDO APÓS TRÊS SEMANAS. DEVEM SER USADOS VERMÍFUGOS A BASE DE ALBENDAZOLE, LEVAMIZOLE OU IVERMECTINA
MANEJO REPRODUTIVO
as raças leiteiras mostram-se estacionais, apresentando cio apenas quando o período de luz diário diminui (final do verão/início do outono)
as fêmeas mestiças podem ciclar o ano inteiro
o ciclo estral é de aproximadamente vinte e um dias e o cio tem duração média de trinta e seis horas
a fêmea em cio perde o apetite, fica agitada, bale e urina com frequência, agitando a cauda com movimentos rápidos. A vulva torna-se edemaciada, exibindo fluido mucoso claro
as fêmeas mostram-se mais receptivas no período médio do cio
a gestação dura em média cento e cinquenta dias, podendo variar entre cento e quarenta e cento e sessenta dias
a vida reprodutiva de fêmeas leiteiras inicia-se por volta dos sete meses de idade
fêmeas acasaladas precocemente podem apresentar problemas de parto, crias pequenas e fracas
a seperação entre machos e fêmeas deve ocorrer por volta do quarto mês de idade
os machos só devem ser usados como reprodutores a partir de um ano de idade
MÉTODOS DE ACASALAMENTO

MONTA A CAMPO: proporção de um macho para cada trinta a trinta e cinco fêmeas. Não requer mão-de-obra especializada, não é possível determinar a data de cobertura e parto.
MONTA CONTROLADA: um macho pode realizar de três a quatro coberturas diárias. É necessária a detecção de cio (por observação ou uso de rufião). Esse método proporciona melhor controle de coberturas e previsões de partos.
INSEMINAÇÃO ARTIFICIAL: provoca rápida melhora genética do plantel, já que são usados apenas reprodutores testados. Requer mão-de-obra técnica e especializada.

Dr. Renato Faria Sanches - Médico Veterinário