Saúde Animal

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Nova tecnologia que imita a biologia humana pode salvar milhares de animais abusados em testes

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Foto: China Photos (Getty Images)

Há muitas décadas, ativistas tentam libertar os animais abusados em laboratórios. Milhões de animais, como primatas, cães, gatos e roedores, como ratos, coelhos e camundongos, são rotineiramente explorados em testes que variam desde cosméticos e produtos domésticos até drogas farmacêuticas.

Além de cruéis, os testes não são eficazes porque a biologia dos animais difere muito da biologia humana. Felizmente, há existe a esperança de que essa prática acabará graças a uma tecnologia premiada que praticamente imita a biologia humana.

O Centro Nacional de Reposição, Refinamento e Redução de Animais em Pesquisa (NC3Rs), sediado no Reino Unido, concedeu a uma equipe da University of Oxford seu prêmio internacional 2017 e US$ 30 mil pela pesquisa do grupo que envolve a utilização de simulações de computadores virtuais ao invés de animais em testes laboratoriais.

Com o auxílio do software “Virtual Assay”, a equipe construiu um modelo computacional de células cardíacas humanas e fez milhares de testes simulados para analisar como as células foram afetadas por 62 drogas e 15 compostos geralmente usados em pesquisas, segundo o One Green Planet.

Os resultados foram impressionantes. Quando verificou se uma droga ou composto pode causar arritmia (batimentos cardíacos irregulares), a tecnologia do computador foi precisa 89% das vezes em comparação com 75% de precisão em testes semelhantes feitos em coelhos.

A principal autora e pesquisadora do Departamento de Informática de Oxford, Elisa Passini, enfatizou que essa tecnologia virtual tem o potencial de salvar animais de serem usados e mortos em laboratórios. “As estratégias atuais para a avaliação da cardiotoxicidade das drogas envolvem uma combinação de estudos pré-clínicos que utilizam uma série de espécies animais. Esta fase de triagem pode facilmente ultrapassar o uso de 60 mil animais por ano (uma subestimação) e é aqui que nossos modelos podem desempenhar um papel importante na substituição”, explicou.

Fonte: www.anda.jor.br