Saúde Animal

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Pequeno Lebrél Italiano




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lebrel_italianoNão se pode falar de “levrieretta”, oficialmente chamada pequeno lebrel italiano, sem recordar a notável difusão que alcançou, nos séculos XVII e XVIII, sempre presente nos salões, nos braços ou ao lado das damas.

Carlos I da Inglaterra, Frederico o Grande e o imperador Frederico III, também preferiam este bonito cãozinho. Frederico o Grande teve especial preferência por esses pequenos lebréis, e diz-se que nos seus canis havia mais de 50, cuidados por um pessoal selecionado e competente. O monarca gostava muito de fazer-se acompanhar nos passeios por dois ou três de seus minúsculos amigos.

lebrel_italiano2Os seus movimentos vivazes mas sumamente garbosos, a inteligência desperta, que não está em desacordo com uma simpática impertinência, a sua insuportável fidelidade, a perfeição e elegância das linhas, a delicadeza do conjunto e a suavidade da pele fazem do pequeno lebrel italiano um autêntico “modelo de graça e distinção”. Esta expressão está transcrita textualmente do standard italiano.

Apesar do seu aspecto grácil, na realidade trata-se dum cão robusto e de constituição adequada para a caça. Na Grã-Bretanha é chamado “italian greyhound” porque reproduz quase com perfeição, desde logo que em miniatura, as formas do greyhound.

Sobre as origens, embora toda a literatura esteja de acordo em afirmar que são italianos, isso não está assegurado por nenhuma prova e não foi a proposta nenhuma teoria a respeito. Por outro lado, a presença dos pequenos lebréis na Itália está documentada desde a época romana, quando muitos destes minúsculos animais eram hóspedes muito apreciados nas vilas patrícias. Como já dissemos, ao falar dos lebréis de estatura maior, a hipóteses mais aceitável é aquela segundo a qual a proveniência de todos os lebréis deve ser buscada numa único antepassado asiático: cães valiosíssimos que foram levados também à Itália pelos navegantes fenícios.

pequeno_lebreuPADRÃO DA RAÇA: Bruno Tausz

Padrão FCI nº 200;
Origem: Itália;
Nome de origem: Piccolo Levriero Italiano; Utilização: pista de corridas.
Classificação FCI – Grupo 10 – Lebréis;
Seção 3. – Lebréis de Pêlo Curto;

ASPECTO GERAL: dolicomorfo, tronco inscrito num quadrado, cuja figura lembra as do greyhound e saluki em miniatura. Podendo ser definido como um modelo de graça e distinção.

PROPORÇÕES IMPORTANTES:
Altura na cernelha a + b.: mínima 32, máxima 38 cm. Peso máximo 5 quilos. O comprimento da cabeça pode atingir 40%, da altura na cernelha.

TEMPERAMENTO E CARÁTER: dócil, afetuoso e reservado.

CABEÇA : dolicocefálica, seu comprimento pode atingir os 40%, da altura na cernelha a+b.
Crânio: chato, com a linha superior paralela à do focinho, igual à metade do comprimento total da cabeça. Região sub-orbital, bem cinzelada.
Stop: muito pouco marcado.
Trufa: escura, preferencialmente, preta, com narinas bem abertas.
Focinho: em ponta, lábios finos, bem ajustados aos maxilares, com a orla bem escura e as bochechas secas.
Maxilares: alongados e, relativamente ao talhe, bem robustos, com os incisivos bem alinhados em coroa.
Dentes: articulados em tesoura, inseridos ortogonalmente aos maxilares, dentadura sadia, com dentição completa.
Faces: secas.
Olhos: escuros, grandes e expressivos, inseridos na superfície da pele (globo ocular nem profundo, nem proeminente). Orlas das pálpebras, bem pigmentadas.
Orelhas: de inserção bem alta, pequenas, com cartilagem delgada (sutil), portadas dobradas para trás, sobre si mesmas, repousando sobre a nuca e face dorsal do pescoço. Em atenção, a base se alça e o segmento distal se estende lateralmente na horizontal, (chamada na Itália em teto).

PESCOÇO: de comprimento igual ao da cabeça, linha superior, ligeiramente, arqueada com inserção brusca na cernelha, bem musculado, em forma de tronco de cone, seco e sem barbelas.

TRONCO: comprimento, igual ou pouco inferior à altura na cernelha. Linha superior, com a cernelha muito pronunciada, dorso reto, bem marcado e bem musculado, segmento dorso lombar arqueado, fundindo-se em harmonia com a curva da linha superior da garupa.
Peito: estreito e profundidade alcançando o nível dos cotovelos.
Garupa: bem inclinada, larga e musculada.

MEMBROS ANTERIORES: conjunto bem aprumado, com musculatura seca.
Ombro: escápula pouco angulada, com músculos bem desenvolvidos e relevo bem definido.
Braço: com angulação escápulo-umeral bem aberta e paralelos ao plano médio longitudinal do tronco, cotovelos trabalhando corretamente ajustados ao tronco (nem afastados, nem muito juntos).
Antebraço: altura do cotovelo ao solo, um pouco maior que a metade da altura na cernelha, ossatura levíssima e perfeitamente aprumado.
Metacarpo: visto de frente, no mesmo prumo do antebraço e, de perfil, um tanto inclinado.
Pata: formato quase oval, pequena, com dedos arqueados e bem unidos. Almofadas plantares pigmentadas. Unhas pretas ou escuras, acompanhando a cor da pelagem. O branco na pata é tolerado.

MEMBROS POSTERIORES: visto por trás, o conjunto é, perfeitamente, aprumado.
Coxa: longa, seca, musculatura com relevo bem definido, sem ser volumosa.
Pernas: muito anguladas, com ossatura fina e com a crista da canela (tíbia) bem evidenciada.
Jarrete e metatarso: visto de perfil, situado na vertical, que passa pela ponta do ísquio (nádegas).
Pata: menos ovalada que as anteriores, dedos arqueados e unidos, almofadas plantares e unhas bem pigmentadas, como as das anteriores.

CAUDA: de inserção baixa, pêlo raso, fina, inclusive na base, afilando-se, ainda mais e suavemente, para a ponta. Portada baixa, reta na metade proximal, para depois curvar-se, na metade distal. Mede-se o comprimento, passando a cauda por entre as coxas e esticando-a, por um dos flancos, para cima em direção ao ílio, deve ultrapassar, um pouco, o nível da garupa.

MOVIMENTAÇÃO: andadura elástica, harmoniosa, sem ser alta, como o hackney. Galope veloz e com bom arranque.

PELE: fina e delicada, bem aderente no corpo inteiro, a exceção da região dos cotovelos onde é, levemente, lassa.

PELAGEM: de pêlo raso e fino no corpo inteiro, sem o menor indício de franjas.

COR: unicolor, preto, cinza, ardósia e isabela, em todos os seus matizes. O branco é tolerado, somente, no antepeito e nos pés.

TALHE E PESO
Altura na cernelha:
de 32 a 38 cm, para machos e fêmeas.
Peso:
máximo 5 quilos, para machos e fêmeas.

FALTAS: qualquer desvio, dos itens deste padrão, deve ser considerado como falta e penalizado na exata proporção de sua gravidade, assim como, a movimentação indolente ou o hackney (movimentação alta).

FALTAS QUE ELIMINAM DO JULGAMENTO (no exame preliminar): convergência acentuada das linhas superiores, do crânio e do focinho, trufa total ou parcialmente despigmentada, cana nasal côncava ou convexa, presença dos ergôs, cauda portada sobre o dorso, pelagem de duas ou mais cores, pêlos brancos, fora das regiões descritas; altura inferior a 32 cm ou superior a 38cm, tanto para machos quanto para fêmeas.

DESQUALIFICAÇÕES:
retrognatismo (prognatismo superior), prognatismo (prognatismo inferior), monorquidismo, criptorquidismo, desenvolvimento incompleto de um ou dos dois testículos, olhos gázeos (porcelanizados), despigmentação total da orla das pálpebras, anurismo ou braquiurismo tanto o congênito, quanto adquirido.

NOTA: os machos deverão apresentar dois testículos, de aparência normal e completamente descidos, na bolsa escrotal.

Lúcia Helena Salvetti De Cicco
Diretora de Conteúdo e Editora Chefe